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domingo, setembro 26, 2021

AS ELEIÇÕES E O VOTO

No caminho para a Assembleia de voto passei por uma feira e enquanto dava uma vista de olhos às diversas bancas, eis que uma conversa me chamou a atenção; dizia um dos senhores que sempre tinha votado, mesmo na ditadura, e o outro acrescentou, pois claro, até nas ditaduras se pode votar...
 
Na realidade durante a ditadura simularam-se algumas eleições, mas talvez seja melhor ver em que condições se podia (e era obrigatório) votar, e o respeito pela verdade das eleições...



 

sexta-feira, setembro 17, 2021

RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL UMA OVA

A propósito da pandemia o governo está a tentar passar a mensagem de que vem aí “a libertação”, curiosamente à beira de eleições, e quando colocado perante os cenários possíveis para o futuro próximo, pretende atirar para a frente “a responsabilidade individual”, como se ele (governo) não tivesse que tomar as rédeas da situação pois é o único que tem os dados necessários para poder prever e evitar situações como a do Natal e Ano Novo passados.

É muito simpático vir anunciar “o sucesso” e ”a libertação”, e atirar as responsabilidades para a esfera individual, mas não é honesto.

O controlo das fronteiras, aéreas, marítimas e terrestres pode evitar a propagação de novas estirpes do vírus, e isso é uma responsabilidade do governo. Saber qual a protecção real das vacinas ao longo do tempo e em cada grupo populacional só pode ser feito pelas autoridades sanitárias e não pelos cidadãos. Reunir dados epidemiológicos em tempo real também não está nas mãos dos cidadãos.

O Outono e o Inverno estão a chegar, bem como a gripe, e vir falar de “libertação” é insensato meus senhores.

Cautelas e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém.  


 

domingo, janeiro 24, 2021

A DIREITA QUE SE CUIDE

Quando saíram as primeiras projecções de resultados das eleições presidenciais recebi umas mensagens de amigos de diversos quadrantes políticos, e todos tinham a sua interpretação das projecções, e todos tinham a opinião de que ganhou quem se esperava e que depois havia o campeonato dos outros, onde cada um lutava pela sua sobrevivência.

Não se pode discutir a victória de Marcelo Rebelo de Sousa, que era esperada, mas os resultados das sondagens dão quase como certos os lugares, em segundo Ana Gomes, em terceiro André Ventura, em quarto Marisa Matias, em quinto João Ferreira, em sexto Tiago Mayan, e em sétimo Vitorino Silva.

Admito todas as opiniões, e os meus amigos têm diversas, mas permito-me divulgar as minhas sem medo do julgamento dos que discordam agora de mim.

Na minha análise a direita ficou refém de André Ventura e será quem mais terá a perder a médio prazo, porque o PSD não teve candidato seu (Marcelo concorreu sem pedir o apoio do PSD), o CDS desapareceu nos rankings porque o candidato do Chega obteve uma percentagem superior à do CDS, e a extrema-direita afirma-se como indispensável para qualquer governo ou maioria de direita.

A esquerda, apesar dos seus números pouco inspiradores, marcou a sua posição (à excepção do PS), e transformou esses resultados na única esperança do PS para poder governar à esquerda.

Os campos políticos ficam definidos e creio que a direita fica com a fava, porque só alcançará o poder com acordos à extrema-direita de André Ventura.  


 

domingo, maio 26, 2019

A MINHA REFLEXÃO


Hoje os portugueses votaram para as europeias e as projecções indicam que o papão da extrema-direita não se confirmou nesta votação, como muitos temiam.

O que acontece em Portugal não é exactamente o mesmo que se passa no resto da Europa, e o que foram os resultados nas europeias não se podem projectar para as legislativas nacionais.

Os foguetes que se lançam agora podem rebentar nas mãos de quem hoje fica por cima e depois pode ficar a perder.

Quando os eleitores votarem tendo em conta o dinheiro que têm nos seus bolsos, os que agora cantam victória, se calhar não recolhem tantos votos, e os populistas que cavalgam o descontentamento, recolhem votos dum povo descontente e pouco informado.



segunda-feira, janeiro 04, 2016

ELEIÇÕES



Estamos em plena campanha para a Presidência da República, e candidatos é o que não falta, nem debates e entrevistas.


Temos candidatos patuscos, candidatos desconhecidos, candidatos com apoios partidários e candidatos que se dizem apartidários. Há quem diga que temos um único candidato e que os restantes estão lá só para fazer número.


Nesta eleição há duas coisas que me irritam: a comunicação social que sem o admitir, toma partido por um candidato, e os candidatos que se dizem independentes e apartidários, que verdadeiramente não o são.


A pantominice vai muito mais longe e até há o candidato da lancheira, porque a vida não está para gastos desnecessários, diz ele. Só posso esperar que o povo não vá em cantigas e vote em quem defende quem não se esconde atrás de mentiras e hipocrisia.



segunda-feira, dezembro 14, 2015

MARCELO, O AFILHADO



Do alto dos meus muitos aninhos, permito-me recordar o Botas, o tal que caiu da cadeira, e o seu sucessor, de seu nome Marcelo Caetano. O facto de ter nascido e atingido a maior idade em Moçambique, na altura uma província ultramarina portuguesa, fez que também tivesse acompanhado parte da carreira do pai de Marcelo Rebelo de Sousa, de seu nome Baltasar Rebelo de Sousa.

Se o passado do candidato à Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa, está ligado a um passado bem negro da vida portuguesa, e se mesmo os laços de parentesco e de amizades, são uma referência pouco abonatória, há que reconhecer que o candidato é um homem inteligente e de raciocínio rápido.

Há um pecado em que já caíram muitos indivíduos inteligentes, que é a vaidade, e Marcelo apesar de toda a sua reconhecida inteligência e experiência, acabou por tropeçar na sua própria vaidade.

As declarações como “daqui a semanas sou Presidente da República” a várias semanas das eleições, não demonstram modéstia nenhuma. É certo que o jornais lhe plantam o nome na 1ª página, as rádios o apaparicam e as televisões o tratam com demasiada deferência, o que não admira sabendo-se quem são os “donos” da nossa imprensa, mas como se costuma dizer, até ao lavar dos cestos é vindima.

Marcelo é o candidato que o grande patronato deseja, que o grande capital apoia, que o PSD e o CDS desejam e que a imprensa publicita, mas a última palavra será sempre dos eleitores, que ainda se recordam da acção de Cavaco Silva, que levou ao colo o governo de Passos Coelho, e certamente não vão querer repetir a dose, ainda que mais açucarada e palavrosa.


Vanitas vanitatum omnia vanitas