È com muito tristeza que venho aqui anunciar que Portugal lidera, na Europa mais um ranking, o do crescimento anual do desemprego. Já fui acusado de ser pessimista e de encontrar sempre algum assunto para zurzir no nosso governo, passando ao lado dos bons resultados que a governação têm produzido. Confesso que não aguento estar a fazer o pino durante muito tempo, o sangue desce-me para a cabeça tornando a posição insustentável. Desta vez não tive de me sujeitar à incómoda posição para ver o meu Portugal em 1º lugar.
Não estou nada contente, penso que ninguém está, mas estes são os resultados apresentados pelo Eurostat. Curiosamente a Dinamarca apresenta óptimos resultados, com um baixo desemprego e com altos níveis de produtividade, contrariando muitas opiniões que advogam maior liberalização dos despedimentos.
Neste fim-de-semana tive a oportunidade de acompanhar um casal dinamarquês de visita ao nosso país, ele director de marketing, ela gestora de recursos humanos, e ambos confirmaram a minha opinião, sobre o que me tinha ficado da visita que fiz a esse país há cerca de um ano. A experiência profissional é muito valorizada, o investimento em formação dos trabalhadores é constante (nunca inferior a 15 dias/ano), e o despedimento só ocorre por manifesta inaptidão para o desempenho das funções, ou por quebra do volume de trabalho por razões exógenas, ficando contudo o registo do trabalhador para futura chamada prioritária logo que a situação se apresente. Também há um tempo após a admissão em que o trabalhador está em regime de experiência, ao mesmo tempo que decorre a formação inicial, tempo este que não ultrapassa em norma um ano, após o qual ingressa nos quadros da empresa em situação de igualdade com os seus colegas. As admissões para picos de trabalho são devidamente especificadas nos contratos e a sua renovação não pode ser feita por prazo conjugado, superior a um ano. As únicas excepções são em caso de substituição de outros trabalhadores por razões de baixa médica.
Também a protecção social, em caso de desemprego é infinitamente melhor do que a nossa, não só pela formação que é ministrada, que vai ao encontro das aptidões do indivíduo, mas também porque é dirigida ao mercado de trabalho, onde em quase 50% dos casos, a mesma é ministrada nas empresas em complementaridade com os conhecimentos teóricos.
Um mundo de diferenças, que não são abordadas por quem nos pretende convencer que a Dinamarca é o Paraíso dos despedimentos selvagens, e que nós apenas seguimos os bons exemplos. A ignorância é mãe da tolice, e os teóricos de pacotilha, nunca desceram à realidade do mercado de trabalho da Dinamarca, nem nunca se aperceberam da consciência social que prevalece naquele país.
Não estou nada contente, penso que ninguém está, mas estes são os resultados apresentados pelo Eurostat. Curiosamente a Dinamarca apresenta óptimos resultados, com um baixo desemprego e com altos níveis de produtividade, contrariando muitas opiniões que advogam maior liberalização dos despedimentos.
Neste fim-de-semana tive a oportunidade de acompanhar um casal dinamarquês de visita ao nosso país, ele director de marketing, ela gestora de recursos humanos, e ambos confirmaram a minha opinião, sobre o que me tinha ficado da visita que fiz a esse país há cerca de um ano. A experiência profissional é muito valorizada, o investimento em formação dos trabalhadores é constante (nunca inferior a 15 dias/ano), e o despedimento só ocorre por manifesta inaptidão para o desempenho das funções, ou por quebra do volume de trabalho por razões exógenas, ficando contudo o registo do trabalhador para futura chamada prioritária logo que a situação se apresente. Também há um tempo após a admissão em que o trabalhador está em regime de experiência, ao mesmo tempo que decorre a formação inicial, tempo este que não ultrapassa em norma um ano, após o qual ingressa nos quadros da empresa em situação de igualdade com os seus colegas. As admissões para picos de trabalho são devidamente especificadas nos contratos e a sua renovação não pode ser feita por prazo conjugado, superior a um ano. As únicas excepções são em caso de substituição de outros trabalhadores por razões de baixa médica.
Também a protecção social, em caso de desemprego é infinitamente melhor do que a nossa, não só pela formação que é ministrada, que vai ao encontro das aptidões do indivíduo, mas também porque é dirigida ao mercado de trabalho, onde em quase 50% dos casos, a mesma é ministrada nas empresas em complementaridade com os conhecimentos teóricos.
Um mundo de diferenças, que não são abordadas por quem nos pretende convencer que a Dinamarca é o Paraíso dos despedimentos selvagens, e que nós apenas seguimos os bons exemplos. A ignorância é mãe da tolice, e os teóricos de pacotilha, nunca desceram à realidade do mercado de trabalho da Dinamarca, nem nunca se aperceberam da consciência social que prevalece naquele país.
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Tecnologias e Serviços
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Fotografia - Ícones
Ó diabo, comigo já são três a escrever sobre o desemprego... cacete... amanhã vou trabalhar que nem um mouro, não vá o diabo tecê-las!
ResponderEliminarÓ Zé, parece que ainda não percebeste bem a coisa, a Dinamarca é que é má aluna, não tendo ainda aprendido nada com a avançada liderança do governo português. Os nossos excelsos líderes já estão muito à frente ... no desemprego e na incompetência, e não há ninguém que tenha tamanha pedalada nestas matérias.
ResponderEliminarLol
Somos os maiores, ainda que seja do que é mau. Calculo que o que a senhora diz para o telefone, sobre a PT não possa ser traduzido.
ResponderEliminarOs ícones estão uma beleza.
Bjos
Eu não estou triste, estamos a evoluir, dentro em pouco espero que cheguemos aos primeiros lugares, vamos ser os maiores.
ResponderEliminarEstou a ver que a PT continua em grande por estes lados.
infelizmente lá fora só somos noticia por essas razões....
ResponderEliminaro gaurdião não é pessimista... é realista!
Desemprego é praga. Se algum ministro desvaloriza a situação só posso chamar-lhe uns nomes feios que não reproduzo no espaço de amigos.
ResponderEliminarOs ícones estão soberbos, e a beleza pode ser admirada sem o recurso à vulgaridade que é muito comum por muitas partes.
Abraço do Zé
Os gajos prometem mundos e fundos e não cumprem e a malta vai engolindo, até um dia...
ResponderEliminarLol
isto está mau, não se bata mais no ceguinho, hoje sobre o temahá muito
ResponderEliminarsaudações amigas
Caro Guardião,
ResponderEliminarAqui está uma realidade que tem vindo a ser distorcida pelo conceito da flexissegurança. Neste país, o poder utiliza-o como forma de "lavar daí as suas mãos" no que toca aos direitos laborais. A tendência é - embora não seja explícita - no sentido de facilitar às empresas o seu trabalho de despedimentos à bruta, como tem sido prática ultimamente. Aqui, governo e empresas funcionam pela mesma bitola.
Outra das vertentes da forma como a flexissegurança é vista neste nosso país é, com muita justiça, a forma como sindicatos e trabalhadores a vêm: como uma ameaça aos direitos laborais. Ora, a meu ver, esta perspectiva é natural, na medida em que esta é, como referi anteriormente, a mensagem que o poder deixa transparecer deste mesmo conceito de flexissegurança.
A Dinamarca, pelo exemplo muito claro que transmites, embora tenha sido, se não estou em erro, dos primeiros países europeus a aplicar esta ideia, para além de não a ter alardeado como solução para todos os males, aplica-o na vertente social. A vertente da qual a antiga Europa dos direitos dos cidadãos sempre se orgulhou.
No neste nosso triste país dos pequeninos, o desemprego aumenta, o crescimento económico é inexistente e, ainda por cima, pretende-se despedir mais e mais, ainda! Belo exemplo de uma governação supostamente "socialista"...
Um abraço
É isso GUARDIÃO - infelizmente Portugal lidera muito mais nas coisas más do que nas boas...
ResponderEliminarHoje vim mesmo e vi tudo para trás...
Obrigado pela tua presença no kalinka.
Não sei se leste, continuo com o alfabeto, mas a letra F teve que ser feita por 2 x, e um segredo só para nós: não terminei com as palavras todas que encontrei na minha memória, será que fica mal fazer uma 3ª parte?
Por vezes penso que estou a cansar quem me visita e lê...
Beijokitas.
Um óptimo fim de semana prolongado.
Ah! Finalmente!
ResponderEliminarSomos dos primeiros...la-la-la-la-la-la-...
Um abraço.
Eu sou suspeito em tecer algum comentario...nunca vi Portugal bem!
ResponderEliminarSerá que o problema também será meu?