Quando a economia vacila, quando o desemprego aumenta, quando o euro se valoriza exageradamente, quando o petróleo aumenta e quando as exportações começam a fraquejar, José Sócrates escolhe como tema do debate mensal na Assembleia da República, o Plano Tecnológico nos serviços públicos.
País curioso, este em que vivemos, onde não se discutem os problemas reais e o chefe do governo prefere abordar o mundo virtual das novas tecnologias. As máquinas, que deviam ser meros instrumentos de trabalho, são exaltadas como se fossem capazes de milagres e funcionassem sozinhas.
Claro que foi uma coincidência que esta escolha tenha surgido logo depois da publicitação dum estudo da Comissão Europeia, a que também por coincidência Portugal preside presentemente, onde se diz que o país subiu sete lugares no ranking de 2007 do governo electrónico. Quem acusa o governo de usar e abusar da publicidade, exagera bastante, porque as coincidências não passam disso mesmo, coincidências.
Lá vamos ter as “novidades” como o DR Electrónico, a empresa na hora e o cartão único, que nos vão deixar exultantes de orgulho. Quem vai sequer lembrar-se dos problemas informáticos do fisco, da trapalhada com o selo do carro ou com a renovação ou alteração da carta de condução ou do BI? Quem é que se importa com atrasos nos pagamentos devido às falhas informáticas, exactamente em serviços públicos.
O mundo virtual de José Sócrates sobrepõe-se a todos os problemas mesquinhos que se possam atravessar na caminhada triunfal a que se propõe à frente dum país imaginário que ainda nem está representado no Second Life.
País curioso, este em que vivemos, onde não se discutem os problemas reais e o chefe do governo prefere abordar o mundo virtual das novas tecnologias. As máquinas, que deviam ser meros instrumentos de trabalho, são exaltadas como se fossem capazes de milagres e funcionassem sozinhas.
Claro que foi uma coincidência que esta escolha tenha surgido logo depois da publicitação dum estudo da Comissão Europeia, a que também por coincidência Portugal preside presentemente, onde se diz que o país subiu sete lugares no ranking de 2007 do governo electrónico. Quem acusa o governo de usar e abusar da publicidade, exagera bastante, porque as coincidências não passam disso mesmo, coincidências.
Lá vamos ter as “novidades” como o DR Electrónico, a empresa na hora e o cartão único, que nos vão deixar exultantes de orgulho. Quem vai sequer lembrar-se dos problemas informáticos do fisco, da trapalhada com o selo do carro ou com a renovação ou alteração da carta de condução ou do BI? Quem é que se importa com atrasos nos pagamentos devido às falhas informáticas, exactamente em serviços públicos.
O mundo virtual de José Sócrates sobrepõe-se a todos os problemas mesquinhos que se possam atravessar na caminhada triunfal a que se propõe à frente dum país imaginário que ainda nem está representado no Second Life.
É muito à frente, povinho retrógrado!
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Fotografia
pelo menos alguma coisa o homem está a fazer positivo, isso ninguém lhe pode tirar, claro que existem coisas mais importantes para debater, mas parece que o interesse é pouco.
ResponderEliminarNum país que tem os mais baixos indices de escolaridade da Europa, e mesmo esta parece ser feita a martelo. Um país que nunca teve uma revolução industrial, que mal passou do burro e da carroça e agora já nem rural é , falar-se em tecnologia faz brilhar qualquer orador. Este se pelo meio juntar expressões, como "a produtividade organizacional por vectores" ou a "produtividade comunicacional segmentaria" ao seu discurso, o êxito será total. No dia seguinte alguns jornalistas farão a manchete do dia e da sua vida.
ResponderEliminar...O povo, esse aplaudirá!
Um abraço
António
Vamos fazer força para que a UE veja nele um farol e o reboque para Bruxelas, assim torna-se inócuo. O combate à fraqueza das nossas exportações pode ser feito com a exportação destas cabecinhas pensadoras...
ResponderEliminarFui
Desburocratiza-se ou não?
ResponderEliminarNo resto, ó meu amigo Guardião, o homem é um comum mortal como nós ou não?
Ora, se o povo vive em realidade virtual no plano económico (gasta-se o que se tem e, alguns, o que não têm), no plano social (é só ver os inchados que por aí andam) e até no relacionamento (até sexo vrtual já inventaram), porque não haveria a Administração de passar ao plano virtual?
A nova bandeira do Engenheirote, é agora a criação de um novo balcão, denominado "Perdi os documentos". Quem tiver a infelicidade de perder a carteira, ou lhe tiver sido roubada, dirige-se a esse tal balcão e...tcharaan, tudo é tratado no mesmo sítio e com rapidez.
ResponderEliminarPara quando a criação de um balcão denominado "Perdi a esperança", ou "Perdi a paciência"?
eheheh!! É o Zézinho no país das maravilhas!
Aquele abraço infernal!
Por enquanto somos uma força de oposição.Deveremos fazer algo com unidade.Saudações.
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
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ResponderEliminaré verdade... o plano tecnoológico desculpa tudo e mais alguma coisa...
ResponderEliminara hipocrisia é cada vez mais patente em Sócrates..
cp's
Do virtual ao real vai um verdadeiro oceano e o barco afunda-se ...
ResponderEliminarCaro Guardião,
ResponderEliminarNão estando em dia especialmente inspirado ao comentário, quis ainda assim deixar-lhe um beijinho para assinalar a passagem pelo seu espaço.
Um beijinho
da Maria
Contaram-me esta semana que os administradores do Estado Novo passavam pelas pobres aldeias de Angola e ofereciam bolas de futebol aos indígenas!
ResponderEliminarPrefiro as imagens
ResponderEliminarde resto o pais está de rastos, ou para lá caminha
bom fim de semana
suadações amigas
Que gatas! :)
ResponderEliminar"Perdi a carteira"...quem terá inventado este nome para um balcão?
ResponderEliminarEm que país estamos?
E se fizessem um desenho para nos explicarem o que isso significa?
Depois do debate na AR, que mais se pode dizer?
Um abraço
Peço desculpa, mas o bechamel faz-me azia!
ResponderEliminarum abraço