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quinta-feira, setembro 17, 2015

AJUDA RUINOSA À BANCA

Ouvimos da boca de banqueiros, economistas, jornalistas, e de políticos, que os portugueses tinham estado a viver acima das suas possibilidades, e como estes senhores são os que estão sob a luz dos holofotes, a afirmação passou a ser a verdade oficial.

A grande maioria dos portugueses tinha uma vida remediada, uma parte significativa lutava por manter a cabeça fora de água, e uns poucos viviam à grande e à francesa, isto antes da crise e do começo da austeridade imposta por este governo.

Nestes últimos 4 anos as dificuldades aumentaram substancialmente, são mais os que tentam manter a cabeça à tona de água, muitos mais os que vivem com imensas dificuldades para enfrentar as despesas essenciais, muita gente simplesmente está falida, e os que já viviam no bem bom, estão cada vez mais ricos.

O facto mais relevante destes anos de austeridade à moda de Passos Coelho e da troika, é que boa parte do dinheiro de entrou neste país foi para apoiar a banca, e naturalmente para aliviar os seus accionistas, pesando na dívida pública 11%, e ainda ficámos com o fardo do BES por resolver, e uma parte do dinheiro emprestado à banca por devolver, não contando ainda com a fragilidade da banca, que ainda existe, e umas pontas soltas do BPN que ainda não estão solucionadas.


Neste espaço de tempo tivemos muitas privatizações, e mesmo assim a dívida pública aumentou. O dinheiro recebido foi parar portanto aos bancos, e aos credores, e mesmo assim os portugueses foram espremidos com mais impostos, taxas e reduções de direitos, por um governo que se congratula com estes resultados. 

Flores By Palaciano

domingo, janeiro 04, 2009

PATRIMÓNIO E DEGRADAÇÃO

Quando escrevi o post anterior não fazia a mínima ideia que o tema iria ser também manchete no semanário Expresso do passado fim-de-semana. Enquanto eu peguei pelo lado da “Fartura Inexplicável”, que é o investimento de 31,5 milhões de euros no novo Museu dos Coches até 2010, o Expresso foi por outro aspecto “ Um terço do património UNESCO em Portugal em risco de derrocada”.

Não se julgue que estou contra o forte investimento no Património em particular, e na Cultura em geral, porque não é nada disso, o que me preocupa é que haja tanto dinheiro para um só museu, importante sem dúvida, mas que deixemos “morrer” património, por falta de manutenção, por falta de atenção e por má gestão política.

Começa a ficar patente a opção política de deixar cair os nossos monumentos emblemáticos, verdadeiras âncoras do comércio e restauração locais e do turismo cultural, abandonando até as obras de manutenção dos edifícios, que por esse motivo entram em degradação a olhos vistos. Foram muitos os que torceram o nariz às primeiras declarações do actual ministro da Cultura, quando afirmou que queria fazer mais com menos dinheiro. Eu comecei desde logo a colocar a hipótese de ele ter sido nomeado para alienar o Património para a mão de privados, e pelos vistos tanto eu como os que torceram o nariz estávamos certos.

A notícia do Expresso é bastante elucidativa, e duvido que o senhor ministro venha a terreiro contrariar o que é dito sobre a degradação do Património que é mais do que evidente, e mesmo falando dos 27 milhões para investir na Rota do Património (Mosteiro da Batalha, Mosteiro de Alcobaça, Torre de Belém, Mosteiro dos Jerónimos e Convento de Cristo), é muito mais o que fica de fora do que aquilo onde, talvez ( só talvez), se venha a fazer algo em prol da sua recuperação.

Falem-me de hotéis de charme, que eu gosto, mas digam quem paga as obras e a quem será adjudicado e com que contrapartidas, porque assim seremos muitos a perceber se vale a pena, ou se é uma benesse para alguém.





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Caricaturas
Ivo Favero
Ivo Favero

quinta-feira, setembro 27, 2007

O PATRIMÓNIO E A CULTURA

Invariavelmente as discussões sobre o tema, Cultura, centram-se na discussão de dinheiros a distribuir pelos criadores e por estruturas ligadas ao seu trabalho. Eu respeito muito os criadores e o seu trabalho, e frequento com alguma assiduidade espectáculos teatrais, de dança, de música e de cinema, onde pago sempre o meu bilhete, embora constate que muitos dos enfarpelados se limitam a apresentar convites ou a serem acompanhados por gente ligada aos espectáculos em causa sem pagarem um reles cêntimo. São precisamente estes enfarpelados borlistas, que enchem as salas onde se discute a política cultural deste nosso país.
Eu sei que a visibilidade dos artistas e dos tais senhores e senhoras que os bajulam, ou por eles são bajulados, resulta em fotos e artigos das revistas do jet 7 nacional, conferindo-lhes um pretenso estatuto de grandes artistas, grandes apreciadores de Cultura, ou de beneméritos nessa áreas, o que em regra não corresponde à realidade.
A Cultura tem outras vertentes mais polarizadoras e com muito mais importância económica para o País, que são atiradas para segundo plano, porque aos agentes dessas áreas não é dada voz, nem oportunidade para se pronunciarem.
É lamentável que tenhamos de ler nos jornais que há monumentos nacionais em risco de ruir, outros com falta de pessoal, ainda mais onde não estão a ser feitas as necessárias obras de manutenção, etc.
Não basta dizer que a Cultura gera uns tantos por cento do PIB. O que é necessário é identificar quais são os pólos de atracção que mais potenciam essas receitas, não só atraindo turistas, como servindo de âncora para o comércio, para a restauração, para as agências de viagens, e para a hotelaria. Directa e indirectamente os nossos monumentos contribuem para todas estas actividades, e até para outras, sustentando muitas vezes comunidades que sem esses serviços corriam o risco de definhar por falta de sustentáculo para fixar as suas populações e actividades complementares dependentes dos fluxos turísticos.
A feira de vaidades que domina a política e os fóruns, ditos culturais, ameaça gravemente o nosso Património, parecendo ignorar a sua importância económica e cultural. Enquanto isso o Património degrada-se e aliena-se.

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Imagens de Monumentos Nacionais
dkimages
Petrid Beauty II by ~YaChiRu13

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Humor Azedo

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