sábado, junho 05, 2021

PATRIMÓNIO NA PENÚRIA

Portugal parece que tem uma ministra da Cultura, pelo menos é o que dizem, e tem também uma Direcção Geral do Património Cultural (DGPC), e ambos ocupam boa parte do Palácio da Ajuda, mas os museus, monumentos e palácios que deles dependem estão na absoluta penúria.

Há poucos dias saiu uma notícia sobre salas fechadas no Museu de Arte Antiga (MNAA), e a razão aduzida foi a da falta de pessoal de vigilância. Não foram poucos os que disseram que podia ser por causa das férias, e até que faziam pouca falta podendo ser substituídos pela vigilância electrónica.

Quem conhece bem o funcionamento destes serviços sabe bem que os problemas são outros, e que a sua resolução é da responsabilidade da tutela. Problemas como a falta de meios humanos, meios materiais, e de condições de trabalho não podem ser resolvidos nos serviços.

A situação de penúria não se esgota em salas encerradas, pois também há problemas como a falta de ar condicionado, problemas com elevadores, instalações eléctricas deficientes e perigosas, problemas informáticos, avarias de casas de banho, falta de lâmpadas, e até falta de energia eléctrica.

A senhora ministra não tem peso político, e talvez vontade, para dar recursos para resolver os problemas, e a DGPC é um monstro inoperante (falavam do antigo IPPC), que consome muitos recursos e sendo centralizador, não tem também a agilidade para actuar atempadamente.

Há quem esteja iludido com o dinheiro da raspadinha do Património, mas é uma ilusão, porque sem mudanças radicais não se dará dignidade ao nosso Património.


 

1 comentário:

  1. Lamento tanto que assim seha... e que a Cultura portuguesa esteja tão mal.


    Tudo de bom

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