Um dos grandes motores do turismo
nacional é o turismo cultural, onde pontuam os museus, palácios e monumentos,
que têm conhecido um enorme aumento de visitantes, quer nacionais quer
estrangeiros.
A opinião dos visitantes
estrangeiros no que respeita ao nosso Património é bastante favorável, e isso,
bem como a melhoria dos números, tem satisfeito o governo e as entidades
responsáveis pelos equipamentos culturais.
Quando as coisas parecem correr
bem poucos se lembram de discutir as fragilidades do sector, e essas são
infelizmente bastantes e bem graves.
Para começar temos o estado de
conservação dos equipamentos, e aqui temos muito em que pensar, porque se em
alguns o trabalho de restauro e conservação está em curso, em muitos outros
tarda e em alguns casos nem sequer estão programadas intervenções desta
natureza.
Outra fragilidade prende-se com a
falta de formação profissional, que até é obrigatória, sendo que em alguns
serviços ela não existe há já diversos anos, especialmente para os trabalhadores
que lidam directamente com o público.
Por último, porque não pretendo
ser exaustivo, temos os problemas de segurança, que por vezes vão desde a
ausência de sinalética, ausência de formação profissional nessa matéria, falta
de equipas de intervenção, planos de emergência desactualizados (ou mesmo
inexistentes), equipamento desadequado para as emergências, etc.
É absolutamente necessário
aumentar a qualidade do serviço que se presta aos visitantes, ter pessoal à
altura das exigências devidamente motivado, e garantir a segurança dos
visitantes e dos trabalhadores. Será que estou a ser demasiado ambicioso?
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