Diz-se que uma mentira repetida muitas vezes acaba por se transformar em “verdade”, mas isso acontece apenas quando as pessoas estão dispostas a acreditar em qualquer coisa.
Durante vários anos e pela boca de muitas pessoas, disse-se que o Estado em Portugal era um monstro e que acabaria por dar cabo do país. Alguns governantes falaram das “gorduras” do Estado, e afirmaram que o iriam “emagrecer”.
A verdade porém é só uma, e muito do que diz é uma mistificação. Comecemos por Cavaco Silva, o tal que chegou a falar do “monstro”, e temos que foi durante os seus governos que o Estado mais “engordou”, mas também podemos falar de José Sócrates, e do nascimento de fundações a cada doze dias.
O Estado, com muito mais funções do que hoje tem, antes de Cavaco Silva, não era tão “gordo” nem consumia os quase 50% do PIB. Mas também não são os tais 50% do PIB que se podem gastar com o funcionamento do Estado, que importam muito, porque os países mais avançados da Europa e com os melhores sistemas de segurança social até gastam mais, só que gastam melhor.
O que “engorda” o Estado é o modo como se gastam os dinheiros, como se criam estruturas apenas para colocar clientelas políticas, e como se criam outras para fintar a fiscalização prévia do Tribunal de Contas, e as regras dos concursos públicos e admissões.
Porque é que PS e PSD não estão interessados em acabar com as fundações sem qualquer interesse, os institutos públicos que sejam desnecessários e as empresas públicas e municipais que apenas serviram para substituir serviços que antes eram da responsabilidade dos ministérios e de câmaras municipais? Acabavam-se milhares de lugares de administradores, e outras chefias hoje ocupados por pessoal de confiança dos partidos que passaram pelo governo!
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