Na passada quinta-feira falei
aqui da colocação de grades de protecção colocadas na zona fronteira ao Palácio
de Mafra, mesmo à frente das duas torres sineiras, onde se encontram os dois
monumentais carrilhões encomendados pelo rei D. João V, e que são um dos
motivos de atracção deste monumento.
Na altura recebi algumas
mensagens privadas dizendo que o título que usei “Perigo de derrocada?”, era
alarmista e que era apenas uma medida preventiva devido à possível queda de elementos
estruturais, dando como exemplo vidros ou pequenos pedaços de madeira ou pedra
soltos.
Hoje ouvi da boca do Presidente
da Câmara de Mafra, Hélder Silva, durante o Telejornal da noite do canal 1 da
RTP, que há o risco de queda dos sinos, e que esse foi o motivo da criação
desta zona de segurança.
A situação precária dura há 14
anos e as estruturas metálicas que sustentam os sinos já apresentam sinais de
desgaste. A obra já está aprovada, e ao que parece só falta a aprovação do Tribunal
de Contas para se iniciar.
A questão que se coloca a muita
gente é se, na eventualidade de queda dos sinos, estes tenham que cair no
perímetro vedado, ou se devido ao seu enorme peso possam cair na vertical e
assim possam fazer ruir a, ou as torres onde se encontram. Na realidade é
estranho que o monumento continue a estar aberto ao público nestas condições, e
com este risco agora admitido.
Um país sem património cultural é um deserto sem memórias
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