É de louvar a ideia da RTP2 de
emitir o seu Jornal 2 de ontem, a partir do Palácio Nacional de Mafra, dando
assim uma grande oportunidade à sua direcção para passar a mensagem que melhor
servisse os interesses daquele monumento, tantas vezes esquecido devido à
distância que o separa dos centros de decisão deste país.
Infelizmente os representantes do
monumento não tiveram a arte de fazer passar a sua mensagem, vinculando a
tutela ou o Governo às múltiplas carências dos serviços, deixando boa parte do
protagonismo televisivo a Guilherme d’Oliveira Martins que se ficou por um
discurso vago, e a António Filipe Pimentel, actual director do Museu Nacional
de Arte Antiga, que aproveitou bem a sua deixa para falar também do seu museu.
É curioso que António Filipe
Pimentel tenha escrito em 2002 (creio eu) a sua dissertação intitulada
Arquitectura e Poder: o Real Edifício de Mafra, que foi galardoada com o Prémio
Gulbenkian de História da Arte, e que não exista nos nossos dias qualquer roteiro
do monumento que descreva a visita que agora se pode fazer, e que a informação existente nas salas seja paupérrima e antiquada.
Tal como muitos outros, eu
esperava que esta oportunidade fosse melhor aproveitada, mas não se ouviu
nenhuma novidade, talvez porque nada de novo e de relevante haja para comunicar…
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