Um político honesto, e digo
propositadamente político, não pode ser relapso e depois pretender
justificar-se com erros da administração, esquecimento ou desconhecimento. É
claro que fica bem a qualquer pessoa reconhecer os seus erros, mas Passos
Coelho não é uma pessoa qualquer, e só reconhece os seus erros no que se refere
a obrigações de cidadania.
Não se pede a nenhum político que
seja perfeito, longe disso, mas a política é um exercício de cidadania, e nesse
campo exige-se ao político que seja cumpridor. Como poderá um político que não
cumpre as suas obrigações para com a sociedade, ter moral para exigir isso a
outrem ou até fazer discursos moralistas sobre os incumpridores?
As desculpas de Passos Coelho
para as suas trapalhadas sobre a Tecnoforma, sobre os atrasos nas obrigações
fiscais, e agora sobre os descontos para a Segurança Social, levam-me à velha
frase: «Bem prega frei Tomás, faz o que ele diz e não o que ele faz».
A questão é ainda mais séria. O que aconteceria se um jornal não tivesse publicado a dívida de Passos Coelho? Como ele não se lembrava(não guardava na memória, como diria o Zeinal Bava)nem o Fisco lhe disse nada e deixou prescrever a dívida (o que nunca acontece com o comum dos contribuintes),o que ocorreria era que o cidadão Passos Coelho metia ao bolso umas massas e os cumpidores ficavam numa evidente situação de desigualdade.
ResponderEliminarClaro é que foi o jornalista que descobriu e publicou a situação fiscal do PM que o tramou. Lá tenho eu de ir pagar a dívida prescrita para calar as bocas. - Ora, porra, Laura! Os tipos já me lixaram! (diálogo imaginado)
Tanto é o espaço em Évora
ResponderEliminarULTIMA HORA
ResponderEliminarhttp://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=4438995