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quinta-feira, outubro 26, 2017

FORMAÇÃO PROFISSIONAL



À medida que a técnica avança e os processos de produção evoluem, mais se torna evidente que a formação profissional se torna mais específica em todos os sectores.

Ver tanto na indústria, como no comércio, e ainda nos serviços, o patronato a queixar-se da falta de trabalhadores qualificados, deixa-me preocupado.

As universidades, os politécnicos e o ensino em geral, lançam no mercado de trabalho, todos os anos, milhares de jovens que não encontram emprego como os números do desemprego jovem o demonstra, e isso deixa-me ainda mais preocupado.

Ver o patronato a barafustar, exigindo mais aos centros de formação profissional, suportados pelo Estado, sem ver da parte das empresas um envolvimento maior nesse processo, indigna-me bastante.

Será que todos os males residem no Estado? Sabemos que o Estado não é o melhor exemplo, mas será que os privados estão a fazer tudo o que devem fazer?



quarta-feira, julho 19, 2017

COMO DESVALORIZAR UMA FUNÇÃO



A solução encontrada para a segurança no Museu Nacional de Arte Antiga, com a contratação externa de cinco elementos para a vigilância das suas salas e colecções, foi uma medida in extremis, que nunca deveria ter acontecido, e que não se deverá repetir em instituições desta natureza.

Um vigilante de museu não pode ser equiparado a um provérbio como “atar e pôr ao fumeiro, como o chouriço da preta”, a menos que se esteja a brincar aos museus.

Existem exigências para a função, é certo, mas a formação será sempre um requisito essencial que não se pode descurar. O conhecimento do edifício e de procedimentos em caso de emergência, o conhecimento das colecções e a sua localização, as noções de técnicas de atendimento ao público, conhecimentos sobre outras instituições do mesmo tipo existentes nas redondezas (ou na mesma cidade) e seus horários, etc, são apenas algumas das ferramentas que é necessário dar a estes profissionais para poderem desempenhar as suas funções com a devida eficiência.

Um vigilante de museus não é uma estátua, ou um segurança que se limita a proibir procedimentos incorrectos do público, mas sim alguém que possa ajudar os visitantes a fruir devidamente tudo o que estas instituições têm para oferecer a quem as procura, assim exista a vontade de os formar como deve ser.



sexta-feira, fevereiro 17, 2017

CULTURA, FORMAÇÃO, RECUPERAÇÃO E SEGURANÇA

Um dos grandes motores do turismo nacional é o turismo cultural, onde pontuam os museus, palácios e monumentos, que têm conhecido um enorme aumento de visitantes, quer nacionais quer estrangeiros.

A opinião dos visitantes estrangeiros no que respeita ao nosso Património é bastante favorável, e isso, bem como a melhoria dos números, tem satisfeito o governo e as entidades responsáveis pelos equipamentos culturais.

Quando as coisas parecem correr bem poucos se lembram de discutir as fragilidades do sector, e essas são infelizmente bastantes e bem graves.

Para começar temos o estado de conservação dos equipamentos, e aqui temos muito em que pensar, porque se em alguns o trabalho de restauro e conservação está em curso, em muitos outros tarda e em alguns casos nem sequer estão programadas intervenções desta natureza.

Outra fragilidade prende-se com a falta de formação profissional, que até é obrigatória, sendo que em alguns serviços ela não existe há já diversos anos, especialmente para os trabalhadores que lidam directamente com o público.

Por último, porque não pretendo ser exaustivo, temos os problemas de segurança, que por vezes vão desde a ausência de sinalética, ausência de formação profissional nessa matéria, falta de equipas de intervenção, planos de emergência desactualizados (ou mesmo inexistentes), equipamento desadequado para as emergências, etc.


É absolutamente necessário aumentar a qualidade do serviço que se presta aos visitantes, ter pessoal à altura das exigências devidamente motivado, e garantir a segurança dos visitantes e dos trabalhadores. Será que estou a ser demasiado ambicioso?  


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sexta-feira, março 14, 2008

FORMAÇÃO NA CULTURA

Uma das queixas que mais tenho ouvido em amigos ligados à Cultura, e ao Património em particular, tem sido o facto de lhes ter sido negada a formação em diversas áreas, que mesmo ministradas pelo INA são sistematicamente negadas com o pretexto de falta de verbas. Isto não é de hoje, vem de há quase uma década.

Conheço muitos trabalhadores de museus, palácios e monumentos, ligados à área da vigilância e recepcionismo, à arqueologia e à museologia que estão completamente desmotivados, por reconhecerem que a falta de formação não é reconhecida pelo Ministério da Cultura que a tem restringido apenas aos dirigentes de cúpula.

Pode parecer estranho mas na maioria dos serviços nem os directores se preocupam em elucidar os seus funcionários, sobre as especificidades do edifício ou das suas colecções, quando é evidente que muitos deles são os funcionários que dão a cara pelo serviço, no seu contacto directo e diário com o público. A sensibilização e a divulgação que devia começar pelos trabalhadores e que os devia motivar, não é feita. Não sei se o defeito é apenas dos dirigentes se faz parte de uma qualquer estratégia, não assumida publicamente. Eu sou do tempo em que as visitas eram guiadas, e embora reconhecendo que actualmente isso é quase impraticável em alguns monumentos, continuo sem perceber porque é que não existem visitas guiadas a determinadas horas, pelo menos em português, e talvez numa outra língua?

Falo hoje nesta ausência de formação, que se estende a diversos campos, desde as relações públicas, à segurança, informática, primeiros socorros, ou atendimento de loja, porque li uma notícia sobre o programa Inov-Art, patrocinado pelo Ministério da Cultura, que pretende vir a bafejar cerca de 200 jovens com estágios internacionais a jovens artistas. Claro que fica bem ao senhor ministro António Pinto Ribeiro anunciar este programa, e até acho que estes estágios até são desejáveis e importantes para projectar as artes e potenciar a criatividade dos nossos jovens artistas.

A pergunta que me apetece deixar hoje ao senhor ministro da Cultura é: porque é que o senhor não começa por qualificar os “funcionários da casa”, ou será que não está a par da situação dentro do seu próprio ministério?

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Logos

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Fotografia

valex61

Aleksandr Zhadan

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Caricaturas

Charles Chaplin in Goguetoons

Marilyn Monroe in Goguetoons

sexta-feira, outubro 26, 2007

FORMAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Ao ler uma entrevista do DN, ao presidente do Instituto Nacional de Administração (INA), fiquei com a impressão de que este responsável reconhece que o enfoque da actividade tem estado mais centrado nas estruturas dirigentes do que nos restantes grupos profissionais que prestam serviço ao Estado. Aliás, a dado passo da entrevista acaba por dizer que “ao contrário do que acontece noutros países, não existe uma estrutura formal de formação associada à carreira”.
Todos sabemos que a formação dos quadros dirigentes é obrigatória, já a formação requerida por muitos funcionários das mais diferentes carreiras, é-lhes sistematicamente negada, sob o pretexto de falta de verbas ou até por falta de pessoal.
Ninguém nega a utilidade e a importância da existência do INA, mas são muitos os que se questionam sobre a sua actuação, porque com as limitações impostas pelos serviços, o seu alcance acaba por ser insuficiente.
Já quanto às afirmações do presidente do INA, sobre a imposição de quotas no SIADAP, discordo completamente, e aconselho vivamente o senhor Rui Lucas a pedir desde já que lhe seja fornecida a lista de pessoal que por via das classificações obtidas vai auferir prémios e promoções em 2008, acompanhados pelos dados indispensáveis (não os nomes claro), como sejam as categorias e as funções que desempenham. A análise cuidada desses dados, que até deviam de ser tornados públicos, mostrará sem qualquer dúvida que as desconfianças dos funcionários públicos têm razão de ser.

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Fotografia
Innocence by LewiJ
Simplicity by Andunie

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Humor

Marian Kamenský

Issam Hassan