A definição de museu é o de uma
instituição permanente sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu
desenvolvimento, aberta ao público, que adquire, conserva, investiga, comunica
e expõe o património material e imaterial da humanidade e do seu meio
envolvente com fins de educação, estudo e deleite.
É por demais evidente que os
nossos museus, palácios e monumentos estão longe de encaixar totalmente na
definição da ICOM, por diversas razões, começando pela centralização das decisões,
pelo excesso de burocracia instalado, e pela escassez de meios económicos,
materiais e humanos.
O maior esforço que se faz nesta
altura é o de manter abertos ao público os diferentes serviços, o que mostra até
onde chega a indigência em que vivem os nossos museus, palácios e monumentos. A
investigação quase que não existe, a comunicação e a informação ao público é na
maioria dos casos muito pobre, os serviços educativos só funcionam onde existe
muita carolice, sendo algumas vezes entregue a pessoal externo, a formação do
pessoal que contacta com o público não existe, e o público não pode disfrutar
plenamente do que é o nosso Património.
Tudo está dependente do tipo de gestão,
começando pelo topo (actualmente o Ministério da Cultura e DGPC), e depois
chega-se aos diversos serviços em que os directores têm as suas
responsabilidades mas sem competências delegadas, e tudo para baixo nesta
pirâmide se ressente.
Vamos discutir outro tipo de
gestão, ou vamos apenas atirar culpas uns aos outros? Estará a tutela preparada
para ouvir todos os profissionais dos museus e discutir as opiniões que têm
para solucionar os problemas que enfrentam?