O respeito por quem serve o país, é uma característica que define titulares de cargos públicos, e nesse particular devo registar que, em Portugal, só Ramalho Eanes e a sua esposa demonstraram «sempre» o seu respeito pelos mais humildes funcionários públicos, o seu respeito e apreço, e notem que nenhum deles me conhece ou sequer ouviu falar no meu nome.
segunda-feira, março 30, 2015
sábado, março 28, 2015
sexta-feira, março 27, 2015
RENASCER
“Um homem precisa se queimar em
suas próprias chamas para poder renascer das cinzas!”
Friedrich Nietzsche
A vida surpreende-nos com os seus
percalços, que muitas vezes nos interrompem o curso normal da vida,
obrigando-nos a refazer as nossas vidas, alterando aquilo que nos parecia ser o
nosso futuro mais lógico.
A capacidade de nos reinventarmos
é um desafio que temos que aceitar, porque não adianta chorar sobre o leite
derramado. A alternativa é a depressão e o sentimento permanente de derrota que
nos pode incapacitar qualquer tipo de reacção.
Isto vem a propósito de
acontecimentos recentes, como aquele do piloto que poderá ter mandado um avião
com 150 pessoas de encontro a uma montanha.
quarta-feira, março 25, 2015
SOBRE UM POEMA
Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne,
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.
Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
os rios, a grande paz exterior das coisas,
as folhas dormindo o silêncio,
as sementes à beira do vento,
- a hora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.
E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as órbitas, a face amorfa das paredes,
a miséria dos minutos,
a força sustida das coisas,
a redonda e livre harmonia do mundo.
- Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.
- E o poema faz-se contra o tempo e a carne.
Herberto Helder
na confusão da carne,
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.
Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
os rios, a grande paz exterior das coisas,
as folhas dormindo o silêncio,
as sementes à beira do vento,
- a hora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.
E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as órbitas, a face amorfa das paredes,
a miséria dos minutos,
a força sustida das coisas,
a redonda e livre harmonia do mundo.
- Em baixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.
- E o poema faz-se contra o tempo e a carne.
Herberto Helder
terça-feira, março 24, 2015
MUSEU DOS COCHES
Em Portugal já se conheceram
muitos políticos deslumbrados, e quase todos estiveram envolvidos em projectos
megalómanos, que custam os olhos da cara e que nunca se sustentarão a si
próprios.
Quando falamos de equipamentos
culturais, e fizeram-se alguns nos últimos 20 anos, as coisas tomam aspectos
que roçam a tragédia, isto apesar do que vemos na imprensa, que nunca
contabiliza apenas receitas e custos, como deve ser. Em boa verdade há uma
honrosa excepção, que é o Oceanário de Lisboa, que serve para confirmar a
regra.
Isto tudo vem a propósito do novo
Museu dos Coches, que terá enormes custos de manutenção do edifício, que
obrigariam a ter quase um milhão de visitas pagantes/ano para cobrir os custos
de funcionamento, o que dificilmente acontecerá nos próximos 5 anos.
A vaidade de muitos governantes é
um fardo que todos suportaremos com os impostos que nos vão sufocando. O novo museu foi um erro, e não há como voltar atrás.
domingo, março 22, 2015
sexta-feira, março 20, 2015
quarta-feira, março 18, 2015
terça-feira, março 17, 2015
CIDADANIA
É frequente ouvir da boca de
muitos cidadãos que o governo em funções não presta, que não sabe o que anda a
fazer, ou que apenas defende os interesses de uns quantos prejudicando os
restantes.
Por norma, quase metade dos que
refilam em privado, ou em conversas de café, são os mesmos que não votam,
argumentando que não vale a pena ou que se estão lixando para a política.
Também é verdade que grande parte dos que abdicam do seu direito de votar,
também se recusam a integrar manifestações de protesto, ou a fazer uma greve.
Se os cidadãos querem ser
consequentes, quando reclamam das acções dos eleitos, então também têm que
exercer os seus direitos, fazendo ouvir a sua voz e manifestando nas urnas o
que pensam que seria melhor para eles e para o país.
Pensamento:
“O mundo não está ameaçado pelas
pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade.”
Albert Einstein
domingo, março 15, 2015
CHICO ESPERTISMO ALEMÃO
A Alemanha tem sido “vendida”
como um país onde se cumprem as leis, onde todos têm um grande espírito cívico
e o respeito pela dignidade humana é uma regra absoluta.
Ao contrário do que nos andaram a
“vender”, lá como cá, existem muitos empresários que não passam de chicos
espertos, que aproveitam todas as oportunidades possíveis e imaginárias, para
fintar as leis e explorar o seu semelhante, o máximo possível.
Um dos títulos que me chamou a
atenção no sábado, foi o que dizia que “empresas alemãs estão a arranjar formas
criativas de fintar salário mínimo”.
Para os que reverenciam o
espírito teutónico, onde não me incluo, digo que na Alemanha há matadouros a
cobrar a utilização das facas aos empregados, há quem ofereça talões de descontos
em solários, outros a cobrar por fardas que são obrigatórias no trabalho, e até
pagamentos parciais em pão feitos a padeiros, em vez de dinheiro.
O país das virtudes para Passos
Coelho e Maria Luís Albuquerque, entre outros, afinal também é fértil em chicos
espertos, bastante mais criativos do que os portugueses. Espera-se que os
nossos empresários não sigam o exemplo execrável dos conterrâneos da Merkel.
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