Veio agora a saber-se, que Teixeira dos Santos afirma que a “avaliação na administração pública incidirá prioritariamente nas chefias e na produtividade dos serviços e só depois nos funcionários de base”. O princípio está correcto mas suscita algumas questões pertinentes.
Quem avalia as chefias, os mesmos que as nomearam? Os objectivos definidos pela tutela serão proporcionais aos meios postos à disposição dos serviços?
Esta metodologia apresentada apresenta algumas virtudes, mas também pode ser desvirtuada como já ouvi contar num caso bem recente. Um chefe ao receber a sua avaliação deste ano, que era um Bom, discutiu com o avaliador sobre o (não) cumprimento total dos objectivos definidos. Às falhas em quantidade de serviço, argumentou com a conjuntura económica, já nas verbas arrecadadas que estavam conforme os objectivos realçou a sua boa gestão e para a qualidade em queda, lançou mão das fracas habilitações académicas e profissionais dos seus subordinados.
Não ficou por aqui este caso, pois como tarefas científicas ou de investigação, apresentou trabalhos e estudos que nunca apoiou, feitos e desenvolvidos por subordinados, uns que até já nem sequer lá trabalham, outros que sairão antes do Verão e outro que permanece mas com funções noutra área, tendo colaborado apenas por gosto pessoal.
Como se depreende por este caso, o que é bom trabalho desenvolvido pelo serviço é facilmente apropriado pelas chefias, já o que não corre de feição é devido à conjuntura e à fraca qualidade dos funcionários de base, que receberão portanto avaliações arrasadoras.
Sei que há bons chefes e que muitos aceitam as suas responsabilidades ou reconhecem as carências de meios que inviabilizam alguns resultados, mas restam sempre os outros. Por este motivo se pudesse propunha que antes de ser feita a avaliação dos funcionários de base, fosse conhecida a avaliação global do serviço para que estes tenham hipóteses de contestar eventuais avaliações que considerem injustas.
PS – Para que conste, o referido chefe conseguiu subir para Muito Bom a sua avaliação.
Quem avalia as chefias, os mesmos que as nomearam? Os objectivos definidos pela tutela serão proporcionais aos meios postos à disposição dos serviços?
Esta metodologia apresentada apresenta algumas virtudes, mas também pode ser desvirtuada como já ouvi contar num caso bem recente. Um chefe ao receber a sua avaliação deste ano, que era um Bom, discutiu com o avaliador sobre o (não) cumprimento total dos objectivos definidos. Às falhas em quantidade de serviço, argumentou com a conjuntura económica, já nas verbas arrecadadas que estavam conforme os objectivos realçou a sua boa gestão e para a qualidade em queda, lançou mão das fracas habilitações académicas e profissionais dos seus subordinados.
Não ficou por aqui este caso, pois como tarefas científicas ou de investigação, apresentou trabalhos e estudos que nunca apoiou, feitos e desenvolvidos por subordinados, uns que até já nem sequer lá trabalham, outros que sairão antes do Verão e outro que permanece mas com funções noutra área, tendo colaborado apenas por gosto pessoal.
Como se depreende por este caso, o que é bom trabalho desenvolvido pelo serviço é facilmente apropriado pelas chefias, já o que não corre de feição é devido à conjuntura e à fraca qualidade dos funcionários de base, que receberão portanto avaliações arrasadoras.
Sei que há bons chefes e que muitos aceitam as suas responsabilidades ou reconhecem as carências de meios que inviabilizam alguns resultados, mas restam sempre os outros. Por este motivo se pudesse propunha que antes de ser feita a avaliação dos funcionários de base, fosse conhecida a avaliação global do serviço para que estes tenham hipóteses de contestar eventuais avaliações que considerem injustas.
PS – Para que conste, o referido chefe conseguiu subir para Muito Bom a sua avaliação.
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Humor Internacional
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Quando o mar bate na rocha ..., conheces? É isso mesmo.
ResponderEliminarEle há chefes assim! Conheço alguns, infelizmente. Talvez seja por isso que só consigo subir por concurso, coisa que parece ter caído em desuso.
ResponderEliminarAbraço
O chefe é o maior! O chefe não erra, não se engana, raramente tem dúvidas e se algo corre mal é porque os subordinados são incompetentes ou estão deliberadamente a sabotar-lhe o trabalho.
ResponderEliminarQuerias saber a avaliação que davam ao teu serviço e portanto como tinham avaliado a tua chefia? Tira o cavalinho da chuva, isso é confidencial, pois então.