As notícias dão grande relevo aos resultados obtidos pelas escolas relativos aos exames nacionais dos 11º e 12º anos, dão o destaque aos 10 estabelecimentos mais bem colocados e salientam o facto de apenas uma escola pública se encontrar entre eles.
Eu costumo dizer que este tipo de comparações, apesar de interessante, pode conduzir a conclusões parecidas com as de se comparar um carro utilitário a um topo de gama.
Será irresponsável julgar-se que os resultados obtidos nos exames, podem ser iguais em escolas diferentes, servindo alunos de estratos sociais diferentes, com turmas pequenas ou com turmas com mais de 30 alunos, ou escolas com boas condições físicas e dotadas do pessoal necessário com outras cheias de carências nestes aspectos.
Contudo estes estudos podem servir para se avaliar escola a escola, as razões porque não se conseguem melhores resultados.
Não sou professor, nem especialista nestes assuntos, mas há factores que me preocupam porque afectaram os meus filhos enquanto estudantes do ensino público. Saliento por exemplo a falta de estabilidade do corpo docente, que originou que o mais novo tivesse 3 e 4 professores diferentes em três anos em cada disciplina, das que teve de fazer exame, todos com métodos de ensino diferentes. Também foi negativo o facto de estar numa escola sobrelotada, com turmas de 30 ou mais alunos e com horários disparatados em que duas das disciplinas nucleares, Física e Matemática, estavam situadas nos últimos tempos no dia em que ambas eram de 90 minutos, mas explicaram-me que eram os horários possíveis. Junte-se a isto a falta de condições da escola e a falta de pessoal auxiliar e temos aqui algumas das razões do meu descontentamento, apesar disso não me posso queixar muito porque os resultados do meu filho até foram bons e bastante acima da média obtida globalmente pela escola.
É altura para não disparar em todas as direcções e não fazer tábua rasa, considerando todas as escolas como iguais, ou querer passar a ideia que o privado é melhor que o público, porque por aí não se vai ao que interessa, que é melhorar o ensino.
Eu costumo dizer que este tipo de comparações, apesar de interessante, pode conduzir a conclusões parecidas com as de se comparar um carro utilitário a um topo de gama.
Será irresponsável julgar-se que os resultados obtidos nos exames, podem ser iguais em escolas diferentes, servindo alunos de estratos sociais diferentes, com turmas pequenas ou com turmas com mais de 30 alunos, ou escolas com boas condições físicas e dotadas do pessoal necessário com outras cheias de carências nestes aspectos.
Contudo estes estudos podem servir para se avaliar escola a escola, as razões porque não se conseguem melhores resultados.
Não sou professor, nem especialista nestes assuntos, mas há factores que me preocupam porque afectaram os meus filhos enquanto estudantes do ensino público. Saliento por exemplo a falta de estabilidade do corpo docente, que originou que o mais novo tivesse 3 e 4 professores diferentes em três anos em cada disciplina, das que teve de fazer exame, todos com métodos de ensino diferentes. Também foi negativo o facto de estar numa escola sobrelotada, com turmas de 30 ou mais alunos e com horários disparatados em que duas das disciplinas nucleares, Física e Matemática, estavam situadas nos últimos tempos no dia em que ambas eram de 90 minutos, mas explicaram-me que eram os horários possíveis. Junte-se a isto a falta de condições da escola e a falta de pessoal auxiliar e temos aqui algumas das razões do meu descontentamento, apesar disso não me posso queixar muito porque os resultados do meu filho até foram bons e bastante acima da média obtida globalmente pela escola.
É altura para não disparar em todas as direcções e não fazer tábua rasa, considerando todas as escolas como iguais, ou querer passar a ideia que o privado é melhor que o público, porque por aí não se vai ao que interessa, que é melhorar o ensino.
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Fotografia
Hoje na rádio queriam vender duas coisas:
ResponderEliminar- sexos áparte dão melhores resultados;
- se entrar para a OPUS DEI tem acesso às melhores escolas.
Dedo indicador ao alto! Muito esticado...
Já estou a ver darem estabilidade aos professores, meterem pessoal auxiliar suficiente, terem laboratórios devidamente equipados, construirem os pavilhões de ginástica adequados,etc. E o pessoal continua a dormir na forma porque o que eles querem é privatizar o ensino e lá terão os paizinho que pagar para que mais uns gulosos encham o bandulho.
ResponderEliminarLol
"Eu costumo dizer que este tipo de comparações, apesar de interessante, pode conduzir a conclusões parecidas com as de se comparar um carro utilitário a um topo de gama."
ResponderEliminarAssino aqui por baixo e aplaudo!
nem mais..
cp's
Concretamente o que é que se retira destes rankings?
ResponderEliminarPromovem-se umas e acentuam as dificuldades daquelas que se debatem com os maiores problemas, sejam eles de ordem social, ou outra.
Só entendo os rankings, quando as escolas estão em pé de igualdade à partida, para poderem obter resultados que se possam comparar.
Um abraço
Olá Guardião, belo texto muito bem conseguido.
ResponderEliminarAdorei!!!
Muitos beijinhos,
Fernandinha
Já sugeri a um jornal que fizesse um ranking dos nossos governantes, utilizando como parametros as promessas feitas desde a campanha eleitoral e as suas acções até ao presente. A resposta bem humorada foi a seguinte: não temos caves suficientemente fundas para exibir os gráfico relativos às percentagens de incumprimento das promessas.
ResponderEliminarAbraço do Zé
A invenção dos rankings das escolas é apenas mais um sinal de que vamos no mau caminho. Qualquer dia ainda fazem um campeonato de ensino!
ResponderEliminarAmigo Guardião,
ResponderEliminarTodos os anos ouvimos falar no ranking das escolas... Avalia-se para melhorar? Mas, então há algo que está a funcionar mal. É que, cada vez há menos escolas públicas classificadas nos primeiros lugares. Este ano só uma.
Mas, o que me aflige mais é saber que organizações como a OPUS DEI estão a formar os melhores... Assusta-me esta ideia.
Um abraço amigo,
Maria Faia
estamos perante um sistema, a julgar por essas estatísticas, quem tem dinheiro é que recebe melhor educação, mas isso é normal por cá, quem se lixa é o povo.
ResponderEliminarÉ claro que essa comparações são odiosas e falaciosas.
ResponderEliminarPretende-se, a cada dia que passa, tentar convencer as pessoas de que bom é o ensino privado, ao mesmo tempo que se assacam aos professores todas as culpas dos desmandos de cerca de 30 ministros em 33 anos. Assim, leva-se a que os pais, tendencialmente, optem por pagar a educação dos filhos, aligeirando o estado de mais uma responsabilidade e despesa.
Como se os professores do privado fossem especiais!
Ridículo e malicioso!
Boa J.G.!
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