Na política portuguesa tem reinado a alternância do poder entre o PS e o PSD, e tem-se notado uma clara viragem para um liberalismo económico, afastando-se o Estado de sectores importantes e estratégicos e abandonando até sectores da área social que, em princípio devia garantir.
A teoria de menos Estado, melhor Estado, com que se intoxica a opinião pública, mais não tem sido do que a entrega de serviços a grupos privados, mas com a garantia de subvenções estatais, clientela assegurada e compensações chorudas por prestarem serviço público. Claro que há quem lhe chame iniciativa privada, mas com estas garantias eu não lhe daria este nome, porque o lucro está sempre garantido e o risco é nulo.
O descontentamento actual já bem patente na opinião pública, acontece com um governo do PS, mas pelo que já foi anunciado pelo novo dirigente do PSD, a alternância não nos vai trazer nada diferente. Mais políticas liberais.
É preocupante ver que os nossos políticos se continuam a afastar das populações e dos trabalhadores em geral, aproximando-se e alinhando claramente com os detentores do poder económico. O desequilíbrio cada vez mais sentido entre o capital e o trabalho, mina as relações entre empregadores e empregados, uns contentes com a possibilidade de impor as suas regras, os outros sentindo a impotência dos sindicatos e a desproporção dos meios engolem a sua frustração e reprimem o seu descontentamento.
A situação actual revela que o poder económico tomou as rédeas nos dentes e que o poder político está refém desta aliança, mais fragilizado porque ao não ter interferência real, enquanto moderador nos conflitos laborais, perde a sua autoridade reguladora.
Os casos de financiamento aos partidos, e a sua relação conflituosa com o funcionalismo público, colocam o poder político do mesmo lado da barricada onde pontuam os empregadores, dando a clara sensação que o poder político não passa de uma extensão do grande poder económico, facto que não é saudável em democracia, e que não augura nada de bom se as condições económicas se agravarem, ou se o desemprego aumentar ainda mais.
Neoliberalismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A partir da década de 1970, passou a significar a doutrina económica que defende a absoluta liberdade de mercado e uma restrição à intervenção estatal sobre a economia, só devendo esta ocorrer em sectores imprescindíveis e ainda assim num grau mínimo (minarquia). É nesse segundo sentido que o termo é mais usado hoje em dia.
A teoria de menos Estado, melhor Estado, com que se intoxica a opinião pública, mais não tem sido do que a entrega de serviços a grupos privados, mas com a garantia de subvenções estatais, clientela assegurada e compensações chorudas por prestarem serviço público. Claro que há quem lhe chame iniciativa privada, mas com estas garantias eu não lhe daria este nome, porque o lucro está sempre garantido e o risco é nulo.
O descontentamento actual já bem patente na opinião pública, acontece com um governo do PS, mas pelo que já foi anunciado pelo novo dirigente do PSD, a alternância não nos vai trazer nada diferente. Mais políticas liberais.
É preocupante ver que os nossos políticos se continuam a afastar das populações e dos trabalhadores em geral, aproximando-se e alinhando claramente com os detentores do poder económico. O desequilíbrio cada vez mais sentido entre o capital e o trabalho, mina as relações entre empregadores e empregados, uns contentes com a possibilidade de impor as suas regras, os outros sentindo a impotência dos sindicatos e a desproporção dos meios engolem a sua frustração e reprimem o seu descontentamento.
A situação actual revela que o poder económico tomou as rédeas nos dentes e que o poder político está refém desta aliança, mais fragilizado porque ao não ter interferência real, enquanto moderador nos conflitos laborais, perde a sua autoridade reguladora.
Os casos de financiamento aos partidos, e a sua relação conflituosa com o funcionalismo público, colocam o poder político do mesmo lado da barricada onde pontuam os empregadores, dando a clara sensação que o poder político não passa de uma extensão do grande poder económico, facto que não é saudável em democracia, e que não augura nada de bom se as condições económicas se agravarem, ou se o desemprego aumentar ainda mais.
Neoliberalismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A partir da década de 1970, passou a significar a doutrina económica que defende a absoluta liberdade de mercado e uma restrição à intervenção estatal sobre a economia, só devendo esta ocorrer em sectores imprescindíveis e ainda assim num grau mínimo (minarquia). É nesse segundo sentido que o termo é mais usado hoje em dia.
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Fotos Pró Menino e para a Menina
Delírio by Yan McLine
Olá Guardião, belíssimo texto.
ResponderEliminarsimplesmente adorei!!!!!!
Sem mais comentários.
Beijinhos,
Fernandinha
O tema O capital e o Trabalho adaptado à realidade portuguesa. Pelo que subentendo do que escreves, achas que o equilíbrio já não tem muitas hipóteses de ser conseguido pela negociação. Já não é o primeiro artigo em que isso transparece. Espero que estejas enganado, pelo menos quanto a isto, porque a alternativa não será nada agradável.
ResponderEliminarBjos, e que melhores ventos soprem lá de cima
Relativamente a este post, que considero muito bem concebido e estruturado, a minha opinião é muito próxima do que aqui está dito. Temos 3 partidos neo-liberais: PS, PSD e CDS. O neo-liberalismo só trará mais pobreza e exclusão ao país aumentando ostensivamente as diferenças entre ricos e pobres. Logo nenhum daqueles partidos é solução. O pior dos 3 é o PS porque, como socialista, deixa uma oposição que por não poder fazer entre si alianças contranatura, lhe facilita a governação. Quando o PSD é poder o PS/PCP/BE mantêm-no dentro das baias. Com O PS é neoliberalismo à tromba estendida. Pelo menos é assim que eu vejo.
ResponderEliminareu penso que existe estado a mais na economia nacional!
ResponderEliminara forma de liberalizar tem sido pouco criteriosa e por isso algumas situações completamente estranhas têm acontecido!
as entidades reguladoras (e caminhamos para ter entidades reguladoras em todos os sectores de actividades) devem um ter um papel sério na regulação!
cp's
eu cheguei a um ponto que já não vejo diferenças entre nenhuns partidos...no entanto quando cheguei à fotografia para o menino esqueci-me do que ia a dizer.
ResponderEliminarOs efeitos destas plutocracia adivinhava-se e hoje vêem-se. Pena é que haja quem insista em não ver.
ResponderEliminarO problema é mais do lado das funções de regulação que são uma autêntica paródia, já que os interesses privados se sobrepoem aos dos cidadãos e as garantias não estão do lado dos serviços e da sua qualidade mas sim do lucro que se garante aos grandes grupos privados que tomam de assalto as funções que ao Estado cabem. Uma análise desapaixonada ao que se passa com a Lusoponte, com as concessões das autoestradas e aos hospitais dão um panorama geral daquilo a que me refiro.
ResponderEliminarCumps
Olá Guardião.
ResponderEliminarExcelente post de facto a deixar no ar à reflexão geral que parece haver um espaço partidário em Portugal por inventar e preencher. Será ?...
Um beijinho
Maria
A política seguida tem sido, em minha simples e despretenciosa opinião, a de dar o país à exploração nos sectores vitais para os quais o governo não tem soluções ou/nem coragem para intervir.
ResponderEliminarÉ manifestamente perceptível que as directrizes são a 75% oriundas de Bruxelas e que o restante é condicionado pelas forças económicas privadas.
Um abraço.
sobre o post acho-o muito pertinente e convidativo ao debate. No entanto acho que o espectro politico está muito limitado, porque pelo que percebo na rua, nos cafes, no super, entre amigos há um esgotamento de ideias e de modos de actuar e pensar materializado só nos partidos que existem. Por outro lado não sei se a nossa cultura democratica muito dependente e hesitante entre os tiques de certo autoritarismo de outros tempos e a liberdade de contestar não é propicia pra cultivar este deixa andar. Porque Poucos ousam contestar. E as manifetações de protesto são sempre com as classicas centrais sindicais e com formulas já absoletas de intervenção.
ResponderEliminarTambém concordo com o que disse o amigo J. G. que parte das decisões já vem formatadas de Bruxelas e o pouco espaço de manobra possivel é entregue ao grande capital indigena ou extrangeiro...A tecnologia atira com muita gente para o desemprego e não faz greves e pode trbalhar 24 h. A "chinização" da economia parece fazer o resto...
Um abraço
António