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quarta-feira, março 13, 2019

A PRIORIDADE É A BANCA


Todos sabemos que os serviços públicos estão à beira da ruptura por falta de pessoal, e que o descontentamento e desmotivação dos funcionários se estendem a todos os sectores.

O executivo sabe-o bem, joga com a opinião pública falando em aumentos que na realidade não existem desde 2009, depois fala em descongelamentos que nem chegaram a todos, e que já deviam ter acontecido há anos, fazendo com que se julgue que o descontentamento não tem razões.

O argumento para a não satisfação das reivindicações, mais investimento, mais pessoal e salários decentes, é sempre o da falta de recursos orçamentais, mas a realidade é bem diferente.

O Novo Banco já anunciou que ia pedir 1.149 milhões de euros para cobrir perdas de 2018, depois de já ter recebido no ano passado 792 milhões, e como o tal Fundo de Resolução nunca tem dinheiro, lá se recorre ao Estado, que tem sempre umas reservas para a banca.

Quem julga que isto é muito, desengane-se, porque já foi admitido no parlamento que a totalidade do pedido de injecção no Novo Banco pode chegar aos 3.000 milhões de euros.

Cabe ao Governo determinar as suas prioridades, mas também nos cabe a nós contribuintes, usar o voto como forma de mostrar o nosso descontentamento e repúdio.



sábado, novembro 18, 2017

CULTURA E DINHEIRO



A Cultura tem uma relação muito curiosa com o dinheiro, por um lado quem tem mais dinheiro tem mais acesso à dita, por outro lado ela é sempre o parente pobre dos Orçamentos de Estado, porque é onde é menos impopular cortar verbas.

O turismo é a actividade que mais tem crescido e o que mais atrai os estrangeiros a Portugal é o seu povo, a sua Cultura e o seu Património. Creio que não passa pela cabeça de nenhum turista vir a Portugal para ir aos centros comerciais, para visitar as lojas finas (existentes em todos os países), para ver a Autoeuropa, para apreciar a nossa banca, ou para assistir aos trabalhos do nosso Parlamento.

O que o turista quer mesmo é, visitar os nossos monumentos, ver as nossas paisagens naturais, apreciar a nossa gastronomia mais genuína, ser recebido por um povo afável, e fazer tudo isso em segurança.

O país necessita de acompanhar o progresso tecnológico, é evidente, mas ao mesmo tempo tem que proteger a sua Cultura, que é o que nos distingue dos outros povos.



sábado, fevereiro 25, 2017

A PENÚRIA DA CULTURA

A Cultura tem sido o parente pobre dos Orçamentos de Estado dos últimos anos, tenham sido eles do PSD ou do PS, mas tendo chegado a um ponto tão baixo no ano passado, houve quem julgasse que agora com um governo apoiado pelas esquerdas houvesse uma inversão de tendência, pelo menos tendo em conta o que a esquerda tem vindo a dizer sobre o assunto.

As últimas notícias sobre os dinheiros disponíveis são decepcionantes, e como as unhas já foram roídas até ao sabugo, só resta mesmo cortar as carnes.

As alternativas são poucas e o silêncio do Ministério da Cultura é ensurdecedor, e mais ensurdecedor ainda é o silêncio da DGPC, onde a escassez de verbas pode levar ao encerramento de equipamentos.


É mesmo isto que querem os partidos que apoiam este governo? Também aqui o silêncio é muito estranho, ou talvez não…

Leitura recomendada AQUI


quarta-feira, fevereiro 03, 2016

CULTURA – MAIS OLHOS QUE BARRIGA



O titular da pasta da Cultura, João Soares, teve entradas de leão, e nestas coisas como em muitas outras é prematuro falar-se sem conhecer bem a casa e os meios que lhe estão atribuídos, porque isso pode ser um problema a prazo.

Um dos maiores problemas da área do Património reside na relação entre as receitas e as despesas, e as últimas são bastante elevadas e no que toca a manutenção de edifícios e outras obras de conservação, são tanto maiores quanto menores tenham sido os cuidados tidos anteriormente.

A angariação de receitas depende sobretudo das receitas de bilheteira, e o senhor ministro foi muito depressa ao pote, sugerindo que as entradas de jovens até aos 30 anos fossem grátis aos domingos e feriados, certamente sem dados objectivos sobre o impacto e justeza de tal medida.

Eu não sou um adepto da Cultura mercantilista, mas também não acho que o dinheiro caia do céu. Não admira que João Soares venha agora dizer que Portugal vive uma situação de emergência, prevendo já que o orçamento seja mesmo muito curto, o que não é novidade para quem por cá anda há muitos anos.

A fasquia está agora muito mais alta do que há meses atrás, porque existe a promessa de completar o Palácio da Ajuda, terminar a museologia do Museu dos Coches e restaurar os carrilhões do Convento de Mafra. Outra expectativa prende-se com a recusa do senhor ministro relativamente ao plano Belém/Ajuda, ficando em aberto qual será a alternativa que terá em mente, ou se pelo contrário tudo ficará na mesma.



domingo, janeiro 10, 2016

CULTURA DO MILAGRE

João Soares continua a surpreender-me, pela negativa, pois além de não ser um indivíduo simpático e conhecedor do Património, veio mostrar que não está preparado para o lugar que lhe foi entregue, Costa lá saberá porquê.

O ministro da Cultura invocou a ajuda divina para concretizar o milagre de conseguir, ao nível do poder político e económico, os recursos para reforçar a Cultura e o Património. A cunha “metida” aos representantes locais (Viseu) da igreja é risível.


Quando chegar o Orçamento de Estado para 2016 veremos que verbas serão atribuídas à Cultura, e então veremos o que é que João Soares terá a dizer perante as solicitações que os serviços lhe vão apresentar…


segunda-feira, abril 29, 2013

O DINHEIRO E O PODER POLÍTICO



Na minha humilde opinião o poder está há muito nas mãos de quem tem dinheiro, muito dinheiro. Os políticos, na sua maioria de carreira, sabendo que não se podem eternizar na política, acabam por servir o capital, que depois os recompensa com lugares no sector privado, bem remunerados onde ainda podem ser úteis devido às influências que ainda podem utilizar devido há teia de interesses que cultivaram.

Um caso recente saltou para o domínio público quando se tornou claro que a demissão de um secretário de Estado foi a consequência de ter tentado intervir contra os interesses de uma grande companhia, dominante no mercado, cujos dirigentes até comemoraram o acontecimento com champanhe.

O facto não foi desmentido, tão evidentes eram os factos.  



domingo, dezembro 02, 2012

DINHEIRO

Quem quiser ter filhos que doire primeiro
A jarra onde, inteira, caiba alguma flor!
Ai dos que têm filhos, mas não têm herdeiro!
— Dinheiro! Dinheiro!
Ó canção de Amor!

As noivas sorriem, talvez, aos vinte anos.
Os amantes sonham... Sonho passageiro!
Música de estrelas: Ética de enganos;
Ilusões, perdidas depois dos vinte anos..
E logo outras nascem: Dinheiro! Dinheiro!

Teus pais, teus irmãos e tua mulher
Cercarão teu leito de herói derradeiro
(Ai de quem, ouvindo-os, nada lhes trouxer!)
E hão-de ali pedir-te o que o mundo quer:
— Dinheiro! Dinheiro!

Deixa-lhes os versos que um dia fizeste,
Amarrado ao lodo, porém verdadeiro.
E eles te dirão: — Pássaro celeste,
Morreste? Morrendo, que bem que fizeste!

Ó canção de amor!
Dinheiro! Dinheiro!

Pedro Homem de Mello


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Beleza

segunda-feira, julho 23, 2012

OS RICOS E O SEU DINHEIRO

Há por aí tipos que são podres de ricos e que têm a massaroca guardada em paraísos fiscais fugindo assim ao pagamento de impostos nos seus países. 

As economias do mundo ocidental estão a atravessar uma crise, maior nuns lados e menor noutros, mas muito fulaninho que ganhou pipas de dinheiro no seu país apressou-se a colocar o dinheirinho a bom recato, continuando com os seus negócios mas recorrendo a empréstimos para os tocar para a frente. 

É gentinha deste calibre, e os assalariados que os ajudam nestes esquemas, que costumam vir dizer que os estados se endividam demasiado e que os cidadãos vivem acimadas suas possibilidades.

Leitura remendada AQUI

sábado, março 10, 2012

O DINHEIRO

O dinheiro é tão bonito,
Tão bonito, o maganão!
Tem tanta graça, o maldito,
Tem tanto chiste, o ladrão!
O falar, fala de um modo...
Todo ele, aquele todo...
E elas acham-no tão guapo!
Velhinha ou moça que veja,
Por mais esquiva que seja,
Tlim!
Papo.

E a cegueira da justiça
Como ele a tira num ai!
Sem lhe tocar com a pinça;
E só dizer-lhe: «Aí vai...»
Operação melindrosa,
Que não é lá qualquer coisa;
Catarata, tome conta!
Pois não faz mais do que isto,
Diz-me um juiz que o tem visto:
Tlim!
Pronta.

Nessas espécies de exames
Que a gente faz em rapaz,
São milagres aos enxames
O que aquele demo faz!
Sem saber nem patavina
De gramática latina,
Quer-se um rapaz dali fora?
Vai ele com tais falinhas,
Tais gaifonas, tais coisinhas...
Tlim!
Ora...

Aquela fisionomia
É lábia que o demo tem!
Mas numa secretaria
Aí é que é vê-lo bem!
Quando ele de grande gala,
Entra o ministro na sala,
Aproveita a ocasião:
«Conhece este amigo antigo?»
— Oh, meu tão antigo amigo!
(Tlim!)
Pois não!

João de Deus, in 'Campo de Flores'