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terça-feira, maio 30, 2017

O ASSÉDIO

Ainda há pouco a conversa no café andava em torno do assédio sexual e do assédio moral nos locais de trabalho, e como sempre o ponto mais controverso era se eram os homens ou as mulheres as principais vítimas.

Pelo que pude consultar através do telemóvel, tudo terá começado por causa de um estudo que será debatido na Assembleia da República e que terá sido promovido pela Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) e desenvolvido pelo Centro Interdisciplinar de Estudos de Género do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.

Independentemente dos resultados apresentados e das percentagens registadas, que nem sequer discuto, parece-me que o foco da atenção está claramente deslocado, já que a comparação de percentagens de homens e mulheres vítimas do assédio, dá sempre como resultado a discussão de qual o género mais ofendido.


Para mim o assédio moral e o sexual é sempre condenável, seja qual for o género da vítima e ponto final. Deixem-se de distinções de sexo e debrucem-se sobre as formas de identificar e punir os agressores, também sem qualquer distinção de sexo, que só assim se acabará com estes comportamentos e se fará Justiça.


domingo, agosto 16, 2015

FRASES DE CAMPANHA

A frase mais famosa alguma vez proferida numa campanha eleitoral, em Portugal, será a de Humberto Delgado em 1958.na campanha para a presidência, que era “obviamente demito-o”.

Desde então foram muitos os políticos que tentaram criar slogans durante os seus discursos, mas quase todos têm caído no esquecimento, porque as palavras depois não se enquadram com a acção, ou porque a mensagem não colou com a pessoas que a utilizou.

Esta semana Passos Coelho teve uma tirada que pode vir a ficar na memória de muita gente, porque poderá a vir a confirmar-se depois das eleições, a menos que os resultados eleitorais coloquem a coligação com uma votação muito colada aos números do PS.


Na minha óptica “um resultado politicamente inequívoco” será a clara derrota desta coligação de direita que nos tem desgovernado nos últimos anos.

quarta-feira, julho 08, 2015

AS IMPOSIÇÕES DA EUROPA DOS RICOS



Por vezes andamos distraídos com as tricas da política, com o futebol ou com as novelas, e nem damos por algumas notícias, que apesar de serem dadas, não merecem destaque nem são debatidas ou comentadas em público pelos muitos comentadores da nossa praça.

Grande parte das medidas impostas a Portugal pelos credores europeus, prendem-se com cortes nos salários, descidas nas pensões, menor despesa pública, menor protecção social e menos despesas sociais.

É curioso que tenhamos dos salários mais baixos dos países do euro, que estejamos na média da despesa pública, abaixo da média nas despesas sociais, muito abaixo da média no valor das pensões, e com uma das mais baixas protecções sociais da zona euro.

Os senhores políticos desta Europa dos tecnocratas e dos ricos, diziam que Portugal vivia acima das suas possibilidades, mas nunca apontou o dedo aos maus políticos nem à má gestão por eles praticada. Os males estavam sempre em quem vivia do seu trabalho, ou nos que depois de trabalharem tinham direito às suas pensões, ainda que nunca tenham tomado qualquer decisão sobre os dinheiros públicos.

Na Europa temos administrações públicas cujo peso é superior a 55% do PIB, e Portugal está nos 49%. Em Portugal o peso das despesas de protecção social é de menos de 38%, mas a Alemanha, a Holanda, a Dinamarca, e a França, por exemplo estão acima dos 40%. No desemprego gastamos 3,2%, menos do que a Alemanha, a Dinamarca, a bélgica e a Holanda. Não podia passar sem dizer que também nas prestações relativas a doença e deficiência também estamos na cauda da Europa.

Se pedir cortes em sectores sociais, e em salários, apesar deste panorama não é castigar propositadamente um povo, pelo mau desempenho dos seus governantes, então não sei o que é…   



domingo, fevereiro 22, 2015

TORRE DE BABEL

O significado da Torre de Babel era “porta do céu” ou “porta de Deus” e vem mencionada na Bíblia no livro de Génesis, e seria a mais ambiciosa construção idealizada pelos homens.

Segundo Hérodoto, Babel era uma cidade magnífica e distinta de todas as outras. Ao mesmo tempo era obra do orgulho humano, desafiando o poder de Deus, que castigaria esse povo confundindo-o na sua linguagem, de modo a que não se entendessem uns aos outros, originando assim o fim da obra e a sua dispersão por toda a terra.


A partir daí, Babel passou a significar confusão e a simbolizar o castigo divino sobre a arrogância, soberba, orgulho e paganismo dos homens.

Peter Bruelgel the Elder

Abel Grimmer

Marten van Valckenborch the Elder

sábado, janeiro 17, 2015

SAÚDE – SITUAÇÕES VERGONHOSAS



O tempo de espera para atendimento nas urgências hospitalares nos últimos dias tem sido simplesmente vergonhoso, porque todos sabemos que o tempo é um factor importante nestas situações.

Declarações duma administração hospitalar, onde a espera foi exagerada, dizendo que esta não foi a causa duma morte, podem até ser rigorosas, mas não creio que isso alivie a dor dos familiares do doente que acabou por falecer depois de tanta espera.

As razões destas esperas exageradas são conhecidas, e não se esgotam no período gripal que atravessamos, porque é pública a falta de recursos humanos nos hospitais públicos, a que a contenção de despesas e cortes nos orçamentos não são alheios.

Não se conhece nenhuma animosidade contra os médicos ou restante pessoal dos hospitais, mas todos querem saber quem são os responsáveis pela falta de capacidade de resposta do sistema de saúde, e aqui chegamos com facilidade aos altos responsáveis que são, o ministro da pasta e o chefe do executivo.

Será que a sucessão de casos de falta de atendimento atempado nos hospitais públicos não merecem a atenção do ministério público?



quarta-feira, janeiro 09, 2013

RECEITA PERIGOSA



O tema mais quente do momento é sem dúvida o relatório do FMI com propostas para cortar 4 mil milhões na despesa.

A primeira questão é a de descobrir o porquê dos 4 mil milhões, e não qualquer outra quantia, o que não tem uma resposta concreta, parecendo que se trata de um axioma. Nesta questão cabe também a interrogação sobre a oportunidade e sobre se o prazo para o corte não podia ser alargado no tempo, mas também aí não existe resposta directa.

Outra questão prende-se com a estranheza deste relatório ser coincidente com o que já ouvimos da boca de alguns gurus deste governo e oposto às declarações recentes de membros do próprio FMI.

A última questão é sobre os sujeitos que vão pagar o tal corte, quando existem muitas outras despesas do Estado, exageradas e lesivas do interesse público, onde parece que se não mexe, a crer no conteúdo do relatório em causa.

A intenção é de, objectivamente, cortar no Estado social, nos salários dos funcionários públicos, no emprego público, nas pensões e nas prestações sociais. As rendas excessivas, os encargos da dívida, as regalias dos governantes e dos detentores de altos cargos públicos e de empresas públicas são vacas sagradas a quem “a emergência nacional” não pode beliscar, como se percebe.

Mais cortes nesta ocasião são um convite claro à revolta de quem já pouco ou nada tem a perder. Eu diria que estão mesmo a pedi-las, e pode ser que seja desta que terão o tratamento que necessitam.



quarta-feira, março 07, 2012

POLÍTICA E IRRESPONSABILIDADE

Começamos a estar todos fartos do jogo do empurra usado pelos políticos, que teimam sempre em atirar culpas para os seus antecessores, dizendo que eles fizeram e aconteceram, sempre sem consequências.

Os jornais de hoje fazem eco de irregularidades com a Parque Escolar, onde parece que as obras custaram 5,5 vezes mais do que o previsto. O Ministério da Educação e, pelos vistos, o próprio Tribunal de Contas, deviam enviar estes dados para a Justiça, apresentando a queixa por gestão danosa de bens públicos, em vez de utilizarem estes dados na luta política.

Em que é que ficamos? Será que tudo não passa de chicana política, ou será que não convém responsabilizar ninguém, não vá o diabo tecê-las?

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Humor e Loucura

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Foto - Molhada
By Alberto Quintal

quinta-feira, novembro 05, 2009

A MINHA INCREDULIDADE

Estando a corrupção na ordem do dia são mais do que muitos os comentários e falatórios que se ouvem por aí e se lêem na imprensa. O comentário que agora começa a ser habitual e dado como verdade adquirida é de que “os portugueses são bastante tolerantes perante a pequena corrupção”.

É fantástico que agentes da Justiça, politólogos e comentadores reputados encham a boca com tamanho disparate, para logo de seguida justificarem o fiasco que é a falta de punição dos grandes corruptores e corrompidos. Já há quem diga até que a complacência do povo faz com que a Justiça não funcione correctamente e os facínoras se sintam cada vez mais impunes.

O povo se pudesse castigar os bandidos que roubam desalmadamente, actuaria severamente e descontroladamente por estar farto de ser roubado. Confundir a tolerância perante a “cunha” e outros tipos menores de corrupçãozinha, que na lei até têm nomes diversos, com o roubo desalmado e o tráfico de influências em altas negociatas é como confundir a árvore com a floresta.

Como costumo ser politicamente incorrecto, apetece-me exagerar um pouco as teorias de Saramago, esperando não ser acusado de ser intelectualmente desonesto, e dizer que se deviam interpretar literalmente algumas passagens bíblicas (Antigo Testamento) e aplicar a Lei de Talião (lex talionis) nestes crimes de alta corrupção.



Imagem de Henrique Monteiro

GripeA por Henrique Monteiro

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Foto - Realismo
Look the eyes por lobices