Todos os anos assistimos aos
anúncios eufóricos do aumento das visitas aos museus, palácios e monumentos
portugueses e se os museus apresentam números mais modestos, os palácios sobem
a parada e os monumentos arrasam com números muito superiores.
Sabemos que o aumento do número
de turistas justifica o aumento do número de visitantes do nosso Património,
mas desconhecemos qual o impacto real nas receitas, porque em alguns casos
temos a gratuitidades que podem influenciar mais o aumento das entradas do que
o aumento das receitas obtidas.
Outra incógnita prende-se com o
investimento realizado nestes últimos anos, que podem ou não, estar
relacionados com a atractividade dos diversos serviços. Se no caso do Castelo
de S. Jorge temos bastante publicidade e o benefício da centralidade, e se nos
monumentos de Sintra também temos boa publicidade, investimento elevado em
renovação e conservação, no caso do Património dependente do Ministério da
Cultura é tudo mais opaco e difícil de aferir, serviço a serviço.
O turismo não aumentará sempre e
as crises são sempre imprevisíveis, e em tempos de quebra do turismo serão mais
procurados os serviços mais conhecidos, mais bem cuidados e bem apetrechados.
Em tempos de vacas gordas bem se podia aproveitar o aumento de receitas para
investir em conservação, renovação, e modernização, o que não tem sido claro
nos serviços sob alçada directa do Estado, apesar das promessas eleitorais dos
partidos do governo e da oposição.
As promessas deles, são como as nossos sonhos que todos os anos temos uma lista deles para realizar, e nunca acontecem
ResponderEliminarUm abraço e bom domingo