terça-feira, janeiro 29, 2019

REPENSAR A GESTÃO DO PATRIMÓNIO


A definição de museu é o de uma instituição permanente sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público, que adquire, conserva, investiga, comunica e expõe o património material e imaterial da humanidade e do seu meio envolvente com fins de educação, estudo e deleite.

É por demais evidente que os nossos museus, palácios e monumentos estão longe de encaixar totalmente na definição da ICOM, por diversas razões, começando pela centralização das decisões, pelo excesso de burocracia instalado, e pela escassez de meios económicos, materiais e humanos.

O maior esforço que se faz nesta altura é o de manter abertos ao público os diferentes serviços, o que mostra até onde chega a indigência em que vivem os nossos museus, palácios e monumentos. A investigação quase que não existe, a comunicação e a informação ao público é na maioria dos casos muito pobre, os serviços educativos só funcionam onde existe muita carolice, sendo algumas vezes entregue a pessoal externo, a formação do pessoal que contacta com o público não existe, e o público não pode disfrutar plenamente do que é o nosso Património.

Tudo está dependente do tipo de gestão, começando pelo topo (actualmente o Ministério da Cultura e DGPC), e depois chega-se aos diversos serviços em que os directores têm as suas responsabilidades mas sem competências delegadas, e tudo para baixo nesta pirâmide se ressente.

Vamos discutir outro tipo de gestão, ou vamos apenas atirar culpas uns aos outros? Estará a tutela preparada para ouvir todos os profissionais dos museus e discutir as opiniões que têm para solucionar os problemas que enfrentam?



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