No tempo de Cavaco Silva
falava-se do Portugal de sucesso e dos empresários de sucesso, e viu-se o
resultado disso quando os dinheiros de Bruxelas começaram a minguar. Nos novos
tempos dos governos de António Costa temos uma nova era sem recessão e sem
aperto do cinto, mas os rendimentos da maioria dos portugueses não recuperou
ainda dos anos maus de 2008 a 2014.
Hoje temos um país envelhecido,
com poucos estudos, com uma taxa de natalidade que nos coloca na cauda Europa,
e ao mesmo tempo com uma disparidade de rendimentos entre os mais ricos e os
mais pobres que coloca o país no fundo da tabela da Justiça Social.
Gastamos mais do rendimento das
famílias em cuidados de saúde do que a maioria dos países europeus, em
contraste com os baixos salários auferidos, e temos uma taxa negativa no que se
refere a óbitos e nascimentos, o que diz muito sobre a falta de optimismo dos
jovens quanto ao seu futuro.
Conheço bem o argumento da fraca
produtividade, mas será que ainda há quem desconheça qual é a causa da baixa
produtividade dos portugueses em Portugal? Porque será que noutras partes do
mundo os trabalhadores portugueses são apreciados exactamente pela sua
produtividade?
Uma classe de patrões
gananciosos, de altas chefias que acham que todos os méritos são deles, de
governantes que anseiam por altos cargos nas maiores empresas com salários
pornográficos, deitam de rastos a economia de Portugal, mas há quem não queira
ver, quem finja que não percebe, e os que andam alegremente enganados…
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