quarta-feira, outubro 31, 2007

EM QUE É QUE FICAMOS?

Um ministro do Trabalho e da Segurança Social a defender a flexigurança, talvez seja uma originalidade portuguesa, mormente quando já afirmou que o modelo não podia ser importado tal e qual existe na Dinamarca. Pois é, o senhor ministro Vieira da Silva não está a propor a flexigurança, mas sim um outro conceito qualquer que não explica de forma cabal.
Enquanto está entretido a atirar acusações à direita e à esquerda aludindo a uma radicalização de quem discorda da sua opinião, esquece-se do que já disse anteriormente e da parte mais importante do conceito que invoca, que é precisamente a segurança.
Nas relações laborais existem sempre duas partes em confronto, e é confrangedor ver um membro do governos que tem por missão mediar este confronto de interesses, tomar o partido de uma das partes, defendendo com ardor a flexibilidade dos despedimentos, sem mostrar o mínimo interesse em acautelar a segurança que a outra parte reclama. Esta é a imagem que Vieira da Silva está a dar aos portugueses. Não basta dizer que os outros povos têm muito pouco receio da flexibilidade existente nos seus países, importa isso sim, implementar a segurança que eles têm garantida, que é precisamente o que não temos aqui em Portugal.
É altura de o senhor ministro do Trabalho e Segurança Social, começar a construir a segurança que é necessária, para a implementação do conceito, e então teremos o tal “debate sério” que reclama.

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Fotografia
MWox
MWox

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Obrigado Kalinka

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Humor e Música

M. J. by Marcos Muller

terça-feira, outubro 30, 2007

segunda-feira, outubro 29, 2007

CURTINHAS

Cultura – Isabel Pires de Lima continua a defende a sua dama, o Hermitage, tecendo copiosos elogios à exposição que foi inaugurada na Galeria D. Luís, do Palácio da Ajuda. O que foi curioso nesta última semana, foi o facto de terem surgido algumas críticas de responsáveis de museus que já alertaram para a possibilidade de não verem resolvidas algumas questões tão simples como a falta de meios humanos e materiais, para o normal funcionamento de alguns serviços. A resposta da ministra foi muito interessante ao considerar que as críticas partem de «uma visão nacionalista, provinciana e que revela uma falta de visão cosmopolita. Eu, que não sou tão viajado como a senhora ministra, não gosto de ver o Palácio de Queluz tão mal cuidado, tanto no que diz respeito a interiores como no jardim, também me preocupa ver paredes a salitrar e tinta a destacar-se das paredes interiores do Palácio de Mafra, mas deve ser um reflexo de ser saloio e provinciano.

Ratificação – PS e PSD, uns assustados com os resultados das sondagens e outros inebriados com a subida, decidiram usar a ratificação do tratado como arma de combate político, a nível interno, dando sinais contraditórios mas não definitivos sobre a possibilidade de efectuar ou não, o referendo. Já se percebeu que a nível europeu todos fogem do referendo, com medo da possibilidade de alguma recusa popular. Não será este o caso de Portugal, estou plenamente convencido, porque não é previsível um chumbo popular, e muito menos uma votação que torne o seu resultado vinculativo. Então porque é que há este suspense todo? Por um lado o que foi acordado entre os diversos países, por outro, porque os dois partidos não estão interessados em debater o tratado, até porque pouco ou nada os diferencia nesta matéria.

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Fotografias
P E A C H by Toash

blue vase by Deb-e-ann

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Humor - O Dinheiro

domingo, outubro 28, 2007

UM BOM DOMINGO

Nem sempre temos disposição para escrever, ou encontramos um tema que importe abordar, e que ao mesmo tempo também possa ser interessante para os que nos visitam.
Hoje é um desses dias, em que o teclado não vai ser muito martelado, porque estou aqui só para vos dizer que escolhi para hoje duas fotografias de que gostei particularmente, e três caricaturas de Rui Pimentel, que achei que vos iam agradar.
Amanhã, talvez volte com outras coisas.

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Fotografias da Natureza
Boris Tretiak

Boris Tretiak

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Caricaturas Excelentes

Zeca Afonso by Rui Pimentel

Mariza by Rui Pimentel

Maria João by Rui Pimentel

sábado, outubro 27, 2007

O THE ECONOMIST E O TRATADO

Há por estas bandas quem acene com os artigos do The Economist, quando quer dar alguma credibilidade aos seus artigos sobre economia ou desenvolvimento, mas que nunca o utilizará quando as opiniões não são favoráveis à sua propaganda ou ao que dentro de portas nos querem impingir.
Aqui fica para conhecimento público, o que pensa este semanário do Tratado Reformador ou de Lisboa, e das intenções de muitos governantes europeus de fazerem a sua ratificação por via parlamentar.
Apetece-me deixar aqui algumas frases deste jornal, como “… independentemente do que cada um possa pensar sobre o texto «trata-se de uma farsa, que tem para além disso consequências que rebaixam a Europa», ou «em vez de simplificar a arquitectura legal da UE, devolver alguns poderes aos Estados membros e fazer a política mais inteligível para os votantes, fez-se exactamente o contrário», ao que acrescenta «… os líderes europeus regressaram à sua anterior estratégia, consistente embutindo uma vasta quantidade de inovações e emendas num texto legal ilegível.», e recorda que quase uma dezena de governos europeus prometeu submeter a constituição a referendo e acusa-os de falta de honestidade quando dizem que este tratado é tão diferente que não encontram razões para manter aquelas promessas.
Remata o The Economist com esta frase «para uma instituição em que a legitimidade e a responsabilidade são bens escassos, trata-se da pior desculpa possível», porque este tratado «… trata-se basicamente da mesma constituição…».
Recordo que o realce do texto é “surrealista pretender que tratado não é constituição”.

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Fotos - Rosas
swordlady

Silver Lilac

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Humor e Actualidade

Bob Englehart

Michael Ramirez

sexta-feira, outubro 26, 2007

FORMAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Ao ler uma entrevista do DN, ao presidente do Instituto Nacional de Administração (INA), fiquei com a impressão de que este responsável reconhece que o enfoque da actividade tem estado mais centrado nas estruturas dirigentes do que nos restantes grupos profissionais que prestam serviço ao Estado. Aliás, a dado passo da entrevista acaba por dizer que “ao contrário do que acontece noutros países, não existe uma estrutura formal de formação associada à carreira”.
Todos sabemos que a formação dos quadros dirigentes é obrigatória, já a formação requerida por muitos funcionários das mais diferentes carreiras, é-lhes sistematicamente negada, sob o pretexto de falta de verbas ou até por falta de pessoal.
Ninguém nega a utilidade e a importância da existência do INA, mas são muitos os que se questionam sobre a sua actuação, porque com as limitações impostas pelos serviços, o seu alcance acaba por ser insuficiente.
Já quanto às afirmações do presidente do INA, sobre a imposição de quotas no SIADAP, discordo completamente, e aconselho vivamente o senhor Rui Lucas a pedir desde já que lhe seja fornecida a lista de pessoal que por via das classificações obtidas vai auferir prémios e promoções em 2008, acompanhados pelos dados indispensáveis (não os nomes claro), como sejam as categorias e as funções que desempenham. A análise cuidada desses dados, que até deviam de ser tornados públicos, mostrará sem qualquer dúvida que as desconfianças dos funcionários públicos têm razão de ser.

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Fotografia
Innocence by LewiJ
Simplicity by Andunie

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Humor

Marian Kamenský

Issam Hassan

quinta-feira, outubro 25, 2007

QUEM CHEGA PRIMEIRO?


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Fotos - Dois Estilos

Wendelin

Wendelin

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Humor Made in USA

Mike Lester

Steve Greenberg

John Branch

quarta-feira, outubro 24, 2007

O ENSINO E OS RANKINGS

As notícias dão grande relevo aos resultados obtidos pelas escolas relativos aos exames nacionais dos 11º e 12º anos, dão o destaque aos 10 estabelecimentos mais bem colocados e salientam o facto de apenas uma escola pública se encontrar entre eles.
Eu costumo dizer que este tipo de comparações, apesar de interessante, pode conduzir a conclusões parecidas com as de se comparar um carro utilitário a um topo de gama.
Será irresponsável julgar-se que os resultados obtidos nos exames, podem ser iguais em escolas diferentes, servindo alunos de estratos sociais diferentes, com turmas pequenas ou com turmas com mais de 30 alunos, ou escolas com boas condições físicas e dotadas do pessoal necessário com outras cheias de carências nestes aspectos.
Contudo estes estudos podem servir para se avaliar escola a escola, as razões porque não se conseguem melhores resultados.
Não sou professor, nem especialista nestes assuntos, mas há factores que me preocupam porque afectaram os meus filhos enquanto estudantes do ensino público. Saliento por exemplo a falta de estabilidade do corpo docente, que originou que o mais novo tivesse 3 e 4 professores diferentes em três anos em cada disciplina, das que teve de fazer exame, todos com métodos de ensino diferentes. Também foi negativo o facto de estar numa escola sobrelotada, com turmas de 30 ou mais alunos e com horários disparatados em que duas das disciplinas nucleares, Física e Matemática, estavam situadas nos últimos tempos no dia em que ambas eram de 90 minutos, mas explicaram-me que eram os horários possíveis. Junte-se a isto a falta de condições da escola e a falta de pessoal auxiliar e temos aqui algumas das razões do meu descontentamento, apesar disso não me posso queixar muito porque os resultados do meu filho até foram bons e bastante acima da média obtida globalmente pela escola.
É altura para não disparar em todas as direcções e não fazer tábua rasa, considerando todas as escolas como iguais, ou querer passar a ideia que o privado é melhor que o público, porque por aí não se vai ao que interessa, que é melhorar o ensino.

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Fotografia
Luiza Gelts

Alisa

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Humor Made in USA
John Darkow

Patrick Chappatte

terça-feira, outubro 23, 2007

O QUE OS DISTINGUE?

O PSD e o PS têm repartido entre si a governação deste País durante os últimos anos, e por isso são responsáveis em larga medida pelo estado da economia e pela fraca qualidade de vida de grande parte dos portugueses. Estes dois partidos já nos habituaram aos discursos cheios de preocupações sociais e muito críticos à governação, enquanto estão na oposição, discursos que se desvanecem e esfumam logo que assumem o poder.
Quem não se lembra de promessas de baixas de impostos e de maior justiça social, que logo foram esquecidas, transformadas em aumentos de impostos, aumento do desemprego, e um fosso cada vez maior entre os mais ricos e os mais pobres.
A retórica dos discursos destes partidos, muda não só consoante estejam no poder ou na oposição, mas também com o facto de mudarem de liderança, o que não abona muito em relação à sua credibilidade perante os potenciais eleitores. O que é certo é que os lugares de nomeação do aparelho de Estado, da Administração Pública central e local, das empresas públicas, ou participadas pelo Estado, bem como o Parlamento Europeu, estão maioritariamente preenchidos por elementos destes dois partidos, que se acusam mutuamente pelos insucessos das políticas nacionais.
Apesar de tudo, nem PS nem PSD assumem as suas afinidades, nem as parecenças, preferindo alardear divergências. Eu sinceramente, não lhes encontro diferenças substanciais, mas se calhar é um problema pessoal.

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Pinturas
Still Life- CubePaint by ororo-chan

Still life n5 by Bebi-Vegeta

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Caricaturas do Dalcio (Brasil)

segunda-feira, outubro 22, 2007

CURTINHAS

Referendo europeu – Depois das negociações do Tratado Reformador e da sua aceitação pelos líderes europeus, ficou marcada a assinatura do mesmo para Dezembro, em Lisboa, mas fica a incógnita de como é que vai ser ratificado por cada país. A única certeza que há, é que a Irlanda tem de efectuar um referendo por imperativos constitucionais. Por cá, temos o tabu de Sócrates, que atirou para depois da assinatura do tratado a sua posição oficial, temos também a posição de Menezes que é contra o referendo, apesar do seu partido ter já decidido uma posição diferente. Recordo os mais distraídos, de que todos os partidos portugueses se apresentaram às eleições legislativas com a intenção expressa de efectuar este referendo. Apetece citar David Cameron, líder do partido conservador britânico, que teve a seguinte afirmação sobre a matéria: “Brown toma eleitores por «idiotas»”.

Flexigurança – Li por aí uma análise interessante sobre este conceito que partia da decomposição do nome: “Flexi” que diz respeito aos patrões que podem assim despedir com mais facilidade e alterar os horários à vontade e “Segurança” que diz respeito aos trabalhadores, que vêem assim garantido um reforço da protecção social a quem for despedido. Apesar da pressa da comunicação social subserviente, em falar num acordo entre sindicatos e patrões, e do regozijo de Sócrates, foi curioso o silêncio dos patrões portugueses e do ministro do Trabalho e da Segurança Social. Fiquei depois a saber que no acordo de princípios está previsto o despedimento “em situações de real necessidade económica”, que os trabalhadores despedidos irão receber um subsídio que lhes permitirá manter o nível de vida que tinham quando estavam desempregados, além da formação profissional e da assistência na procura de trabalho.
Traduzindo isto por miúdos, estamos a falar de alguns milhões de euros, que a Segurança Social não tem, e obrigava os patrões a justificar os despedimentos, coisa que lhes faz urticária. Porque é que as actas do acordo não foram tornadas públicas?

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Fotos de Flores
by Votaris
by Toash

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Humor - Registos

Stavro

Dilem

Dana Summers

sábado, outubro 20, 2007

AINDA SOBRE JORNALISMO

Ontem escrevi sobre jornalismo, e não imaginava sequer receber através de correio electrónico, três vezes mais reacções do que na caixa de comentários. As reacções favoráveis e desfavoráveis, mais destas últimas, incidiram essencialmente sobre a interpretação política do texto e das intenções que teriam presidido ao artigo.
Lamento desiludir muitos dos que me dirigiram essas mensagens, mas já afirmei aqui que estou completamente desiludido com os nossos políticos e que não nutro qualquer simpatia pelos partidos existentes, não me eximindo contudo de manifestar a minha opinião livremente sem preocupações de agradar ou desagradar a qualquer deles.
O artigo era exactamente sobre jornalismo, focando apenas um dos aspectos que considero mais negativo na informação nacional, que é precisamente a dificuldade que temos em distinguir a informação simples e a opinião que muitas vezes vem misturada naquilo que passa como informação. Não refiro em nenhum passo interferências do poder político sobre as duas notícias mencionadas, como parece ter sido o entendimento de alguns.
Sobre o tratamento dado à manifestação promovida pela CGTP, pela SIC, que mereceu a quase totalidade das atenções, limitei-me a dizer que foi caricaturada “como uma alegre excursão àquela zona da cidade de Lisboa”, acrescentando que era um “critério discutível”, dessa estação e dos seus responsáveis, entenda-se. Não me referi nunca aos responsáveis pela informação dessa estação, nem aos parentescos que todos conhecem, até porque isso é irrelevante.
Nunca pautei a minha opinião por ataques pessoais a quem quer que seja, batendo-me antes por aquilo que considero ser correcto.
Ao pretender-se ridicularizar, na minha opinião, ou minimizar as razões que presidiram a um protesto desta grandeza, os jornalistas ou editores da SIC, não prestaram um bom serviço informativo.
Poderia falar de outros órgãos de comunicação social, mesmo públicos, mas acho que ficou clara a minha opinião sobre a falta de qualidade e de objectividade informativa de alguns órgão ditos de informação.


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Fotos - Escadas
spiral staircase by enigmaticxxembrace

vertigo by 3chat3noir3

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Humor Francês

Burki

Barrigue