Um dos títulos de imprensa que
surgiu neste fim-de-semana foi este: há quase 17 mil empregos vagos, a maioria
de baixa qualidade.
Não é surpresa nenhuma para quem
está atento a estas coisas, que bem podia acrescentar que mesmo para esses
empregos, cujos salários se situam entre os 485 e os 600 euros, se pedem muitas
vezes habilitações superiores e conhecimentos de línguas ou de informática, e
experiência profissional.
O que é curioso é que no final da
mesma notícia, se revela que a troika (e o governo), se ficaram pela solução de
que se deve “proteger o emprego, não o posto de trabalho”, continuando com a
acusação de que os trabalhadores mais antigos são quase inamovíveis, com o
prejuízo dos mais jovens e precários.
Governo, troika e patronato
pretendem ter mão-de-obra barata à disposição, não só para o mercado nacional
mas sobretudo para exportação, porque a maioria dos países europeus atravessa
também uma crise de natalidade e de falta de profissionais qualificados.
A pergunta que fica é esta: o que
será de Portugal se estas políticas continuarem por mais tempo?
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Humor ao Domingo
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