Mostrar mensagens com a etiqueta Responsabilidades. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Responsabilidades. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, janeiro 04, 2023

O NOSSO SNS

Já não dá para desvalorizar a situação e colocar pensos rápidos na situação de ruptura que atinge o nosso SNS.
 
Temos as urgências pediátricas a fechar todas as semanas, temos a urgências hospitalares a rebentar pelas costuras e com muitas horas de espera, e agora não há desculpas com as férias e com as festas, nem tão pouco a desculpa do Verão e da pressão dos veraneantes.
 
Nos Centros de Saúde vemos filas logo de madrugada, e cada vez são mais os portugueses sem médico de família.
 
Isto não vai lá com aquisições de serviços externos, recurso a médicos internos substituindo especialistas, ou com o recurso a mais horas extraordinárias por parte do pessoal hospitalar.
 
Estamos na iminência de ver fechar urgências de certas especialidades em hospitais do SNS, obrigando a deslocações que colocam em risco muitas vidas, e não ouvimos falar em medidas efectivas de reforço do SNS.

Não me importa apontar culpados, pretendo apenas que se encontrem soluções viáveis sob pena de ter que considerar os governantes culpados das mortes em excesso que se têm nos últimos tempos...


 

segunda-feira, novembro 21, 2022

ANTÓNIO COSTA E O DINHEIRO DOS FUNDOS DE PENSÕES

Depois das declarações de António Costa quando tentou explicar o não ter cumprido o que tinha prometido dois meses antes o cumprimento integral da Lei que regula os aumentos das pensões, em que declarou que o Governo tinha que "preservar a estabilidade financeira" e da Segurança Social, ficamos à espera do que tem para dizer do descalabro dos fundos de pensões que perderam neste ano 3.000 milhões de euros.
 
Vir agora anunciar 200 milhões de euros para actualizar as pensões é apenas uma diversão, pois os pensionistas querem saber sobre que base se vão calcular os aumento para 2024, e com que Lei podem contar.
 
Quanto ao desbaratar do dinheiro das pensões, também queremos saber se vão ser assacadas responsabilidades e como e se vai ser reposta essa quantia.



 

domingo, março 07, 2021

QUAL O LIMITE DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO?

Ontem assisti a um programa chamado Invasões Bárbaras, onde pontuam a moderadora Iryna Shev, Oliver Bonamici, José Milhazes e Helga Saraiva-Stuart, e confesso que fiquei verdadeiramente espantado com as opiniões de Helga Saraiva-Stuart sobre a prisão do rapper espanhol Pablo Hasél que foi condenado a nove meses de prisão por glorificação do terrorismo e críticas à monarquia e à polícia. Já depois desta condenação foi também condenado a mais dois anos e meio de prisão por ameaçar uma testemunha. Nas suas mensagens no Twitter “comparava, por exemplo, o antigo rei Juan Carlos a um patrão da máfia e apelidava as forças de segurança de "merda de mercenários", acusando-os de torturar e assassinar manifestantes e imigrantes.”

As leis dum país democrático são para ser respeitadas, independentemente das nossas opiniões, e a liberdade de expressão não abrange nunca o incitamento ao terrorismo, o incitamento à morte de determinada pessoa, ou às forças da ordem.

Esta senhora que tem muita dificuldade em expressar-se em português, preferindo o inglês, confunde a opinião com o discurso de ódio, que a nossa Constituição também condena trouxe à colação o “Speaker’s Corner” onde, segundo ela se podia dizer o que se quisesse, mas na realidade, e apesar de por lá ter passado Karl Marx, as autoridade britânicas proibiram diversos discursos, e o último terá sido contra a guerra do Iraque, sabe-se bem porquê. Também finge a senhora desconhecer que falar contra a monarquia inglesa é perigoso, e se isso incluir ameaças é crime.

Diz a senhora que se considera de uma minoria, que se alguém começa a dizer vamos começar a enforcar negros num poste, ela não ia gostar, mas gostava de saber o porquê… e não iria condenar a pessoa por isso, ou pedir a sua prisão. Será mesmo?  

Foi curioso verificar que ela foi a única pessoa do painel a ter opiniões desta natureza, e que nenhum a seguiu naquele pensamento irresponsável de defesa duma liberdade individual que, nestes termos, colide com as leis dum país democrático, e com o direito à vida de todos os cidadãos.


 

sexta-feira, fevereiro 22, 2019

IDONEIDADE E BANQUEIROS

As irregularidades nos bancos nacionais foram mais do que muitas, e o resultado foi, e continua a ser desastroso para os contribuintes, e apenas para esses.

A maior parte dos bancos da nossa praça foram parar às mãos de estrangeiros, depois de resgates, vendas de posição e outras manobras que ditaram o afastamento dos portugueses da posse daquelas instituições.

Soube-se agora que a CGD ficou a arder uns largos milhões num banco americano, de seu nome Crown Bank, e que os nomes envolvidos naquele "verdadeiro buraco" são exactamente os mesmos ( e mais alguns) de outros "buracos" não só na CGD como noutras instituições financeiras da nossa praça.

O círculo dos intervenientes na gestão dos nossos bancos e instituições regulatórias é bastante pequeno e fechado, pelo que a desconfiança dos cidadãos, depositantes, e contribuintes é total no que respeita à sua idoneidade.  


terça-feira, setembro 11, 2018

OS VIGILANTES DOS NOSSOS MUSEUS


Uma notícia do DN, veio trazer a lume, mais uma vez, a carência destes profissionais, ainda que não abordando todas as suas razões.

Este problema começou há muitos anos (mais de duas décadas) e coincidiu com o começo dos programas de ocupação de jovens nas suas férias, e com os de ocupação de desempregados, que se tornaram um hábito, até porque significavam alguma poupança, e os governos gostavam disso.

Enquanto se recorria a estes esquemas, tantas vezes denunciados pelos trabalhadores do sector, o pessoal dos quadros ia envelhecendo, e as admissões eram adiadas, até serem congeladas. Onde estava então o senhor António Pimentel?

Neste meio tempo entre o recurso aos desempregados e o congelamento das admissões, alguém teve a ideia peregrina de transformar a carreira de vigilante de museus numa carreira comum, passando a assistentes técnicos, mas com um horário de trabalho específico, o que é no mínimo inconstitucional, por ser discriminatório, já que lhes retira a possibilidade do pagamento diferenciado dos sábados e domingos, como é devido aos restantes assistentes técnicos.

O mau resultado veio depois quando se abriram concursos para novas admissões, e logo que entravam os novos vigilantes, ficava logo claro que estavam de passagem rumo a outros ministérios onde não eram forçados a trabalhar, feriados, sábados, domingos e tolerâncias de ponto.

O director do Museu de Arte Antiga refere que recorre a tarefeiros, que tem cerca de 17 vigilantes do quadro, 17 conservadores, 8 bolseiros, uns 15 desempregados, e que gostaria de entregar boa parte da vigilância a empresas de segurança, referindo a responsabilidade civil, seja isso o que for.

António Filipe Pimentel é também um dos subdirectores-gerais da DGPC e mostra o pouco interesse que tem pelos vigilantes do seu museu, preferindo seguranças de empresas externas, como no passado fizeram com o pessoal de limpeza, e outras tarefas desempenhadas por aquilo que hoje designamos os assistentes operacionais.

Quando se reformarem os poucos e envelhecidos vigilantes (assistentes técnicos), os museus continuaram a existir, mas a sua experiência ter-se-á perdido, e os tais conservadores e outros técnicos superiores terão grandes dores de cabeça, e terão que deixar as suas cadeiras confortáveis e os seus gabinetes, para meter a mão na massa. Cá se fazem, cá se pagam…


sexta-feira, março 09, 2018

AFIRMAÇÕES CONTRADITÓRIAS

A situação lastimável em que se encontra o Palácio de Mafra, cuja conservação deixa muito a desejar, está muito confusa, tanto no que se refere às responsabilidades por tardar uma intervenção absolutamente prioritária, como também no que respeita às informações sobre a segurança de quem visita o monumento ou simplesmente vai aos serviços religiosos que decorrem na sua Basílica.

Enquanto da parte da Cultura se diz que está à espera da autorização do Tribunal de Contas, este diz que aguarda há dois meses por dados da Cultura. Claro que o problema já está diagnosticado desde 2004, mas o jogo do empurra faz parte destas coisas.

No que concerne à segurança do edifício e das pessoas as informações são também muito confusas, por um lado o presidente da Câmara de Mafra diz que existe o risco da queda de sinos, e da Cultura já vimos isso admitido e negado. Segundo o Jornal de Mafra a DGPC terá afirmado que “Durante o período de Inverno a Direcção do Monumento faz inspecções diárias às coberturas, torres, torreões e zimbório”, e que “… não se detecta, na presente data (ontem), um agravamento do estado de conservação das torres, dos sinos e respectivas estruturas de suporte, não havendo por isso risco de derrocada”.

Não fiquei muito esclarecido, embora quanto ao caso do atraso na recuperação dos carrilhões seja evidente que a Cultura não tem suficiente peso político para obviar a burocracia. No caso das garantias de segurança, não creio que a direcção do Monumento esteja tecnicamente habilitada para dar qualquer garantia, que cabe naturalmente a outras entidades, que já deviam ter sido chamadas, porque estamos a falar dum edifício aberto ao público e aos crentes.


Enquanto as obras não estiverem prontas, resta-nos esperar que tudo corra pelo melhor, e que o céu não nos caia em cima da cabeça.


terça-feira, julho 25, 2017

OS CÃES E OS SEUS DONOS



Em geral não me irrito facilmente por causa de petições, ou abaixo-assinados mas hoje uma senhora tirou-me do sério, ao tentar convencer-me a apoiar a entrada de cães nos cafés, restaurantes, lojas, e praias.

Os cães podem ser adoráveis, bem comportados, inofensivos, eu sei, e até gosto imenso de cães, mas não consigo apoiar esta petição, muito por causa dos seus donos.

A senhora em causa não hesitou em comparar as brincadeiras dos cães e os seus latidos , com as das crianças e os seus choros, e foi por aí adiante com os disparates, mostrando um fanatismo cego que me incomodou.

Gosto imenso de cães e não os tenho por não ter condições para lhes dar o conforto e espaço necessário para os ter. A senhora em causa tem o seu cão (com um porte considerável) num andar, e passeia-o longe da sua parte e nunca a vi apanhar “os presentes” do animal, apesar das chamadas de atenção por parte dos vizinhos, que são presenteados com a merdola do animal da senhora, que passeia sem trela.

Como dizia uma amigo meu, os donos de cães e gatos deviam ter formação antes de os adquirirem, pois eles não merecem ter animais de estimação. 



sábado, junho 03, 2017

A RESPONSABILIDADE NO PATRIMÓNIO

Os museus, palácios e monumentos nacionais estão na alçada da DGPC e por consequência sob tutela do Ministério da Cultura. O Estado confia portanto boa parte do Património a estruturas dependentes do próprio Governo, e os maiores responsáveis da área são nomeados ou escolhidos pelas estruturas governamentais.

Uma das notícias respeitantes à Cultura, que teve maior impacto nos últimos dias, foi a que foi abordada e esmiuçada no Sexta à Noite (programa da RTP1), referente ao Convento de Cristo em Tomar.


As barbaridades que foram descritas são simplesmente inacreditáveis, e a pergunta que fica é: onde estão os responsáveis pelo Convento, e o que têm a dizer a DGPC e o Ministério da Cultura sobre tudo aquilo?


quinta-feira, novembro 05, 2015

AS FERIDAS DO RETORNO



Acho bem que se comece a falar abertamente do que aconteceu a muitas centenas de milhar de pessoas, obrigadas a voltar ao seu país de origem, ao dos seus ancestrais, ou mesmo aos que fugiram de países a que chamavam a sua terra, para vir para o pais que tinham jurado defender, mesmo noutras paragens.

Começando pela palavra “retornado”, que teve sempre uma carga negativa pela parte de quem a proferia, até à revolta legítima de quem se viu espoliado de todos os seus pertences, obtidos por meios legítimos, até à humilhação a que foram sujeitos antes de partirem de África, e sobretudo depois quando chegaram àquele que pensaram ser o seu porto seguro. Não é difícil perceber o silêncio a que se remeteram, enterrando a sua raiva, o seu desânimo e a sua esperança, para ultrapassar a provação com a maior brevidade.

Há quem pense que houve medo de parte de quem “retornou” de falar desse passado em África, ou até dos primeiros tempos aqui onde encontraram um porto pouco receptivo. Talvez fosse de meditar nas perguntas que eles podiam fazer e que não fazem porque são desnecessárias, como:

-Porque não foram cumpridas muitas promessas feitas antes da entrega dos territórios?
- Porque é que Portugal não indemnizou quem viu nacionalizados ou confiscados os seus bens?

Outras perguntas mais incómodas podiam dizer respeito ao ouro que o Estado português retirou dos bancos em África antes das independências, ou porque se silenciaram massacres de portugueses, e não só, imediatamente antes das grandes vagas de refugiados.

O passado não volta e as feridas sararam mais depressa do que as dos povos aos quais foram dadas as independências, e isso é talvez o maior legado que os “retornados” deram à nação que tão mal os tratou. Vidas destroçadas e muita gente amargurada, conseguiram construir novas vidas, muitas vezes novas famílias, e meia dúzia de anos depois, ninguém falava já de “retornados” nem de “colonos”.