quarta-feira, outubro 31, 2007

EM QUE É QUE FICAMOS?

Um ministro do Trabalho e da Segurança Social a defender a flexigurança, talvez seja uma originalidade portuguesa, mormente quando já afirmou que o modelo não podia ser importado tal e qual existe na Dinamarca. Pois é, o senhor ministro Vieira da Silva não está a propor a flexigurança, mas sim um outro conceito qualquer que não explica de forma cabal.
Enquanto está entretido a atirar acusações à direita e à esquerda aludindo a uma radicalização de quem discorda da sua opinião, esquece-se do que já disse anteriormente e da parte mais importante do conceito que invoca, que é precisamente a segurança.
Nas relações laborais existem sempre duas partes em confronto, e é confrangedor ver um membro do governos que tem por missão mediar este confronto de interesses, tomar o partido de uma das partes, defendendo com ardor a flexibilidade dos despedimentos, sem mostrar o mínimo interesse em acautelar a segurança que a outra parte reclama. Esta é a imagem que Vieira da Silva está a dar aos portugueses. Não basta dizer que os outros povos têm muito pouco receio da flexibilidade existente nos seus países, importa isso sim, implementar a segurança que eles têm garantida, que é precisamente o que não temos aqui em Portugal.
É altura de o senhor ministro do Trabalho e Segurança Social, começar a construir a segurança que é necessária, para a implementação do conceito, e então teremos o tal “debate sério” que reclama.

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Obrigado Kalinka

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Humor e Música

M. J. by Marcos Muller

8 comentários:

  1. A alergia à segurança por parte do ministro é notável. Já alguém o ouviu falar em aumentar a segurança para quem tem a infelicidade de estar desempregado?
    Como estamos perto do dia das bruxas deixo o aviso: Eu não acredito em bruxas, mas lá que as há, isso há.
    Fui

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  2. o que se espera é um modelo original, começado do zero e adaptado à realidade portuguesa e não uma copia de modelos de realidades muito diferentes da nossa.

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  3. Guardião, venham daí esses ossos. Finalmente mais alguém se junta às minhas inquietações. È que eu receio que a nós nos queiram dar o máximo de flexibilidade e o mínimo de segurança!

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  4. Eles não podem falar da segurança. Nos países onde a flexigurança está implementada são as empresas que pagam a segurança. O IRC ronda os 50%. Não estão a ver este governo a sequer rondar o tema, pois não?
    Cumprimentos

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  5. Este ministrinho, como outros, é discípulo daquele grande filósofo de Guimarães que dizia: "O que é hoje verdade, amanhã é mentira!"
    Para ele, pimenta na língua e um machado na verve.

    Cumps.

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  6. Eles comem tudo,
    eles comem tudo,
    eles comem tudo e não deixam nada...

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  7. Os diferentes modelos que se apresentam, até ao momento, revelam ser a face de uma mesma moeda. Uma má moeda que procura que os ricos estejam cada vez mais ricos obtendo lucros acrescidos com os baixos salários que pagam aos mais pobres.

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  8. Mas alguém dúvida de que lado é que o governo do PS está? Obviamente que está do lado daqueles que lhe pagam as campanhas eleitorais! Já lá vai o tempo em que os partidos precisavam dos trabalhadores para lhes colarem os cartazes e encherem os comícios! Agora com os serviços de marketing, os comentários de dois ou três mediáticos e uns autocarros de Cabeceiras a campanha está feita!

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