Manuel Pinho – Foi engraçado ouvir o ministro da Economia vir anunciar a criação de um museu interactivo dedicado às descobertas portuguesas, em Sagres. Não sei se o seu “sonho” de mudar o turismo estava directamente ligado a este anúncio, ou não.
O projecto deste tipo de museu já não é novidade, e até já foi anunciado para a zona de Belém, em Lisboa, mas parece que o senhor ministro andava distraído, ou que ninguém o informou. Talvez em breve venha também a anunciar um novo espaço para o Museu dos Coches e a transformação do actual edifício em picadeiro, o que será mais uma novidade, especialmente se for fruto de mais um sonho do responsável pela Inovação. Resta-me uma dúvida que não vi ainda esclarecida: temos um Ministério da Cultura?
Condições de vida – Li uma notícia da Lusa dizendo que dois em cada dez trabalhadores portugueses receiam perde o trabalho nos próximos seis meses, o que me surpreende muito pela baixa taxa de pessoas com esse receio. Eu serei sempre suspeito na minha apreciação, já que não costumo acreditar em estatísticas, mas esta é ainda mais difícil de engolir. Então a percentagem de contratados a prazo não está muito acima dos 20%? E se contarmos com os funcionários públicos, que por via das reestruturações, temem pelos seus postos de trabalho, o número não aumenta substancialmente?
Não sei onde e como é que os números foram obtidos, mas ou os portugueses são um povo demasiado optimista, ou a coisa não confere.
Mobilidade forçada – Constou-me no domingo que, devido à passagem da gestão do Palácio Nacional da Pena, do IMC, IP para a sociedade anónima Parques de Sintra – Monte da Lua, a maioria dos funcionários, não sei se todos, foram instados a aceitar uma requisição a prazo de alguns meses, ou, no caso de não aceitarem, o melhor seria procurarem lugar noutros serviços se não quisessem passar, já a partir do final do mês de Setembro para os quadros de mobilidade especial. Estou estupefacto com este tipo de propostas, que a serem assim como me foram contadas, são totalmente irracionais, quando se sabe, e é público, que há uma grande falta de pessoal na maioria dos museus e monumentos neste País. Será que se trata apenas de descoordenação, ou os responsáveis da Cultura estão apenas a trabalhar para as estatísticas, mostrando total desprezo pelos seus funcionários?
O projecto deste tipo de museu já não é novidade, e até já foi anunciado para a zona de Belém, em Lisboa, mas parece que o senhor ministro andava distraído, ou que ninguém o informou. Talvez em breve venha também a anunciar um novo espaço para o Museu dos Coches e a transformação do actual edifício em picadeiro, o que será mais uma novidade, especialmente se for fruto de mais um sonho do responsável pela Inovação. Resta-me uma dúvida que não vi ainda esclarecida: temos um Ministério da Cultura?
Condições de vida – Li uma notícia da Lusa dizendo que dois em cada dez trabalhadores portugueses receiam perde o trabalho nos próximos seis meses, o que me surpreende muito pela baixa taxa de pessoas com esse receio. Eu serei sempre suspeito na minha apreciação, já que não costumo acreditar em estatísticas, mas esta é ainda mais difícil de engolir. Então a percentagem de contratados a prazo não está muito acima dos 20%? E se contarmos com os funcionários públicos, que por via das reestruturações, temem pelos seus postos de trabalho, o número não aumenta substancialmente?
Não sei onde e como é que os números foram obtidos, mas ou os portugueses são um povo demasiado optimista, ou a coisa não confere.
Mobilidade forçada – Constou-me no domingo que, devido à passagem da gestão do Palácio Nacional da Pena, do IMC, IP para a sociedade anónima Parques de Sintra – Monte da Lua, a maioria dos funcionários, não sei se todos, foram instados a aceitar uma requisição a prazo de alguns meses, ou, no caso de não aceitarem, o melhor seria procurarem lugar noutros serviços se não quisessem passar, já a partir do final do mês de Setembro para os quadros de mobilidade especial. Estou estupefacto com este tipo de propostas, que a serem assim como me foram contadas, são totalmente irracionais, quando se sabe, e é público, que há uma grande falta de pessoal na maioria dos museus e monumentos neste País. Será que se trata apenas de descoordenação, ou os responsáveis da Cultura estão apenas a trabalhar para as estatísticas, mostrando total desprezo pelos seus funcionários?
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Fotos - Natureza Calma
O Pinho é a caricatura perfeita deste governo e a sua competência, se é que a tem em alguma área, não se revela pela cultura demonstrada até hoje.
ResponderEliminarMedo de perder o trabalho é uma constante em Portugal, mas tem maior impacto devido às imensas fragilidades da rede social, para onde os empresários pretendem descontar cada vez menos.
Na Cultura prevalecem os interesses de uma pretensa elite que se está perfeitamente borrifando para os mais pequeninos. A agravar o panorama, que já é de quase indigência ainda temos os interesses privados que atacam a toda a força.
Bjos
Quando a sra. ministra não faz nada alguém tem de fazer alguma coisa, ou provavelmente está de volta de um pastel ou um croquete e não podia falar.
ResponderEliminarComo diria o outro, este governo foi feito numa manhã de nevoeiro, está tudo trocado.
O Pinho é um tratado, a Isabel uma enciclopédia, a Lurdes Rodrigues uma antologia... lá está, aquilo é uma colecção de peças de museu. E não se pode colocá-los na lista de mobilidade?
ResponderEliminarO problema não é perder o trabalho, é a dificuldade que há em encontrar um novo. Esse sim o grande problema.
ResponderEliminarA Cultura deve ser uma plantação no deserto, de tão mirrada que está. O desemprego diminui nas contas de quem não sabe aritmética, ou então jogam os números para baixo do tapete. A incompetência é a imagem de marca dos governantes. Não sei quando é que isto vai parar, mas mais cedo ou mais tarde eles vão enfiar "os adornos" numa parede qualquer.
ResponderEliminarAbraço do Zé
Olá Guardião, passei por aqui e adorei o texto.
ResponderEliminarParabéns.
Beijinhos
Vim cá rapidinho , para perceber a razão da tua raiva ...e ja percebi .
ResponderEliminarMeu amigo ninguem acredita no que eu digo , a unica alternativa é muita criolina e fogo em cima.
Cultura?!
Que é isso ?!
Da-lhe ginasios ...
Beijão grande
Há que denunciar essa Mobilidade forçada, e Já!
ResponderEliminarEu penso que não temos Ministério da Cultura... temos sim uma Ministra Xanax!
Um Abraço
Guardião, às "curtinhas" respondo com breves palavras.
ResponderEliminar1 - O Pinho...é carunchoso
2 - Então, 20% têm medo de perder o emprego; uns 30% têm medo de dizer que têm medo; e mais uns 10 ou 15% estão sem emprego, e por isso, não têm medo de perder o que não têm...
3 - Cultura? Responsáveis? Onde está? Quem são?
Um abraço.
Só dois em cada dez?
ResponderEliminarE os outros?
Estatísticas, meu caro!
Servem para tudo, principalmente neste momento. Quam é que vai averiguar?
Mentirosos, sabes que mais!!!
Um abraço