Depois do terramoto de 1755, o
rei D. José decide ir viver para uma barraca, a Real Barraca da Ajuda.
Quis a sorte que o rei e a
família tivessem sido poupados ao desastre, exactamente por estarem em Belém,
mas o rei cheio de medo indicou ao seu primeiro-ministro, Sebastião José de
Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal, que jamais voltaria a morar em casa
de alvenaria.
A família real acomodou-se na
zona da Ajuda, numa construção precária feita em madeira, que seria mais
conhecida como Rela Barraca da Ajuda, para onde foram levados móveis de outros
palácios.
Não se pense que ocupava uma área pequena, porque na realidade era
maior, em termos de área, do que o actual Palácio da Ajuda, e era circundado
por um Jardim Botânico.
A velha torre sineira que ainda
hoje se vê nas imediações do actual Palácio da Ajuda, era a única parte feita
de pedra da velha capela real de madeira, que fazia parte da barraca real.
Depois da morte do rei D. José,
em 17777, a sua filha que adoptou Queluz como sua residência, o que acabou por
deixar ao abandono a residência precária da Ajuda, que acabou por ser destruída
por um incêndio no ano de 1794.