sexta-feira, novembro 28, 2008

CIDADÃOS INSATISFEITOS

O INE “descobriu” que os portugueses são dos europeus menos satisfeitos com a vida. Não sei se era realmente necessário perder-se tanto tempo e recursos para chegar a esta conclusão, e utilizar definições tão rebuscadas e avaliações de parâmetros tão subjectivos, mas os estudiosos lá saberão.

A felicidade e satisfação com a vida dependem naturalmente do ambiente social e económico que os cidadãos têm. Se exceptuarmos o ministro das Finanças, que teimosamente recusa “decretar recessão”, a generalidade dos cidadãos já a sente nos ossos há bastante tempo.

O indicador mais preocupante é sem dúvida o de confiança dos consumidores, que é o mais baixo desde que existem dados comparativos, isto é desde 1986. A explicação lógica, e que aliás consta do estudo “… quanto maior o nível de desenvolvimento avaliado pelo índice de desenvolvimento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) de 2007, maior o bem-estar subjectivo, psicológico e social».

Ora como os nossos políticos não conseguiram elevar-nos a um patamar de desenvolvimento aceitável, como nos prometeram repetidas vezes, o nosso grau de insatisfação é muito elevado, e isso deve-se não só à incapacidade dos políticos, como aos modelos de desenvolvimento que delinearam e falharam rotundamente. Dá que pensar…



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Pinturas
windows - Lisbon by *ednaschonblum

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Humor sem Palavras

quarta-feira, novembro 26, 2008

MÉRITO?

Quando me reformei, procurei esquecer algumas afrontas que me fizeram enquanto estava no activo, muitas delas decorrentes da avaliação que alguns dos meus superiores faziam do meu trabalho. Sempre considerei que haviam pessoas que não tinham capacidade nem conhecimentos para avaliar o trabalho de outrem, ou porque não estavam minimamente capacitados para o fazer ou porque apesar de à partida terem essas capacidades, nunca executaram tarefas nas áreas para que obtiveram formação.

Nunca terei sido um sobre dotado, mas sempre fui muito profissional nos lugares que ocupei, e podem crer que foram muitos. Depois da minha saída fui por diversas vezes contactado, por pessoas que me avaliaram no passado, no sentido de efectuar trabalhos para organismos onde trabalhei, o que sempre recusei por motivos muito pessoais e de que me orgulho.

Trabalho hoje por conta própria, sou reconhecido dentro do meio, e vejo com alguma tristeza que os mesmos que se arrogavam de autoridade para me classificar sem para isso terem um mínimo de competências, continuam em lugares de alta chefia e de confiança política, desperdiçando dinheiros do erário público, recorrendo a serviços externos para efectuarem trabalhos que durante décadas foram feitos internamente, a custos muito mais baixos.

Quando me perguntam se concordo com avaliações e se não acho que o mérito deve ser reconhecido e compensado, respondo invariavelmente com a questão: “com a classe dirigente que temos?”.



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Fotografias
Chrysanthemum by *ameliasantos

Memories Of Fall 2008 21 by *PridesCrossing

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Humor de Mordillo


terça-feira, novembro 25, 2008

CONFUSÕES

Confesso que por vezes me sinto confuso neste mundo com excesso de informação e desinformação, que mais do que esclarecer as coisas, as torna cada vez mais difíceis de entender.

Ouvi ontem à noite umas explicações de Vítor Constâncio sobre a polémica em redor do escândalo BPN, e fiquei espantado com a veemência com que rejeitou toda e qualquer culpa do regulador na matéria em apreço. Tratava-se de operações que não constavam em lado nenhum das contas a auditar, logo não eram passíveis de ser detectadas pelo Banco de Portugal.

Confuso com a missão que deveria caber a um banco central, passei de imediato à leitura do National Geographic, e sob o título de “Screamimg Mummy” dei conta de que uma múmia descoberta em 1886 com o pânico espelhado na expressão facial, poderia ser o príncipe Pentewere, suspeito de conspirar para o assassinato do seu pai, o faraó Ramsés III.

Não sei se terá sido o fácies tenso do senhor governador do Banco de Portugal, se terá sido o cansaço que já me assalta a esta hora da noite, mas a associação pareceu-me improvável, e se a registo aqui, é apenas porque amanhã vou tentar perceber se está tudo bem comigo.



"Screaming Mummy" Is Murderous Son of Ramses III? Leia AQUI

Photograph by Alex Turner/Atlantic Productions

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Fotos de Outono
Папоротник

Красное и белое

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Humor à Russa

domingo, novembro 23, 2008

DOMINGO, POESIA ERÓTICA

E eu que era um menino puro
Não fui perder minha infância
No mangue daquela carne!

Dizia que era morena

Sabendo que era mulata

Dizia que era donzela

Nem isso não era ela

Era uma môça que dava.

Deixava... mesmo no mar

Onde se fazia em água

Onde de um peixe que era

Em mil se multiplicava

Onde suas mãos de alga

Sôbre o meu corpo boiavam

Trazendo à tona águas-vivas

Onde antes não tinha nada.

Quanto meus olhos não viram

No céu da areia da praia

Duas estrêlas escuras

Brilhando entre aquelas duas

Nebulosas desmanchadas

E não beberam meus beijos

Aqueles olhos noturnos

Luzindo de luz parada

Na imensa noite da ilha!

Era minha namorada

Primeiro nome de amada

Primeiro chamar de filha

Grande filha de uma vaca!

Como não me seduzia

Como não em alucinava

Como
deixava, fingindo

Fingindo que não deixava!

Aquela noite entre tôdas

Que cica os cajus travavam!

Como era quieto o sossêgo

Cheirando a jasmim-do-Cabo!

Lembro que nem se mexia

O luar esverdeado.

Lembro dos seus anos vinte

Junto aos meus quinze deitados

Sob a luz verde da lua.

Ergueu a saia de um gesto

Por sôbre a perna dobrada

Mordendo a carne da mão

Me olhando sem dizer nada

Enquanto jazente eu via

Como uma anêmona n'água

A coisa que se movia

Ao vento que a farfalhava.

Toquei-lhe a dura pevide

Entre o pêlo que a guardava

Beijando-lhe a coxa fria

Com gôsto de cana-brava.

Senti, à pressão do dedo

Desfazer-se desmanchada

Como um dedal de segrêdo

A pequenina castanha

Gulosa de ser tocada.

Era uma dança morena

Era uma dança mulata

Era o cheiro de amarugem

Era a lua côr de prata

Mas foi só aquela noite!

Passava dando risada

Carregando os peitos loucos

Quem sabe pra quem, quem sabe!

Mas como me perseguia

A negra visão escrava

Daquele feixe de águas

Que sabia ela guardava

No fundo das coxas frias!

Mas como me desbragava

Na areia mole e macia!

A areia me recebia

E eu baixinho me entregava

Com mêdo que Deus ouvisse

Os gemidos que não dava!

Os gemidos que não dava

Por amor do que ela dava

Aos outros de mais idade

Que a carregaram da ilha

Para as ruas da cidade.

Meu grande sonho da infância

Angústia da mocidade
Vinícius de Moraes

sexta-feira, novembro 21, 2008

EM CIMA DAS NOTÍCIAS

Devo confessar que o exercício de ler notícias é por vezes muito complexo e deixa-me, não poucas vezes, de boca aberta perante o que leio. Por costume, tenho por hábito cruzar informações lendo notícias em vários órgãos de comunicação social, mas temos todos de reconhecer que o país é pequeno e que as fontes informativas são praticamente as mesmas, seja qual for o meio de comunicação social que as divulga.

Deixo-vos hoje duas notícias que me mereceram alguma atenção e que me deixaram muitas interrogações.



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PSP: Manifestação teve uma adesão de 20 a 25 mil pessoas


A manifestação da Função Pública que se realizou hoje em Lisboa contou com a participação de 20 a 25 mil trabalhadores de acordo com o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP que anteriormente tinha falado «em três a quatro mil».

O oficial de dia do Comando Metropolitano de Lisboa disse à Lusa terem estado na manifestação cerca de 20 a 25 mil pessoas, contrariando assim a informação dada horas antes pelo gabinete de relações públicas do mesmo comando.

De acordo com a Frente Comum, estiveram na manifestação pelo aumento salarial de cinco por cento para 2009 cerca de 50 mil pessoas.



Ex-administrador do BPN ouvido no tribunal

O ex-administrador do BPN, José Oliveira e Costa, continua a ser ouvido esta sexta-feira no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), por suspeitas de burla, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada.

À saída para almoço, o seu advogado, Leonel Gaspar, assegurou que Oliveira e Costa 'podia recusar-se a falar, mas manifestou o desejo de esclarecer todas as dúvidas. Tendo respondido a todas as perguntas e está a ser esclarecedor'.

De manhã, à chegada ao tribunal da Boa-Hora, Leonel Gaspar tinha dito que o ex-administrador do BPN “está a colaborar com a Justiça e continuará a colaborar”. Oliveira e Costa foi constituído arguido, mas ainda não tem atribuída qualquer medida de coacção.

Oliveira e Costa foi detido ontem e esteve a ser ouvido no TCIC entre as 20h55 e as 00h30, altura em que saiu da Boa Hora num carro da polícia.






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Humor Teatral

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Fotografia - Natureza Morta
Alinhar ao centrolenx

quarta-feira, novembro 19, 2008

AVALIAÇÕES SOBRE A MESA

Sobre a polémica instalada na Educação e no resto da Função Pública, a propósito das avaliações, li e ouvi muitos que defendiam que elas fossem feitas como o Governo decidiu, mas também constatei que entre os directamente visados se coloca um problema de enorme grandeza, que se prende com os critérios, os meios e a imparcialidade ou competência dos avaliadores.

Ficou bem patente que o Governo defende com unhas e dentes o seu modelo de avaliação, contra a vontade dos seus funcionários, com o objectivo evidente de evitar ao máximo os gastos decorrentes das progressões nas carreiras. O mérito, esse é racionado e fica para os de sempre, os amigos do círculo mais próximo, sempre possível de justificar pelas limitações impostas pelo próprio processo.

Afirmando até à exaustão que o que os funcionários públicos querem é subir automaticamente nas carreiras, como se não houvessem concursos e outros processos de avaliação mais consensuais, tentaram virar a opinião pública contra os funcionários, sem se preocuparem sequer com os prejuízos decorrentes do mau estar e desmotivação que causaram.

Mas a avaliação pode ser um pau de dois bicos, e até os acérrimos defensores de uma qualquer avaliação, podem de repente, vir a tornar-se os seus maiores críticos. Veja-se por exemplo o caso de Teixeira dos Santos, que foi classificado como o pior ministro das Finanças da Europa, pelo jornal Finantial Times. Será que ele concorda com essa avaliação? Afinal o FT é uma entidade independente.

Mas nem só o ministro Teixeira dos Santos foi alvo de avaliação, o restante executivo, também foi avaliado num relatório da Comissão Europeia, sobre a evolução do emprego. Portugal teve o menor, ou um dos menores (sou benevolente) ritmos na criação de emprego, na última década. Lembramo-nos todos da promessa de criação de 150.000 novos empregos.

Como é que o nosso executivo encara estas duas avaliações, que o colocam na cauda da Europa? Estou certo que desejavam rebater a avaliação e os critérios utilizados. Quererá isso dizer que são contra a avaliação? Meditem um pouco antes de responderem, porque isto de avaliações tem muito que se lhe diga…



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Fotografias - Silhuetas
Nude Indian Ocean

Golden

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Caricaturas - Ronaldinho
Hamed Hafezieh

Mehdi Ali beigi
676

terça-feira, novembro 18, 2008

MALANDROS

Andou o nosso 1º a cumprir a sua missão de caixeiro-viajante lá para as bandas de Ponte de Lima, distribuindo o brinquedo da moda, de seu nome Magalhães, e logo apareceram uns malvados jornalistas a estragar-lhe a festa.

Eu não estava lá, na passada quarta-feira, mas parece que na sua acção de promoção do famigerado computador (pouco) luso, o dito 1º distribuiu os brinquedos numa cerimónia a que assistiram alguns jornalistas devidamente avisados, e depois foi à sua outra actividade, a política.

Pelos vistos, e segundo o semanário Sol, os computadores tiveram de ser devolvidos pelos petizes, porque segundo o conselho executivo das Escola do Freixo, havia questões administrativas a tratar.

Bolas! Mais uma vez uns ficam com a impressão de que a cerimónia era apenas para a fotografia, outros ficam confusos com tanta burocracia existente numa escola, que até depois duma entrega oficial feita pelo nosso 1º, insistem nas aberrantes formalidades administrativas, que fazem corar de vergonha quem acreditou no SIMPLEX.

Sinceramente, eu acho que a MFL tinha razão quando disse que não podiam ser os jornais e os jornalistas a escolherem as notícias. Então não é que agora todos fazem piadas sobre este “simulacro” de entrega de computadores? Não se faz uma maldade destas, caramba…





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Graffiti
Explode the Acid by fullmetalunleashed

Fullmetalunleashed by fullmetalunleashed

segunda-feira, novembro 17, 2008

PRECARIEDADE NA CULTURA

Falar do Ministério da Cultura e não falar da precariedade é como ir a Roma e não ver o Papa.

Alguns devem ter tido conhecimento deste problema devido às sucessivas greves por altura da Páscoa, que eram também motivadas pela falta de pessoal de vigilância dos museus, palácios e monumentos, que foram sendo colmatadas por vagas de pessoal contratado a prazo, em quase todas as modalidades conhecidas, mas que tinham iatos que punham em causa a segurança dos serviços.

Tive conhecimento destes casos dos vigilantes, mas também conheço casos que transitaram do antigo Instituto Português de Arqueologia e agora continuam no IGESPAR, com outros profissionais de outras carreiras. É uma vergonha que organismos do Estado estejam a praticar actos desta natureza, porque estamos a falar de necessidades permanentes dos serviços, e não de necessidades sazonais, que poderiam justificar alguma tolerância.

Destas situações o senhor ministro da Cultura não fala, porque os quadros de pessoal ainda não existem depois da reestruturação que teve lugar no mandato da sua antecessora, e ainda continuam a marcar passo.

Um sítio com interesse FERVE



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Fotografias - Insectos
юсн

moskaev

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Humor Nacional
Ovação à ministra por Rodrigo

Novo código do trabalho precário por Rodrigo

sábado, novembro 15, 2008

CULTURA SEM CREDIBILIDADE

Hoje fui surpreendido com um artigo do Expresso em que Pinto Ribeiro, ministro da Cultura do Governo de José Sócrates, diz textualmente “não estou satisfeito com o orçamento”, e em seguida dispara acusações sobre os seus antecessores, acusando-os de má gestão.

Este artigo foi tema de conversa num almoço na Batalha, onde estava reunido o meu grupo de tertúlia, que aproveitou em peso para me confrontar com esta declarações do ministro, julgando eles que a minha opinião sobre este senhor, pudesse ser alterada à luz destas declarações.

Para surpresa dos meus amigos, apenas consegui concordar com o título da 1ª página, “o meu ministério não tem credibilidade”, e em tudo o resto sou muito crítico em relação a Pinto Ribeiro.

Este Ministério da Cultura, com José António Pinto Ribeiro à frente, perdeu a pouca credibilidade que eventualmente teria até à sua posse. Os lamentos de que não está satisfeito com o orçamento que lhe foi atribuído para 2009, não colhem qualquer simpatia, porque todos se recordam das suas primeiras declarações após a tomada de posse, dizendo que queria fazer mais com menos dinheiro. Foi imprudente, e deu um monumental tiro no pé, demonstrando desconhecer em absoluto a situação do ministério, e revelando a sua total inexperiência política.

À imprudência, e à inexperiência política, junte-se ainda um erro imperdoável, que é comum em muitos políticos cá do burgo, o de atirar a culpa para os seus antecessores, como se a aceitação do cargo não tivesse implícito o conhecimento detalhado das tarefas que aceitam ao anuírem a uma nomeação desta natureza.

Neste momento as queixas do senhor ministro da Cultura não fazem qualquer sentido, já que voluntariamente faz parte de um executivo que é (?) solidário com o seu chefe, e talvez fosse mais conveniente vir a terreiro elucidar os cidadãos sobre os seu projectos para a Cultura, em 2009. O senhor ministro sabe, ou pelo menos devia saber, que os funcionários dos museus, palácios e monumentos têm sérias apreensões, sendo que a maior se prende com a possibilidade da privatização de alguns serviços, e sobre isso o senhor ministro disse: NADA!

Qual vai ser o destino do futuro Museu dos Coches, da Torre de Belém, do Palácio Nacional de Mafra, do Palácio Nacional de Queluz, do Palácio Nacional de Sintra, do Mosteiro da Batalha, do Convento de Cristo, do Mosteiro de Alcobaça, para mencionar apenas alguns? Porque não nos fala das contrapartidas relativas à gestão do Palácio Nacional da Pena, entregue aos Parques de Sintra? Talvez tivesse sido interessante ter abordado estes assuntos em vez de ter dado esta entrevista muito pouco esclarecedora, e certamente ganharia alguma credibilidade, o que não conseguiu com este tipo de discurso.




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Fotografias - Cultura
To Old Fes by Magdyas

Jizou in Red and Black by tensai-riot

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Humor
Mahmood Nazari

Mahmood Nazari

sexta-feira, novembro 14, 2008

UMA SEMANA AGITADA

Depois da recepção “calorosa” a Maria de Lurdes Rodrigues, em Fafe, que incluiu o arremesso de ovos e levou à identificação de alguns alunos presentes na imediação do local, agora foram os Secretários de Estado que tiveram direito ao mesmo tratamento, em Lisboa.

Depois da manifestação de 120 mil professores na capital, e das declarações algo incongruentes da senhora ministra e do apoio de José Sócrates, parece que o ambiente na Educação se deteriorou muito.

Mas na Saúde também não estamos em melhor situação. Veio agora a público um relatório da organização Health Consumer Powerhouse, que coloca Portugal no 26º lugar de 31 países europeus no que toca a classificação de sistemas de cuidados de saúde. Note-se que em 2006 Portugal surgia na 16ª posição, e que em 2007 caiu para a 19ª, o que dá uma ideia do (mau) trabalho que este executivo tem feito no sector.

Como sinal dos tempos, até ouvimos o presidente da CIP aconselhar o Governo a apostar no investimento social e na mão-de-obra portuguesa, ao mesmo tempo que criticava o plano de investimentos públicos. Isto foi a propósito do previsível aumento do desemprego, que segundo Francisco Van Zeller vai disparar em 2009.

Quando os próprios patrões, os tais que criticaram o aumento do ordenado mínimo para 450 euros, começam a ficar preocupados com os problemas sociais, a Educação se começa a tornar uma enorme confusão que a ninguém aproveita, e quando a Saúde, apesar do buraco acumulado de 330 milhões de euros, perde muita qualidade, o que pensar deste país?

Eu penso que tivemos muito azar com aqueles que decidiram seguir uma carreira política e chegaram ao poder, porque afinal não mostram qualidades nem competência para a tarefa, atendendo aos resultados obtidos.



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Brincar com a Fotografia
Man Hole by Ray Mac

Budget Cutbacks by tiddlycove

The WaterFall Cruise by Robiert

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Caricaturas de Mestre
Bill Murray by Moyse

B.B. King by Moyse

quarta-feira, novembro 12, 2008

UMA MULHER DE AFECTOS

Hoje não estou particularmente inspirado e como o assunto que mais vi comentado e ilustrado pela blogosfera foi o grande afecto que professores e alunos nutrem pela Dona Lurdes, aqui vos deixo algumas imagens alusivas ao tema.


In Anterozóide

segunda-feira, novembro 10, 2008

EPICURO

Veio recentemente numa revista um artigo interessante baseado na teoria defendida por Irvin Yalom, um psiquiatra americano que vai lançar em Portugal um livro intitulado “De Olhos Fixos no Sol”. Este psiquiatra não é um desconhecido para alguns, e já tem alguns títulos traduzidos em português como “Quando Nietzsche Chorou” que é interessante.

O que mais atraiu a minha atenção para o artigo, foi evidentemente o título “A morte faz-nos tão bem”. Talvez seja um cabeçalho algo estranho em Portugal, e para portugueses, mas estará de acordo com o pensamento do escritor.

Este autor afasta-se claramente das teorias de Freud, e curiosamente volta muito atrás, bebendo de algum modo um pouco do Epicurismo. Enquanto Freud justificava muitas psicopatologias como resultado da repressão sexual dos indivíduos, Epicuro dizia que o homem para ser feliz necessitava de três coisas: Liberdade, Amizade e Tempo para meditar.

Recordo que o Epicurismo na opinião da Igreja foi considerado uma heresia, pois considerando todas as coisas materiais, negava a existência da alma e da vida após a morte. Não será exactamente assim, já que Epicuro recomendava gozar os bens materiais e espirituais com ponderação e medida, de forma a se perceber o que neles há de melhor.

Talvez poucos associem esta filosofia ou corrente de pensamento (epicurismo) ao que é “sugerido implicitamente” por alguns psiquiatras a doentes terminais, mas é muito comum tentar-se uma abordagem deste tipo, aconselhando a olhar a morte de frente de modo a recentrar a vida num plano mais rico.

Uma das frases destacadas no texto da revista, e atribuída a Irvin Yalom, é bastante sugestiva, ”Olhar de frente a nossa própria morte é transformador e dissipa o medo. Embora a morte física nos destrua, a ideia de morte salva-nos.”



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Fotografias Floridas
Am I This, You Like? by tienes

Flowers and rocks by marialivia16

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Humor Internacional
Stephane Peray

Patrick Chappatte

Paul Zanetti

sábado, novembro 08, 2008

CURTINHAS

Felgueiras – Mais um processo “cabeludo” da nossa justiça que chega ao fim, mas em que a culpa morre solteira. Ficou provado que houve financiamento da campanha do PS através de pagamentos feitos pela RESIM, mas não se provou que foi Fátima Felgueiras quem pediu que a empresa desse dinheiro ao partido. Diz a autarca que não houve corrupção, nem participação económica em negócios. Exemplar, meus caros, exemplar!

Magalhães – Depois de se ter começado a falar de problemas fiscais com a empresa que monta o Magalhães, veio a lume que o Estado não tinha qualquer contrato com a empresa JP Sá Couto, e que os computadores para as criancinhas seriam pagos pelas operadoras que distribuíam os ditos. Afinal parece que não é bem assim. Não vou falar sobre a promoção feita por José Sócrates na América do Sul, do Magalhães, porque me pareceu de mau gosto, mas segundo Mário Lino disse à Visão, “se o dinheiro dos operadores for insuficiente o Estado terá de colmatar a parte que falta”. Eu ía jurar que não foi isto que eu ouvi há apenas alguns dias, mas com Mário Lino nunca se sabe!

Bancos com problemas – Teixeira dos Santos veio admitir que ocultou os problemas existentes no BPN, quando afirmou taxativamente há algumas semanas que não existia nenhum banco nacional com problemas. Fica-lhe bem. O que sinceramente não lhe fica bem, é atacar agora quem lhe volta a fazer a mesma pergunta, classificando-a de “irresponsável”. Senhor ministro, quem não quer ser lobo não lhe veste a pele, diz o povo.

Madeira – A Madeira é um óptimo destino de férias, tem belezas naturais únicas e uma boa indústria hoteleira, isso penso que é consensual. O que também começa a ser mais ou menos consensual, é que os políticos desta Região Autónoma são dados ao exagero e a algum descontrolo no exercício das suas funções. Os políticos, enquanto representantes do povo, devem saber comportar-se dignamente e têm a obrigação de ser respeitadores das leis, porque é para isso que são pagos com os dinheiros dos contribuintes. Nós só pedimos que se respeitem e nos respeitem, relembrando a esses senhores democraticamente eleitos, que ocupam lugares para os quais se candidataram por vontade própria, sabendo bem que estão lá para servir quem os elegeu.



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Fotografias
hakuei.zm

Шахматные игры

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Humor ao Sábado