quinta-feira, janeiro 03, 2019

MORDER A LÍNGUA…


Há quem tenha estado em todas na representação do patronato português, se tenha eclipsado e depois tenha reaparecido numa organização manhosa com o nome de Fórum para a competitividade, que é o caso de Pedro Ferraz da Costa.

Não se pede a um ferrenho defensor e representante do patronato que seja imparcial, muito menos em questões de competitividade, pois é óbvio que estará sempre do lado dos empregadores, o que é natural.

Quando este senhor vem dizer que “a semana das 35 horas é uma raridade na União Europeia e no mundo, sendo claramente um luxo de país rico, com actividades muito concentradas nos serviços”, apetece perguntar se a competitividade só se alcança com horários com mais alargados, e já agora, com salários muito baixos, como os que se praticam em Portugal.

Talvez fosse de perguntar a este “especialista” o que diria a um gestor que ganha 160 vezes mais do que os seus trabalhadores, e a todos os gestores que durante os anos de crise se aumentaram, enquanto pediam sacrifícios aos seus subordinados.

Será que Marcelo Rebelo de Sousa ao falar de mais justiça social estava a pensar em Pedro Ferraz da Costa?  



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