sexta-feira, março 06, 2015

INADMISSÍVEL



Um político honesto, e digo propositadamente político, não pode ser relapso e depois pretender justificar-se com erros da administração, esquecimento ou desconhecimento. É claro que fica bem a qualquer pessoa reconhecer os seus erros, mas Passos Coelho não é uma pessoa qualquer, e só reconhece os seus erros no que se refere a obrigações de cidadania.

Não se pede a nenhum político que seja perfeito, longe disso, mas a política é um exercício de cidadania, e nesse campo exige-se ao político que seja cumpridor. Como poderá um político que não cumpre as suas obrigações para com a sociedade, ter moral para exigir isso a outrem ou até fazer discursos moralistas sobre os incumpridores?

As desculpas de Passos Coelho para as suas trapalhadas sobre a Tecnoforma, sobre os atrasos nas obrigações fiscais, e agora sobre os descontos para a Segurança Social, levam-me à velha frase: «Bem prega frei Tomás, faz o que ele diz e não o que ele faz».



3 comentários:

  1. A questão é ainda mais séria. O que aconteceria se um jornal não tivesse publicado a dívida de Passos Coelho? Como ele não se lembrava(não guardava na memória, como diria o Zeinal Bava)nem o Fisco lhe disse nada e deixou prescrever a dívida (o que nunca acontece com o comum dos contribuintes),o que ocorreria era que o cidadão Passos Coelho metia ao bolso umas massas e os cumpidores ficavam numa evidente situação de desigualdade.
    Claro é que foi o jornalista que descobriu e publicou a situação fiscal do PM que o tramou. Lá tenho eu de ir pagar a dívida prescrita para calar as bocas. - Ora, porra, Laura! Os tipos já me lixaram! (diálogo imaginado)

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  2. Tanto é o espaço em Évora

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  3. ULTIMA HORA

    http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=4438995

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