O ministro Teixeira dos Santos, na sua forma peculiar de falar, disparou contra a oposição de esquerda, devido às críticas contra a garantia de 20 mil milhões de euros concedida pelo Estado a bancos que possam enfrentar dificuldades. Eu não esperava que viesse aplaudir os críticos, mas achei que os termos utilizados “só por cegueira ideológica se pode ver nesta iniciativa uma ajuda aos banqueiros”, um tanto ou quanto excessiva.
Sem defender qualquer ideologia, isto para respeitar a fraseologia do ministro, são muitos os portugueses que esperavam da parte do senhor ministro explicações detalhadas sobre o modo como vai ser controlada esta operação, quais os instrumentos que serão utilizados para fiscalizar a utilização dos dinheiros, e quais as garantias que podem ser accionadas para garantir um bom investimento dos dinheiros dos contribuintes. Em traços gerais estas são as legítimas preocupações dos cidadãos deste país.
Parece-me que sem os esclarecimentos claros e legais por parte do Governo, todas as dúvidas são legítimas. Note-se que qualquer investidor privado ao garantir empréstimos, enquanto fiador ou avalista, impõe naturalmente condições várias e procura garantir uma remuneração adequada, dependente do montante do acordo. Será que as dúvidas sobre as garantias dum negócio, sim porque isto é tipicamente um negócio, podem ser interpretadas como sendo ideológicas?
Já agora, senhor ministro, a tal crise financeira internacional de que fala não terá também, ainda que em parte, a mão de alguns gestores de bancos nacionais que terão investido imprudentemente em fundos estrangeiros de altíssimo risco, transportando para cá os efeitos nefastos da espiral especulativa? É que não me consta que tenham existido demissões em qualquer banco nacional por tais motivos, e isso deixa-me ainda mais preocupado.
Guardião, naturalmente, o ministro ataca quem lhe suscita dúvidas para não ter de explicar bem explicado as tramitações rigorosas que provavelmente não serão tornadas públicas.
ResponderEliminarInteressa ao Governo não exigir rigor e contrapartidas, primeiro porque há imenso gestor e administrador com o rabo entalado nos produtos tóxicos internacionais, vêm aí as eleições e amor com amor se paga; em seguida, e isto é o mais dramático, o discurso do poder nada ns explica porque nos não respeita e não se sente ao nosso serviço, mas sujeitos a uma acéfala aclamação perpétua do povinho.
Triste sina. Arrasar com este primitivismo de fazer política, votando.
Abraço
o ministro faz o papel que lhe está destinado, explicar pouco, pintar o paraíso e culpar os outros.
ResponderEliminarGuardião, gosto muito de te ler. Pouco percebo de economia, de investimentos, de aplicações financeiras mais e menos seguras mas que estou muito céptica quanto ao futuro não tenho quaisquer dúvidas por mais que me tentem explicar e apaziguar.
ResponderEliminarBeijinhos
Olá meu querido Amigo José, adorei o teu texto, não tenho muito tempo para ler jornais, mas por aquilo que vou ouvindo através dos telejornais nacionais e estranjeiros; Digo-te, quem paga a crise são sempre os mesmos, quem menos tem Amigo!...
ResponderEliminarAdoro ler sempre os teus textos, mas há dias que não consigo chegar cá!... Um milhão de beijinhos,
Fernandinha
A rapidez do processo deixou-nos a todos muita apreensão. Sabemos bem as condições impostas pelos ingleses e pelos alemães, o modo como vão ser controlados estes empréstimos estatais, as limitações impostas aos bancos, as restrições a que ficam sujeitos e como vão os respectivos estados entrar na gestão das instituições para garantir tudo isto, mas por cá isso é tabú, ideológico ao que se percebe pelas palavras de Teixeira dos Santos.
ResponderEliminarÉ sintomático.
Lol
AnarKa
O ministro tambem fala de mais e explica pouco
ResponderEliminarSaudações amigas
Teixeira dos Santos cumpriu com o que lhe era exigido!
ResponderEliminarPodemos não gostar, mas é um bom cumpridor.
esses predios parecem muito perigosos!
ResponderEliminarMeu lindo, as palavras do ministro não são para se levar a sério, nem os números que ele apresenta, que de rigor ficámos curados com a outra senhora que azeda o leite, é tudo contabilidade criativa.
ResponderEliminarBonitas fotos e um humor na ponta da arma.
Bjos da Sílvia