A situação lastimável em que se
encontra o Palácio de Mafra, cuja conservação deixa muito a desejar, está muito
confusa, tanto no que se refere às responsabilidades por tardar uma intervenção
absolutamente prioritária, como também no que respeita às informações sobre a
segurança de quem visita o monumento ou simplesmente vai aos serviços
religiosos que decorrem na sua Basílica.
Enquanto da parte da Cultura se
diz que está à espera da autorização do Tribunal de Contas, este diz que
aguarda há dois meses por dados da Cultura. Claro que o problema já está
diagnosticado desde 2004, mas o jogo do empurra faz parte destas coisas.
No que concerne à segurança do
edifício e das pessoas as informações são também muito confusas, por um lado o
presidente da Câmara de Mafra diz que existe o risco da queda de sinos, e da
Cultura já vimos isso admitido e negado. Segundo o Jornal de Mafra a DGPC terá
afirmado que “Durante o período de Inverno a Direcção do Monumento faz
inspecções diárias às coberturas, torres, torreões e zimbório”, e que “… não se
detecta, na presente data (ontem), um agravamento do estado de conservação das
torres, dos sinos e respectivas estruturas de suporte, não havendo por isso
risco de derrocada”.
Não fiquei muito esclarecido,
embora quanto ao caso do atraso na recuperação dos carrilhões seja evidente que
a Cultura não tem suficiente peso político para obviar a burocracia. No caso
das garantias de segurança, não creio que a direcção do Monumento esteja
tecnicamente habilitada para dar qualquer garantia, que cabe naturalmente a
outras entidades, que já deviam ter sido chamadas, porque estamos a falar dum
edifício aberto ao público e aos crentes.
Enquanto as obras não estiverem
prontas, resta-nos esperar que tudo corra pelo melhor, e que o céu não nos caia
em cima da cabeça.
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