sábado, outubro 30, 2010

O MAU É PÉSSIMO

A telenovela do Orçamento de Estado teima em não findar, e mesmo com a concordância anunciada ainda temos a relutância em tirar a fotografia da assinatura do dito, e o ministro Teixeira dos Santos diz que o acordo teve um custo de 500 milhões que ele ainda vai querer desencantar no documento final.

Ninguém entende em que é que concordaram de facto, nem se sabe o que é que vai ser acrescentado para arrebanhar os tais 500 milhões de euros. Curiosamente as negociações tinham sido interrompidas com uma diferença de 200 ou trezentos milhões, mas o acordo foi feito com a diferença de 500.

Sintomático de que tudo isto são manobras políticas, temos o facto de Passos Coelho vir a público dizer que o PSD se vai abster na votação de um “Mau Orçamento”. Se é mau porque é que quem se diz responsável e que afirmou que tinha um plano B, caso o Governo se demitisse, não vota simplesmente contra?

O politiquês é uma língua muito difícil de entender!
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Foto de Sintra
Regaleira by Palaciano

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Humor Machista
Engate

Atrasada!

quinta-feira, outubro 28, 2010

VINICIUS

A rosa de Hiroxima

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.


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Foto - Duas Flores
Take Two

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Humor - Crise dos Palhaços
Como evitar cair no Buraco

terça-feira, outubro 26, 2010

CURTINHAS

O pescado – Talvez poucos se lembrem já que um político português foi apelidado de cherne, penso que por causa de uma intervenção da esposa, que terá usado este termo. Também me recordo de ouvir chamar a outro político, peixe de águas profundas. Por último temos um político estrangeiro que também tem o nome de Lula. Não me consta que nenhum se tenha ofendido com o facto de se utilizarem estes nomes, próprios ou não, mas fiquei a saber recentemente que POLVO, é que não é nome que se chame a alguém, porque pode ser considerado ofensivo. Em italiano já o sabia, já conhecia a sua conexão com a Máfia, agora por cá?...

O caso BPN – O caso BPN parece uma história muito mal contada, de um banco que se terá metido por áreas bem esquisitas, que alguns chamam de especulativas, sem o Banco de Portugal ter dado pelo assunto. Com o aprofundar da crise em 2008 tudo começou a desmoronar-se e veio a nacionalização. Enterraram-se lá muitos milhões do nosso dinheiro, o fundo que os bancos são obrigados a ter, no seu conjunto, não intervieram neste caso, deixando a CGD a arcar com o financiamento deste monstro falido. Agora diz-se que já há gente detida por suspeita de burla, mas o dinheiro, esse voou, e vamos todos pagar a má gestão deste banco que até foi classificado de sucesso por quem já nos governou.

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Fotos Outonais



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Humor Tecnológico

segunda-feira, outubro 25, 2010

O PATO

Lá vem o Pato
Pata aqui, pata acolá
Lá vem o Pato
Para ver o que é que há.


O Pato pateta
Pintou o caneco
Surrou a galinha
Bateu no marreco
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo
Comeu um pedaço
De jenipapo
Ficou engasgado
Com dor no papo
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela.
Autor: Vinícius de Moraes

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O Pato na Foto
By Martin Rak

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Humor na Crise

sábado, outubro 23, 2010

JUSTIÇA E EXEMPLO

Todos os dias ficamos a conhecer melhor os cortes decorrentes das propostas do Governo para o Orçamento de Estado de 2011, sendo que os portugueses já nem sabem bem se é um novo pacote de medidas avulsas, ou um orçamento à séria.

Atendendo a que há cortes que entram já em vigor, como os abonos de família e os preços e comparticipações nos medicamentos, talvez seja melhor optar pelo Pacote Orçamental com que nos estão a brindar o PS e o PSD, por acaso os mesmos que nos governam há dezenas de anos.

Os sacrifícios que nos são impostos demonstram que há os que são lixados e os que escapam a alguns dos cortes. Já ouvi dizer que os cortes aos que têm os maiores vencimentos e regalias ímpares, são apenas medidas simbólicas, com pouco impacto orçamental, por isso fazem-se excepções e para quem muito tem.

A última novidade é a dita impossibilidade de mexida nos vencimentos do Banco de Portugal, devido a instruções do BE. Tenham vergonha meus senhores, porque não é o Banco Europeu que lhes paga os vencimentos mas sim o nosso erário público. Já agora, o Banco de Portugal já lançou vários apelos para a contenção salarial em Portugal.

A Justiça não nos merece confiança, o Governo também não, a União Europeia defende os países ricos, e há cada vez menos vergonha por parte de quem nos exige sacrifícios, mas que arranja sempre um modo de ficar sempre de fora, dando péssimos exemplos.

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Fotografia - Flor
Just a Flower by Eero

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Humor do Brasil

quinta-feira, outubro 21, 2010

LEMBRAM-SE DO CHEQUE-OBRA

Na Cultura há muitos anúncios que não podem ser levados muito a sério, não tanto porque quem anuncia seja mentiroso, mas porque este sector está no degrau inferior das prioridades do poder político.

O Cheque-Obra, anunciado com pompa e circunstância por José António Pinto Ribeiro, na altura ministro Da Cultura, que era suposto “mudar a face” do Património nacional, afinal mostrou-se um enorme flop, para não ser mais duro.

O programa está suspenso, e nem sequer chegou a ser posto em marcha em nenhum momento. Segundo palavras do secretário de Estado, “porque há uma situação que levanta questões do ponto de vista da fiscalidade”.

Como é que se fazem anúncios pomposos sem haver garantias sérias e credíveis, que depois o tempo se encarrega de desmentir? Qual o valor da palavra dos nossos políticos?

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Foto - Linda
Magnólia by Claude Corbin

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Humor - Malefícios das Tecnologias
Doddy Iswahyudi

Vladimir Stankovski

terça-feira, outubro 19, 2010

A DESGRAÇA NACIONAL

É sem admiração que vejo Medina Carreira dizer que José Sócrates foi uma «desgraça» para o país. Eu não seria tão suave como este fiscalista, e no saco enfiava também outros primeiros-ministros que no (des) governaram nesta últimas duas décadas.

O país era pobre, entrou para um clube de ricos, mas disso só beneficiaram as clientelas que andam de mão dada com o poder político.

Os portugueses lutaram por conquistar uma sociedade mais justa, mais democrática e com preocupações sociais, e da parte dos governantes viu sempre manobras para destruir essas conquistas dos trabalhadores, aliviando o esforço do grande capital.

Podem defender-se com a crise, com a globalização ou com a oposição, mas quem teve funções de governante não pode agora vir atirar com as responsabilidades dos maus resultados da nossa economia para cima de todos os outros, que não deles próprios.

A nossa desgraça têm sido os maus políticos que temos escolhido, que andam por aí quais virgens sem mácula, enquanto a grande maioria dos portugueses luta pela sua sobrevivência com a dignidade possível.
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FOTOGRAFIA E FUGA
Mona By msyugo

Pig Tales By Grottzork
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Humor de Peso

sábado, outubro 16, 2010

ATAQUE AOS MAIS FRACOS

A apresentação do Orçamento de Estado para 2011 veio revelar o que já tenho dito aqui por diversas vezes: o PS de José Sócrates não tem preocupações sociais.

O falhanço da política económica em toda a sua extensão, a falta de estratégia e de visão a médio longo prazo, e a total incompetência no governo da coisa pública, vai continuar a ser pago pelos cidadãos que não podem fugir ao fisco e que ainda têm a sorte de ter emprego.

Estamos a pagar “pântanos”. “tangas” e “crises” há mais de uma dezena de anos, mas quem nos governa nunca foi capaz de dizer para que servem todos os sacrifícios impostos.

Continuando a usar as mesmas receitas, que nunca deram resultados positivos, temos agora o ataque final que vai asfixiar definitivamente as famílias portuguesas. Abaixo de certo limiar de cortes e de aumentos de impostos só resta o descontentamento e a miséria.

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Humor Camelítico

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Foto de Viela

quinta-feira, outubro 14, 2010

AUTORIDADE BEM-HUMORADA

Quando a política no País anda cheia de crispação nada melhor do que ouvir umas piadas, mesmo que ditas por alguém que é Presidente da Autoridade da Concorrência.

Manuel Sebastião disse perante os deputados da Comissão de Assuntos Económicos e Energia que “copiar os preços não constitui qualquer ilícito”, referindo-se aos preços dos combustíveis.

Com muito humor acrescenta o senhor presidente da AdC “eu questiono mesmo qual seria o interesse de fazer uma concertação de preços”.

Não sei se os senhores deputados da nação se riram das piadas, mas fiquei em crer os esclarecimentos de Manuel Sebastião não convencem ninguém, e quanto ao interesse em “fazer uma concertação de preços”, talvez seja oportuno dizer a este senhor que é a forma usual de evitar a concorrência real que é mais favorável aos clientes do que aos fornecedores de combustível.

Não acredito que o presidente da AdC seja ingénuo, mas lá que tem veia para o humor….

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Foto Conventual
By Palaciano

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HumorGamado

quarta-feira, outubro 13, 2010

INFORMAÇÃO CENSURADA?

Nos últimos dias têm vindo a público inúmeras despesas feitas por organismos diversos do Estado, que são de difícil explicação e que estão a embaraçar muita gente.

Conheceram-se gastos em festas diversas, e em contratações para eventos mediáticos que custaram verbas incríveis e a recolha estava a ser feita no sítio governamental www.base.gov.pt , pelo que a fonte era, em princípio, insuspeita.

Eu disse que a informação do portal do Governo era, em princípio, insuspeita, porque agora há diversas despesas que pura e simplesmente desapareceram da base de dados. Talvez necessitem de ser rectificados como ouvi dizer, mas restam muitos outros que provam que o despesismo anda à solta, e como se vê não é na tal despesa rígida, que é o nome que dão aos salários.

Não podia deixar de acabar este artigo sem referir que as pensões vitalícias dos nossos políticos, que muitas vezes a acumulam com outras pensões ou salários, o Estado gasta mais do que o balúrdio que a Telefónica pagou à PT pela compra da VIVO.   

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Foto de Fonte
Fonte em Sintra

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Humor Quixotesco

terça-feira, outubro 12, 2010

CONSENSOS DA TRETA

Quando oiço falar de consensos para o Orçamento de Estado de 2011, conhecendo as linhas gerais já divulgadas pelo Governo, começo a pensar que está tudo louco.

As propostas do PS são de cortes nos salários, nos subsídios, nas pensões, nas comparticipações na doença, e aumentos de impostos. Somando tudo isto temos como resultado óbvio, uma recessão enorme, mais desemprego e mais pobreza.

Os senhores que pregam o consenso em torno deste orçamento, argumentam que em caso de não aprovação deste documento, que é mau, teremos portas dentro o FMI por falta de crédito à nossa economia. É evidente que com a receita do Governo a entrada do FMI ficará para o ano que vem, transformando esta discussão numa mera questão de timing, nada mais.

Detesto esta morte lenta que agrada aos políticos deste país e que prolonga durante mais uns meses esta nossa agonia, e lhes permite permanecer nas manjedouras douradas durante mais tempo. Que se lixe o consenso. Venha mas é o primeiro que nos diga quanto tempo mais temos que apertar o cinto e quando é que isto acaba, porque estou fartinho.

Foto e Realeza
Mafra By Palaciano

Humor Desencantado
Adão e Eva num Paraíso

O Mundo do Avesso

domingo, outubro 10, 2010

VIABILIZAR O QUÊ?

Os barões do PSD têm vindo a terreiro “aconselhar” o líder do partido no sentido de deixar passar o Orçamento de Estado para o próximo ano. É curioso referir que ainda não se conhece a proposta do OE para 2011, e o que se conhece é apenas mais um pacote de medidas de contenção, melhor dito, de cortes.

O que Passos Coelho já disse nos últimos tempos, pode levar a crer que depois de ser fintado no PEC2, não perdoa Sócrates e que não está disposto a facilitar a vida ao 1º ministro. O facto de ter afirmado que não apoia um orçamento com subidas de impostos, limita as opções.

O cidadão conhece muito bem a manha dos senhores políticos, e por isso a quase certeza é de que Passos Coelho vai acabar por dizer ao PSD para se abster, ainda que barafustando. Ninguém acredita que o poder seja muito atractivo nas condições actuais, por isso vamos mesmo ter um mau Orçamento de Estado, bem condizente aliás com a má qualidade dos políticos que temos.

Concluindo, os problemas do país vão agravar-se e o aperto de cinto continuará por mais alguns anos porque as políticas que se seguem são mais do mesmo!

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Humor - Disciplina Partidária

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Foto com Rodas e Patas

quinta-feira, outubro 07, 2010

AUSTERIDADE PARA QUÊ?

A última dezena de anos tem sido marcada em Portugal  por políticas de austeridade, mormente no que toca aos salários em geral e em particular com os salários da função pública.
Pode-se constatar que a estes apertos de cinto não corresponde uma descida das despesas do Estado, e também que o crescimento da nossa economia não foi nunca superior ao dos nossos parceiros europeus.

Os pacotes de austeridade que se sucedem não convencem os investidores no mercado internacional, que não baixam os juros da dívida pública, e as previsões naturais de recessão já para o próximo ano, fazem com que todos pensemos se todos os sacrifícios pedidos pelos governos fazem algum sentido.

À pergunta sobre o que falhou nas estratégias do governo corresponde sempre um enorme silêncio, e o chuto para canto atira sempre as responsabilidades para a conjuntura económica mundial. Pois claro, mas a Alemanha por exemplo vai crescer mais do que o esperado e já se fala em substanciais aumentos salariais.

Os senhores políticos que falharam rotundamente na condução dos destinos do país, não admitem a sua incapacidade e os seus erros, e acima de tudo, não se demitem e não se afastam dos seus cargos, a que estão mais agarrados do que lapas.  

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Foto de Sintra
By Palaciano

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Humor na Teia
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Música e Memórias

quarta-feira, outubro 06, 2010

JANIS JOPLIN

Janis Joplin morreu há quarenta anos, mais precisamente no dia 4 de Outubro de 1970. Há quem lhe queira colar o rótulo de 1ª estrela feminina de rock, mas foi com toda a certeza a primeira dama branca dos blues.

A carreira de Janis Joplin foi curta, apenas 5 anos, mas foram os suficientes para ficar na história da música como uma boa intéprete, que deixou a sua marca e inspirou outros.

Deixo-vos uma música da Janis e uma outra de alguém que mostra algumas influências dela, PJ Harvey.


terça-feira, outubro 05, 2010

SIMBOLICAMENTE GASTADORES

No dia em que se comemora o centenário da República Portuguesa, há pessoas como eu que se questionam sobre a sinceridade dos governantes, sobre as virtudes da nossa República, e sobre o custo que tudo isto acarretou.

Podia aqui falar da máxima “Pão e Circo”, mas a situação do País faz com que isso me pareça demasiado macio para descrever o que penso.
Começo por me questionar se os políticos que ainda há pouco tempo queriam riscar a data dos feriados nacionais, pode estar agora a festejar uma República que diziam que não era devidamente apreciada pelos cidadãos que apenas queriam mais um feriado. Será que com muita festa os portugueses compreendem melhor?

A propósito das virtualidades, desta nossa República, apetece-me citar a senhora ministra do Trabalho que disse hoje mesmo que “Medidas de austeridade são fundamentais para prosseguir os ideais da República”. 

Lamento que os portugueses nunca venham a saber realmente quanto se gastará com estas comemorações, porque além do programa das comemorações, imagine-se, tivemos a inauguração ou reinauguração de cerca de 100 escolas, com comitivas com o Presidente da República, com ministros, com secretários de Estado, com autarcas, vigiados pelo corpo de segurança pessoal das individualidades, pela PSP, ou pela GNR, com a ajuda de polícias municipais, e ainda com umas ajudinhas de assessores, adjuntos e secretários, para não ser demasiado extensivo.

Quanto terá custado tamanho cortejo pelo país fora?
Bem sei que foram gastos simbólicos. Mas que raio, aquilo que me vão tirar também é simbólico e a justificação é sempre a do corte de despesas por causa do défice!...

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Foto - Branco


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Humor Austero
Medidas de Austeridade por Henrique Monteiro

segunda-feira, outubro 04, 2010

DIVIDIR PARA REINAR

Este governo tem utilizado de modo intensivo a técnica de dividir para reinar, e infelizmente a má imprensa que temos e a ignorância de muita gente tem alinhado nesta táctica, fazendo com que os portugueses se dividam nas opiniões entre dois campos, o do sector público e o do sector privado.

Não é popular tomar medidas que a todos atinjam por igual, e vai daí aplicamos agora umas com a justificação de que queremos trazer mais igualdade ao sistema, para depois se aplicarem outras aos restantes com a mesmíssima justificação.

Quando se aborda a função pública diz-se que não se pode despedir, o que é uma falácia já que existem os procedimentos disciplinares que podem culminar no despedimento, mas que não se divulgam por conveniência. Já quando se abordam os trabalhadores da privada diz-se que legalmente não se podem diminuir salários, o que dá para rir num país como o nosso onde o patronato só não faz o que não quer, ainda por cima com um desemprego tão elevado e com uma fiscalização tão pouco eficaz.

Agora volta-se a acenar com os benefícios da saúde que os funcionários terão via ADSE, mas não se dizem quais são os tais benefícios nem se divulga que os funcionários descontam mais do que os beneficiários do SNS, e que os problemas da ADSE se prendem com a baixa contribuição do empregador (Estado) que não contribui com o mesmo que o patronato privado.

Até quando teremos portugueses que se deixem instrumentalizar por estas manobras demagógicas, que no fundo nos querem tirar A TODOS, o máximo possível, para que continuem a existir gestores com ordenados simplesmente imorais e oportunistas com pensões sobre pensões, tudo gente que nos explora e ainda vem acenar com discursos moralistas de contenção salarial e diminuição de direitos?

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Foto - Masculino e Feminino


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Humor Republicano

domingo, outubro 03, 2010

RUÍDO OU VERDADE?

Ser político nos dias que correm é aborrecido à brava, porque já nem se podem dizer disparates sem que a imprensa e a opinião pública nos caia em cima. Eu, se fosse o secretário de Estado Adjunto e da Saúde já teria dito isto a propósito das notícias de domingo.

Segundo a imprensa domingueira, Manuel Pizarro terá dito que a polémica sobre  a nova legislação sobre as alterações na comparticipação dos medicamentos «é ruído». Reconhece o governante que as alterações à lei vão ter um «impacto desagradável» nos doentes, mas acusa «interesses instalados» das farmacêuticas, de mais uma vez estarem a criar «ruído» em torno de uma matéria que lhes desagrada.

O senhor secretário de Estado Adjunto e da Saúde podia esclarecer os cidadãos dizendo se não é verdade que por exemplo se o Nexium que eu tenho que tomar para o estômago vai ou não duplicar de preço. Podia esclarecer se as despesas globais dos cidadãos não vão aumentar com esta medida, ao contrário dos encargos do Estado.

É que o ruído gira em torno destas questões, para além da questão dos preços, e se não é verdade, então está mesmo a haver ruído, mas se é verdade, então devia ter-nos poupado a paciência que já é muito escassa.    

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Foto  - Torre
By Palaciano

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Humor à Pinóquio

sexta-feira, outubro 01, 2010

O QUE ELES DIZEM...

Quando andava na primária ensinaram-me que são “bem-aventurados os pobres de espírito”, e isso na altura confundiu-me, por que não entendia o que seria a pobreza de espírito. Qual a diferença entre o simplesmente tolo e o pouco inteligente?

Talvez sem alguma conexão com o que já disse, li hoje que um deputado afirmou que os “políticos são dos que perdem mais dinheiro”, com as medidas agora apresentadas pelo Governo.

Bem que podia estar bem caladinho, porque é evidente que quanto maior é o salário, maior é o corte, mas é assim que se constrói a solidariedade, e isso é um dos princípios do socialismo, que pelos vistos não deve agradar muito ao senhor deputado.

O socialista em causa podia ter ficado por este “lapso”, mas não! Continuando a perorar sobre as medidas de austeridade decretadas pelo seu próprio partido, Ricardo Rodrigues acrescenta ainda que “este valor (5%) é simbólico, porque retira dinheiro às pessoas e não rende nada ao Estado”. Fabuloso senhor deputado, porque com esta afirmação ficamos todos sem saber para onde vão os tais 5% descontados aos senhores deputados. Será que com a função que desempenha não lhe cabe a si fiscalizar a utilização do tal desconto? Ou será que devemos desconfiar dos serviços da Assembleia?  


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Foto com Pouca Água
By Palaciano

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Humor Controlado
Comando By Caloi