quinta-feira, dezembro 29, 2005
sexta-feira, dezembro 23, 2005
VERGONHOSO
Desde há algum tempo que alguns de nós vinham a fazer notar que o dia 24 de Dezembro de 2005 coincidia com um sábado, o que fazia prever que o governo, nomeadamente o Ministério da Cultura, se esqueceria de que havia quem trabalhasse aos sábados. Como medida de precaução foi comunicado ao representante do ministério, numa reunião pedida pelo sindicato no começo do mês de Dezembro, o desejo dos trabalhadores tendo em conta que os mesmos esperavam que pelo menos no Natal tivessem oportunidade de estar com as suas famílias, tantas vezes espalhadas pelo país.
A falta de sensibilidade, o autismo perante os pedidos e a arrogância de ter deixado a comunicação para a manhã de dia 23, de que não sería dada a véspera de Natal mas apenas a segunda-feira dia 26, dia em que a maior parte dos serviços está normalmente encerrado, foi a gota de água que faltava para que os trabalhadores atingidos se tenham sentido desprezados por quem devia saber o que estava em causa.
É previsível que a consequência desta atitude desastrada venha a ser a radicalização da posição dos trabalhadores que tendo muitas razões de queixa ainda mostravam disponibilidade para o diálogo com a tutela.
A decisão hoje comunicada é simplesmente vergonhosa, só nos resta acrescentar o ditado popular: “Quem semeia ventos arrisca-se a colher tempestades”.
terça-feira, dezembro 20, 2005
ATENÇÃO
Como é evidente estamos a referir-nos, apenas e só, aos guardas de museu e aos vigilantes-recepcionistas, os únicos que apesar de não terem sequer oficializados horários de trabalho, têm a obrigação de trabalhar sábados, domingos, tolerâncias de ponto e a grande maioria dos feriados. Neste particular, devemos frisar que não é indiferente o facto da véspera de Natal calhar num sábado, dia que por não ser coincidente com um dia normal de trabalho, o que leva a que o governo se tenha lembrado de conceder o dia 26, a alguns pelo menos por enquanto, olvidando os que trabalham normalmente aos sábados.
Não se trata, neste caso, de querer apenas mais uma folga mas sim de poder compensar com a nossa presença as nossas famílias, o que durante o resto do ano não nos é possível por imposição do dever. Ainda há tempo para se fazer justiça, assim haja vontade !
sábado, dezembro 17, 2005
quarta-feira, dezembro 14, 2005
UM MAU COMEÇO
Confrontados com esta situação, foi manifestado o natural desagrado. Da parte do representante do ministério apenas houve o anúncio de diligências não especificadas quanto ao problema dos avençados do IPA.
A postura dos representantes dos trabalhadores, apesar da insatisfação conhecida e patenteada neste sector, foi a de voltar a apresentar os problemas existentes e descrever o impacto negativo que causam, e porquê. O benefício da dúvida dado na Páscoa de 2005 e agora, perante a falta de respostas ou até de análise das questões, esgota o crédito que razoável dar-se a um qualquer novo ministro.
Ficou adiada uma nova reunião, mais produtiva esperamos, para o começo de 2006 que é aguardada com expectativa redobrada.
O primeiro teste para o ministério é aguardado ainda este ano, com a esperada dispensa de trabalho na véspera de Natal, que possa permitir uma verdadeira festa de família aos vigilantes-recepcionistas. Aguardam-se notícias nos próximos dias...
sexta-feira, dezembro 09, 2005
terça-feira, dezembro 06, 2005
QUEM ME CLASSIFICA, E COMO ?
O “monstro”, apelido de função pública, é filho de pai desconhecido e certamente de mãe com má reputação, apesar dos imensos boys and girls com filiação (partidária) bem conhecida que pululam um pouco por todo o lado.
A avaliação, que é apontada como virtuosa e incentivadora, é a promessa não cumprida e propositadamente adiada, da qual não há recurso viável, portanto (in)justa e sujeita a cotas de valores determinados por decreto.
O aumento da produtividade é o objectivo (?) que se pretende atingir com medidas desta natureza, produto da capacidade e competência (?) da classe política que temos e que elegemos para nos governar.Descrente e desiludido da prática duma classe política medíocre resta-me continuar a introduzir nas urnas votos brancos como já venho fazendo há mais de quinze anos.
sábado, dezembro 03, 2005
A ESTUPIDEZ
Quem siga de perto a situação, sabe perfeitamente que mesmo e apesar deste congelamento o número de pessoas que estão em empregos públicos, tem vindo a subir pela mão dos diversos governos que vão colocando em postos de diversos níveis os seus “boys and girls” . Quem precisava de provas sobre a inutilidade da medida (o congelamento) pode constatar a realidade com uma simples consulta dos Diários da República.
A situação é agora mais grave do que há alguns anos porque é patente a falta de pessoal em grande parte dos sectores mas pululam pelos corredores ministeriais inúmeros chefes, acessores, consultores, secretários, etc, que ninguém percebe quais são as funções e responsabilidades.
Tenho para mim que a razão da afirmação da ex-ministra, nunca o admitirá certamente, é que considerou que a avidez dos aparelhos partidários era, e é, incontrolável e que a única forma de minimizar os estragos era restringir ao máximo novas admissões, mesmo que justificáveis e por via de concurso.
Hoje temos o problema da quase paralisação de serviços, ou de sectores, por falta de funcionários, mas também temos os responsáveis pela situação a sacudirem a água do capote, como se o caos existente e o desperdício de dinheiros, tenha acontecido por obra e graça de algo ou alguém que não os governantes de ontem e de hoje.
quarta-feira, novembro 30, 2005
domingo, novembro 27, 2005
A PAZ PODRE
Os trabalhadores deste sector da Cultura souberam, apesar de terem muitas razões para protestar, deixar passar os momentos de turbulência política e da indefinição das chefias e das mudanças na tutela, para exigirem a atenção e o diálogo com o Ministério da Cultura. Os problemas existem e são necessárias mudanças, contudo agora ninguém pode culpar os trabalhadores e os sindicatos pela situação em que nos encontramos.
Há prioridades nas reivindicações, começando pelos horários dos guardas de museu e vigilantes-recepcionistas, passando pelos quadros do pessoal dos serviços, pela formação profissional, pela correcção das injustiças criadas pela última revisão das carreiras e até pela questão dos fardamentos e dos atrasos nos pagamentos do trabalho extraordinário. Estas questões são antigas, já foram muito debatidas mas os diferentes titulares da pasta da Cultura demonstraram sempre ser incapazes de fazer avançar o processo, por manifesta falta de peso político dentro dos diversos governos.
O ano de 2006 vai concerteza ser muito diferente, se nada for feito, e ainda há algum tempo para se evitarem greves e outro tipo de contestação que já começa a ser sugerida.
quarta-feira, novembro 23, 2005
terça-feira, novembro 22, 2005
sexta-feira, novembro 18, 2005
terça-feira, novembro 15, 2005
domingo, novembro 13, 2005
sexta-feira, novembro 04, 2005
COMEÇAR PELO TELHADO
Isto vem a propósito dum despacho da Lusa e da notícia do DN de 4 de Novembro, onde foi divulgada a intenção de admitir cerca de 230 professores por um prazo de 1 ano, com possível integração nos quadros do Ministério da Cultura. A ideia não é inteiramente descabida nem suscita, em princípio qualquer contestação, pelo menos da minha parte, mas fica-me uma dúvida sobre aquilo que a ministra parece não ter dito, atendendo às notícias publicadas.
Há muitos anos que o Ministério da Cultura tem vindo a dizer aos trabalhadores que, apesar da reconhecida falta de pessoal na área da vigilância, nada podia fazer no que toca à admissão de pessoal desta categoria para os quadros, por motivos orçamentais levantados pelo Ministério das Finanças e também devido ao congelamento imposto pelo(s) governo(s). Então agora já não existem estas condicionantes apesar dos despachos só serem apresentados pelos titulares da Cultura e Educação ?
É intrigante que, começando pelo telhado, se vá apostar nos serviços educativos sem estar assegurada a abertura dos serviços, tarefa desempenhada pelos vigilantes-recepcionistas. Curioso também é o número de professores adiantado, que é sensivelmente igual ao de vigilantes que neste momento estão contratados a termo certo para poder ser possível manter os serviços abertos.
Não há quem entenda as prioridades da senhora ministra da Cultura, as que saem nos jornais pelo menos, porque ainda não houve da sua parte disponibilidade para receber os representantes dos trabalhadores.
quarta-feira, novembro 02, 2005
terça-feira, novembro 01, 2005
1755 - TERRAMOTO E PATRIMÓNIO
Passados 250 anos relembra-se o desastre e as perdas humanas mas não se ouve uma palavra sobre os danos no património que chegou até aos nossos dias. O raro exemplo, mostrado com insistência nesta data, é o Convento do Carmo.
Poucos sabem, e quase ninguém o diz, mas muitos outros monumentos que conhecemos sofreram estragos consideráveis por causa do terramoto de 1755. Ainda que se fale geralmente no terramoto de Lisboa ele fez-se sentir numa área muito vasta e causou danos bem longe da capital.
Fala-se bastante da destruição do Paço da Ribeira, pouco se ouve sobre os monumentos de Belém, mas nada se diz sobre danos no Palácio de Sintra, no Mosteiro de Alcobaça e no da Batalha, para só citar alguns. Conhecem-se vagas referências a danos nos tectos do Palácio de Sintra, fala-se na possível queda duma torre onde estaríam situados os aposentos de D. João I e também há quem tente imaginar como sería a Capela do Fundador (Mosteiro da Batalha) antes do lanternim que hoje conhecemos.
Perante estas e outras evidências mais ou menos fundamentadas surge a pergunta, porque é que não se conhecem estudos sobre os danos causados no património que ainda podemos visitar ? A investigação e a sua posterior divulgação não são realidades nem prioridades pelo que se pode constatar.
segunda-feira, outubro 31, 2005
quinta-feira, outubro 27, 2005
segunda-feira, outubro 24, 2005
O TIRO AO LADO
O tiro ao lado que eu reitero é na identificação dos males de que padece a economia nacional que se prendem com a falta de organização e planeamento, com a estabilidade de políticas económicas e fiscais e com a dependência excessiva dos privados em relação ao Estado.
No sector privado o objectivo primordial é o lucro e a expansão do negócio, sem margem para dúvidas, mas muitos teimam em apostar mais no custo do trabalho do que na inovação na qualidade e na incorporação de valor ao produto final. Esta aposta está esgotada, mesmo assim há quem brade aos céus pelo congelamento de salários e acene com valores do PIB, irrisórios claro está, fingindo desconhecer a enormidade da economia paralela e da fraude fiscal que permite que haja grandes fortunas que alegremente se passeiam impunemente por paraísos fiscais.
A economia não tem de ser uma ciência oculta, pode muito bem ser comparada a um edifício que se quer restaurar. Começamos por arranjar o telhado (altas chefias e outras elites), depois verificam-se as estruturas eléctricas, canalizações e esgotos (racionalizar meios físicos, humanos e materiais), só depois é que se parte para os acabamentos e a decoração. Tudo será mais fácil se houver ponderação, planeamento e organização.
Construir é de baixo para cima, reestruturar é de cima para baixo. As elites são o maior grupo de interesses e o mais poderoso, basta abrir-mos os olhos.
quinta-feira, outubro 20, 2005
quarta-feira, outubro 19, 2005
sexta-feira, outubro 14, 2005
sexta-feira, outubro 07, 2005
quarta-feira, outubro 05, 2005
QUESTÕES DE ESTRATÉGIA
Na revista Actual de 1 de Outubro vem a notícia segundo a qual o MC está interessado na recuperação de Monserrate. Em princípio ninguém terá objecções, até porque se trata de um monumento classificado e integrado numa zona de Património Mundial, mas o caso complica-se com a administração do imóvel que está a cargo da sociedade anónima (e não empresa municipal) Parques de Sintra Monte da Lua. Relembro que esta sociedade explora uma vasta área da Serra de Sintra e arrecada as entradas do Parque e do Palácio da Pena, Castelo dos Mouros, Convento dos Capuchos e do Parque e Palácio de Monserrate.
É aqui que começamos a estranhar a notícia, porque a dita sociedade deve uma verba enorme ao IPPAR referente à participação do mesmo na sociedade, e outros fornecedores, havendo até quem tenha afirmado que está tecnicamente falida.
Será que a senhora ministra pretende avançar neste sentido sem reequacionar a participação do IPPAR na sociedade ? Se a notícia é verdadeira, pergunto se é justo continuar a pedir apertos de cinto no IPPAR, nomeadamente aos trabalhadores, e continuar a investir no Monte da Lua que continua a não cumprir as suas obrigações.
O MC começa a ficar enredado nas teias duma sociedade que se rege pelo direito privado e se vai sobrepondo ao interesse público, que alegremente o vai financiando. Não haverá outros monumentos geradores de receitas para os cofres do Estado que estejam em condições de beneficiar do referido mecenato ?
terça-feira, outubro 04, 2005
DETESTO INCOMPETENTES
Não discuto a importância da formação, pelo contrários bato-me por ela, mas distingo a formação académica da formação específica num determinado sector. A habilitação académica dá-nos as ferramentas necessárias para poder-mos evoluir e encontrar respostas nas áreas que escolhemos, contudo, quando não existe a prática e actualização perde-se uma grande parte da sua utilidade.
Nos nossos dias, o sistema, ou melhor a nossa sociedade, está a “produzir” muitos indivíduos com cursos superiores que escudados por “canudos” e com algumas “cunhas” à mistura vão ocupando lugares de chefia sem terem que demonstrar qualidades para as funções.
A produtividade e a competitividade, em Portugal, ressentem-se muito mais da fraca qualidade e de visão das chefias do que da capacidade produtiva dos trabalhadores. Esta é a explicação lógica para o facto dos portugueses serem bons trabalhadores além fronteiras e de, pelo contrário, serem considerados pouco produtivos no solo pátrio. Há outras razões como o estímulo salarial e outros factores ligados com a protecção na doença, no desemprego, etc.
A pirâmide da responsabilidade, neste país, está invariavelmente invertida, responsabilizando-se sempre “o mais pequenino” pelos insucessos e glorificando-se as chefias pelo sucesso.
Isto é verdade no Estado, mas também se verifica em muitas empresas, para mal de todos nós.
Canudos não significam forçosamente competência, nem o seu contrário, o trabalho é que qualifica as pessoas, mesmo as menos ilustradas.
segunda-feira, setembro 26, 2005
sábado, setembro 24, 2005
quarta-feira, setembro 21, 2005
segunda-feira, setembro 19, 2005
terça-feira, setembro 13, 2005
AGORA PERCEBEMOS
Prezamos muito a liberdade de expressão, o que também permite que pessoas como o senhor Ludgero Marques possam proferir dislates daquela natureza. Independentemente de poderem ser consideradas ofensivas as suas declarações, revelam a sua ignorância sobre a lei e sobre o sector, além de dias depois ter deixado caír o véu sobre uma outra situação muito interessante.
Nos últimos dias esteve em Portugal um príncipe saudita que veio expressamente desenvolver o intercâmbio cultural entre os dois países, e aproveitou a ocasião para promover uma exposição de pinturas da sua autoria num palácio de Sintra. Não saberá o presidente da AEP que durante a estadia do príncipe, houve funcionários públicos e outros agentes, que efectuaram trabalho extraordinário para o Estado português sem receberem um único euro, situação que até nem é “virgem”, mesmo sabendo à partida que assim seria por falta de verbas da tutela envolvida. O desafio que fazemos depois de ler-mos a comunicação social de 13/9 é para que o senhor Ludgero Marques venha agora afirmar que a sua disposição em participar na missão empresarial que vai visitar a Arábia Saudita também será paga do seu bolso, não representando qualquer encargo para o Estado, demonstrando deste modo que não anda a brincar (passear) com o dinheiro dos contribuintes.Pregar a moral obriga os honestos à sua prática
sexta-feira, setembro 09, 2005
A QUEDA DE MÁSCARAS
Nos nossos dias começam a revelar-se pública e descaradamente discursos e comentários que eram normais na década de 60 do século passado. Há algumas diferenças de forma, imaginativas reconheço, mas que procuram atingir os mesmos objectivos. Uma diferença notável é a expressão “defesa de interesses corporativos” que no passado não era sequer imaginável, já que o termo corporação estava “colado” aos interesses económicos, leia-se grande patronato, ao contrário do que se ouve no presente, em que é associado aos trabalhadores.
Também no léxico político há assinalar diferenças substanciais, já que não se fala hoje na exploração do homem pelo homem, pelo contrário, até se tolera que haja trabalho extraordinário não remunerado e não se critique, politicamente e socialmente quem advoga publicamente estas práticas.
A nossa democracia começa a apresentar sintomas negativos ao deixar alastrar a corrupção, dizem-no instâncias internacionais. Ao ignorar insultos aos funcionários públicos, militares e forças de segurança, feitos publicamente e reproduzidos na comunicação social, acusando-os de serem sanguessugas, parasitas e de andarem a brincar com o dinheiro dos contribuintes, como se eles tivessem o poder legislativo e decisório nas suas mãos, além de serem muito naturalmente os contribuintes mais cumpridores até por força das circunstâncias.
Na fase actual já todos compreenderam que o governo decide primeiro e só depois está disposto a dialogar com os sindicatos, afirmando taxativamente que não vai alterar a sua decisão, pretendendo (?) assim cumprir a lei da negociação.
Podem-se comprar alguns, podem-se iludir muitos com promessas, mas não é possível enganar a todos. A consciência cívica e a oposição às tentativas de silenciamento vão continuar mas “o antigamente” não voltará, por muito que alguns o tentem.
sexta-feira, setembro 02, 2005
PATRIMÓNIO MUNDIAL ?
A primeira paragem foi na Piriquita para tomar o pequeno almoço e logo apareceu um motivo de reparo, o mau cheiro saído das sarjetas. Foi um mau começo atendendo a que os travesseiros estavam óptimos.
A paragem seguinte foi no Parque da Pena, e nova desilusão, confirma-se que para visitar o Palácio também é obrigatório pagar o Parque, que está uma perfeita miséria, basta andar um pouco para além do caminho que conduz ao Palácio para verificar o abandono a que está votado o dito parque.
Seguiu-se o Convento dos Capuchos, e também aqui é patente a degradação para quem está habituado a ver obras. O que se disse que foi reparado foi apenas atamancado para enganar os olhos.
Como nos fora sugerido por um sintrense seguimos o nosso mapa em direcção à Tapada do Mouco, tentando verificar os preparativos do tal reality show da TVI, e eis que quando estava-mos no local que nos tinham indicado, fomos instados a voltar para traz porque, informaram-nos, o caminho estava interdito por motivo de obras. Claro que me lembrei do facto de estar num Parque Natural que até está classificado como Património Mundial, mas não me pareceu que o indivíduo estivesse sensível ao facto, nem eu estava para me aborrecer em férias.
Recuei e dirigi-me a Monserrate para ver o que já temia, obras de fachada e um Parque em mau estado, embora melhor que o da Pena.
Por tanta decepção junta, apesar dos avisos dum colega que me tinha alertado para o caso, ficou-me a vontade de felicitar os tais Montes da Lua, a Câmara de Sintra e o IPPAR, na pessoa dos seus responsáveis, pelo péssimo trabalho que merece ser divulgado como um exemplo a evitar.Já agora, as tais contrapartidas que a TVI, ou a Endemol vão dar pelo incómodo e eventuais estragos causados a pessoas e à natureza, vão ser divulgados publicamente ? É o mínimo que um cidadão contribuinte pode pedir.
terça-feira, agosto 30, 2005
AINDA NÃO ESCLARECIDO
Agora ficou-se a saber que os governantes e os gestores públicos não fazem parte da tal lista de 995 aposentados/reformados que acumulam vencimento com reforma, salvo a notável excepção do presidente do Governo da Região Autónoma da Madeira. Restam portanto 994 pessoas na tal lista das finanças que continuamos sem saber quem são ou que tipo de carreiras ocupam.
Exactamente como antes, continuamos sem concordar com o título de capa do DN de 29 de Agosto. É da mais elementar regra de justiça que os leitores deste jornal saibam toda a verdade sobre este caso. Estamos plenamente convencidos de que, com as regras actualmente existentes, é mais do que improvável que existam verdadeiros funcionários públicos na situação de acumulação de vencimento e reforma, a menos que alguma dessas duas situações decorra de nomeação ou indicação política.
Interessante, e talvez muito elucidativo, sería saber-se quantos titulares (ou ex) de cargos públicos, políticos e gestores, acumulam neste momento vencimentos com reformas. A menos que os factos me venham a desmentir, continuarei a pensar que títulos e notícias deste teor, só se explicam enquanto integradas numa campanha destinada a justificar as medidas anunciadas pelo governo, não sendo portanto verdadeiro jornalismo.
segunda-feira, agosto 29, 2005
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS ?
Os “felizardos” que até nem serão abrangidos pelas novas regras afinal serão gestores e políticos. Pergunto-me se gestores e políticos são considerados funcionários públicos ? Acredito que sejam beneficiários da C.G.A. , não o entendo muito sinceramente, mas que eu saiba não são funcionários públicos, já que não são recrutados do mesmo modo, não têm o mesmo estatuto nem se enquadram no mesmo sistema remuneratório. Talvez sejam os tais que beneficiam, ou beneficiaram, das regalias que diziam que os funcionários públicos tinham.
Restam os técnicos que depois de reformados recebem quantias por serviços prestados, mas aqui a jornalista desconhecia (?) que não podiam descontar para a C.G.A. enquanto prestadores de serviços.
Visto tudo isto, eu que até nem tenho a mania da perseguição, pergunto se a notícia, e especialmente o seu título em destaque de primeira página, não se insere numa campanha vergonhosa para denegrir a imagem do funcionalismo público.
Chamemos os bois pelo seu nome: se há quem usufrua de privilégios, é responsabilidade dum jornalista identificar claramente a situação e os beneficiados. O jornalismo português abdicando da objectividade não serve a verdade, antes lança a confusão especialmente naqueles que se limitam a ler os títulos nas bancas dos jornais.
domingo, agosto 28, 2005
A APOSTA
Os maiores problemas que enfrentamos para aumentar a produtividade estão exactamente no campo das classes dirigentes, empresariais e políticas. Os portugueses já não são facilmente iludidos com os discursos dos políticos e dos analistas que teimam em atira as culpas para os trabalhadores.
O investimento prioritário devia ser no capital humano, na educação e na formação, se queremos de facto melhorar os índices de produtividade. Também é necessário modernizar as empresas e serviços, sem esquecer que o desempenho será tão bom quanto melhor for a organização e a competência de quem dirige.O mérito, que alguns querem avaliar, depende muito dos objectivos traçados e dos instrumentos dados para os atingir.
quarta-feira, agosto 24, 2005
O PLANO TECNOLÓGICO
O panorama destas instituições é confrangedor na divulgação e informação apoiadas nas novas tecnologias. O IPPAR é um exemplo da falta de informação disponibilizada na internet e o IPM, apesar de já ter feito um esforço nesse sentido, ainda não consegue que os serviços dependentes forneçam directamente informações para além do que se pode aceder por via da Matriz.
No plano da divulgação faltam, em ambos os casos, informações básicas de cada museu ou monumento. Para apoio de estudantes e outros falta informação complementar e um apoio célere e verdadeiramente esclarecedor.
Numa ronda breve por diversos serviços pudemos verificar que não há material multimédia disponível, nem sequer para venda. Como é que os deficientes motores podem vir a conhecer o Convento de Mafra, o Palácio da Pena ou o Palácio de Sintra, para só citar alguns, sem meios audiovisuais ?
Ficámos no entanto a conhecer funcionários interessados em receber formação nesta área, e com vontade de fazer algo neste sentido, parece que só falta mesmo a formação que não é disponibilizada pelo Ministério da Cultura.O mecenato pode ser uma solução, quer a nível de formação quer na ajuda especializada que obviamente será necessária. O plano tecnológico afinal ainda não chegou aos museus, palácios e monumentos.
segunda-feira, agosto 22, 2005
MAIS CORTES NA CULTURA
Os cortes neste sector só podem ser considerados como poupança de tostões, tão baixo é o orçamento a ele destinado, que servirá apenas para piorar uma situação reconhecidamente grave. Sabemos que há fornecedores com pagamentos muito atrasados, funcionários que têm abonos e trabalho extraordinário em atraso e serviços com graves faltas de material.
Parece que se aplica aqui a frase “Os Deuses devem estar loucos” com a devida adaptação aos nossos governantes.
Sem demagogia, podemos afirmar que os cortes na Cultura não chegam sequer para pagar, as indemnizações às chefias demitidas antes do final dos mandatos, as pensões vitalícias de políticos ainda no activo e os subsídios escandalosos de reinserção e de renda de casa de que vamos tomando conhecimento pela comunicação social.
sexta-feira, agosto 19, 2005
LIBERALISMOS
A única garantia, para os cidadãos, de regulação do mercado só pode ser a acção fiscalizadora do Estado. Aqui surge de imediato a relutância dos economistas e dos grandes grupos económicos que arremessam com a burocracia e o peso do Estado, como se isso não fosse apenas um problema de adequação das leis, dos processos e organização.
A bandeira do liberalismo não colhe porque os exemplos que há são muito maus. Nos medicamentos começa-se a perceber o reflexo que a medida vai ter para os contribuintes com os cortes nas comparticipações dos mesmos. Nos combustíveis até já um ministro veio classificar a situação de cartel. Nas estradas temos má qualidade de serviço e aumentos acima da inflação para já não falar nos lucros elevados, que podiam ainda hoje ficar nos cofres do Estado e sem indemnizações chorudas a concessionários. A seguir parece que vamos para os fundos de pensões, e quando se fala de garantias começa a desenhar-se o problema.
Estes são apenas alguns dos exemplos do que a liberalização pode fazer, se continuar o esvaziamento de funções do Estado. Há princípios que enformam a acção dos Estado: Regular, Fiscalizar e Redistribuir. Abdicando destas funções quão perto ficamos da anarquia?
sábado, agosto 13, 2005
AS SANGUESSUGAS
É conhecida a actividade destes analistas e comentadores em funções governativas, em comissões de inquérito e de avaliação de projectos, em comissões de estudo, na elaboração de plataformas eleitorais, em pareceres económicos e jurídicos, etc. . Poucos são os que não têm, ou tiveram algum tipo de ligação com organismos estatais e directa ou indirectamente tiveram alguma interferência em actos governativos.
Por que raio, apesar de tudo o que se disse, todos atacam os trabalhadores do Estado? A simplicidade da resposta até a mim me desarmou: apenas porque a culpa é sempre dos outros, e aqui o único denominador comum são os funcionários.
segunda-feira, agosto 08, 2005
OUSAR
Os destinos turísticos exóticos e de baixo preço derrotam com toda a facilidade o nosso Algarve, o futebol não captou visitantes em quantidade e qualidade como era previsível, a Expo deu prejuízos avultados e foi um perfeito flop, e por último, o golfe não passa de um nicho de mercado reservado a elites e com pouco impacto a nível global de receitas.
Ao contrário das apostas tomadas com mais frequência, a Cultura beneficia de una História com mais de oito séculos, um Património em quantidade e qualidade apreciável e, sobretudo, desconhecido da grande maioria dos potenciais visitantes europeus, americanos ou asiáticos.A divulgação da nossa Cultura e a diversificação da promoção de Portugal no estrangeiro esbarra em apenas dois factores: o baixo investimento em áreas do Património e na Cultura em geral e a cegueira com que se insiste apenas no que já fomos competitivos no passado, como se o país nada mais tivesse para oferecer.
domingo, agosto 07, 2005
O ANONIMATO
Há muito a tendência de associar o anonimato da autoria dos blogues com cobardia. A maior parte dos blogues em que se exerce a crítica ou se emitem opiniões sobre a situação política ou mesmo sobre a comunicação social, estão sob o anonimato protegidos por pseudónimos.
A reflexão que pode ser feita, depois de consultar a blogosfera, é sobre as razões do anonimato quase como regra. À partida, excluindo aqueles que se limitam ao insulto gratuito, a grande maioria traduz opiniões divergentes daquelas que são as do governo e também de grande parte dos analistas que são referência na comunicação social. Grande parte emite opiniões sobre áreas definidas, com pormenores só conhecidos por gente conhecedora do sector em questão, são críticas apontadas à situação instalada não sendo contudo coincidentes com as doutrinas da oposição.
Nós, n’ O Guardião, não temos qualquer tipo de alinhamento partidário, não temos por costume insultar ninguém, mas sabemos por experiência própria quais as consequências de assinar por baixo comentários críticos da acção do Ministério da Cultura.
A liberdade é apenas um conceito e muito relativo quando se enfrenta o poder instituído. Prudência e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém.O anonimato não é sinal de cobardia, a menos que sirva apenas para denegrir a imagem de alguém. Sabemos que também já houve interferência e até encerramento de blogues incómodos, porque até o anonimato é relativo, mas recusamo-nos a deixar de ter uma intervenção, ainda que modesta, e a exercer um acto de cidadania e de civismo deixando claras as nossas opiniões.
terça-feira, agosto 02, 2005
OS GRANDES PREDADORES
Darwin pelos vistos, foi ultrapassado por um outro teórico, algo fundamentalista e crente, que pelos vistos acha que mais fracos é que triunfarão neste mundo cão, a menos que sejam exterminados. Já era conhecida uma teoria semelhante, de muito má memória e que não vingou, felizmente.
Ficou-se a saber que os tubarões, os leões e outros reis do seu meio, podem vir a ser varridos da face da terra, ou do mar, por sanguessugas, gafanhotos e outros parasitas. Esta visão do mundo animal, onde o homem (o maior predador) também tem o seu lugar é um retrato inédito da sociedade.
Portanto, também na sociedade, é mais prejudicial o gafanhoto (leia-se operário), a sanguessuga (leia-se administrativo ou técnico-profissional ) ou o parasita (leia-se funcionário público de carreira), do que o alto quadro dirigente, o político ou o economista, apenas porque são mais numerosos. Interessante dedução, só ao alcance duma mente brilhante como J.C.N., ilustríssimo economista.
É curiosa esta tese por parte dum economista português, classe que vem gerindo empresas privadas, empresas públicas e até ministérios, onde os resultados são os que estão bem à vista: recessão, falências, défice e desemprego.
Claro que não gostamos de generalizações, mas perante as opiniões deste jaez não nos resta outra alternativa.
sexta-feira, julho 29, 2005
ELES NÃO SABEM ...
Nos últimos anos temos sido bombardeados com intenções de reformar muitas coisas por parte de responsáveis políticos, mas as coisas, ainda assim, não melhoram de forma aceitável. Então porque é que isto acontece?
Para reformar um serviço é necessário conhecer bem o dito, quer internamente quer na óptica do utilizador, bem como a legislação ao qual está sujeito. Perante os desejos razoáveis, dos utentes identificar os processos que não permitem a sua concretização em tempo ou qualidade aceitáveis.
Passada esta fase há que indagar internamente quais as medidas necessárias para ultrapassar os constrangimentos identificados e só depois é que se pode entrar na fase das decisões.
O processo é linear mas esbarra quase sempre em dois pontos:
1º Os decisores não conhecem aprofundadamente os serviços e desejam apenas deixar a sua marca pessoal, alterando tudo como se nada antes tenha sido bem feito.
2º A falta de experiência sectorial e até da vida para além da política, prejudica a avaliação dos problemas e suas causas, tornando bastas vezes em perfeitos autistas os responsáveis pelo processo de decisão.
Em causa está a qualidade dos nossos políticos, quem os coadjuva (quase sempre por eles nomeados ) e falta de abertura para o diálogo com os profissionais de cada sector, que por experiência conhecem bem quais são os problemas com que se confrontam na sua actividade.Reformar é possível, e até desejável, com os trabalhadores e não contra eles.
quarta-feira, julho 27, 2005
RECURSOS HUMANOS
Anda-se a persistir nas receitas erradas e os resultados estão à vista.
Por regra não há efectivos a mais na área do Património, e se há um grande problema por resolver, este é o da falta de pessoal em sectores fundamentais para o funcionamento dos museus, palácios e monumentos. Os erros cometidos são muitos e passam por “medidas estúpidas” como não admitir novos funcionários, onde fazem falta, e a extinção de carreiras auxiliares, recorrendo-se à contratação de empresas, caso das limpezas e seguranças, com elevados custos que se procura esconder a todo o custo.
O reflexo do recurso a contratos, solução que tem sido praticada já há diversos anos, é o desperdício de dinheiros públicos em formação profissional ao pessoal a prazo, que meses depois é mandado embora voltando-se à estaca zero até à contratação da leva seguinte. Quanto ao desempenho destes contratados temos 3 fases: a integração que demora cerca de dois meses, a fase de plena integração com pleno desempenho e a fase final de desmotivação em que se faz a contagem decrescente para a data da saída.Não se poupa, não se racionaliza e certamente desperdiça-se muito com esta estratégia de contenção cega, que alguém apelidou de “estúpida”.
quarta-feira, julho 20, 2005
ESTAR NA LUA
A razão principal que presidiu à constituição desta sociedade, segundo foi na altura anunciado, foi ultrapassar as dificuldades de gestão repartidas, na altura, por vários ministérios e a autarquia de Sintra. O panorama hoje é ainda mais complicado já que temos os Montes da Lua que arrecadam as receitas, o IPPAR que tem a seu cargo o Palácio Nacional da Pena, com toda a despesa que isso acarreta, que não recebe ou recebe tarde e a más horas um percentagem das entradas e pelo menos duas outras entidades que disputam a maioria do capital ( mas ainda resta algum?) e por consequência a gestão.
Será que valeu a pena a contratação de gestores tão bem remunerados para gerarem tamanha embrulhada? Quando será do conhecimento público o relatório e contas actualizado desta sociedade e os montantes em dívida e quais os credores?
Parece que já há um processo de investigação em curso, resta esperar pelo seu resultado.
segunda-feira, julho 18, 2005
E HÁ DINHEIRO ?
Um ballet com esta qualidade representa um grande investimento e não são soluções voluntaristas que podem assegurar o regular funcionamento da companhia. Subsídios dados de forma avulsa e obrigações assumidas por parte do Ministério da Cultura têm de ser bem pensadas e coordenadas com o Ministério das Finanças, porque os orçamentos são escassos e as verbas não são elásticas.
Um ministério, o da Cultura, sempre com verbas escassas para as suas atribuições terá enormes dificuldades em avançar por novas áreas, sabendo-se que nem com descativações é possível fazer funcionar de forma regular museus, palácios e monumentos, para falar só numa parte do Património.
Numa altura em que há um descontentamento geral, os funcionários dos museus e monumentos que optaram por não fazer greve no dia 15 de Julho, porque sabem que há graves problemas de tesouraria, não ficando de parte um protesto para outra data caso a tutela continue a ignorar as suas justas reivindicações, só faltava agora aumentar os problemas com promessas impensadas e não previstas.
quarta-feira, julho 13, 2005
O EXPRESSO ERROU
Para começar não houve nenhuma “fundação” deste Paço Real por D João I no século XV, pela simples razão dele já existir muito antes desta data. Ninguém nega a importância deste rei, e das obras por ele mandadas executar, mas não foi ele sequer o primeiro monarca a interessar-se, e a utilizar o edifício.
De facto foi aqui que foi elaborado o plano da conquista de Ceuta, mas não foi um “plano malogrado” como é referido no texto, embora talvez tenha sido confundido com o episódio de Fez, que aconteceu anos mais tarde e sem qualquer ligação com Sintra ou com o seu Paço Real.
A leitura dos Lusíadas por Luís de Camões ao rei D. Sebastião, “em estreia absoluta”, numa das salas do palácio, não é um facto documentado e até pode ser considerado como altamente improvável. A confusão entre a tradição e a realidade é muito comum e as imagens dum filme vieram dar alguma força ao que nunca pôde ser comprovado.Por último, este Paço não vive à sombra do Palácio da Pena, embora concorde que este é um rival muito visível e incontornável no plano do romantismo em que Sintra naturalmente se identifica. Estará subavaliado por não ter um aspecto exuberante, por não ser muito divulgado, ou até, por estar ainda pouco estudado. O Palácio Nacional de Sintra não vive à sombra de nada, isso tenho a certeza, porque disputa regularmente o 2º lugar de monumento nacional mais visitado com o Mosteiro da Batalha, logo a seguir ao Mosteiro dos Jerónimos.
domingo, julho 10, 2005
ALÍVIO, OU TALVEZ NÃO !
Na área dos museus, palácios e monumentos o sufoco é enorme e, se uma parte dos problemas do IPM vai ter solução no IPPAR tudo vai ficar na mesma. Percebe-se que a postura dos responsáveis do IPM, coerente e objectiva, colheu frutos e, pelo contrário, a falta de acção e a ausência de objectivos do IPPAR, cristalizado apenas na obtenção de mais receitas, não sensibilizou a ministra.
Por resolver ficam assuntos importantes como a desadequação dos quadros de pessoal, mormente de vigilância, e a dinamização destes espaços culturais com novas exposições, actividades programadas e a divulgação de tudo isso, dentro e fora de fronteiras.
A Cultura é uma mais valia que potencia o turismo, assim hajam meios para lhe dar espaço e visibilidade.
quarta-feira, julho 06, 2005
O DÉFICE
Apesar do aumento de receitas geradas durante os primeiros seis meses do corrente ano, ainda há pagamentos em atraso no que concerne a trabalho extraordinário. Fala-se do esforço que o instituto está a desenvolver, não se nota muito, mas pode-se antever que por este ritmo estamos à beira do que se verificou em 2004, quando se chegou ao fim do ano com vários meses (5 para ser mais concreto) de atraso nestes mesmos pagamentos.
A produtividade aumenta mas as dificuldades são as mesmas. Este paradoxo fica sem explicação porque não há como culpar os mais “pequeninos”. É evidente que ao mais alto nível tudo é gerido da melhor maneira, só que alguém terá deixado a janela aberta e o “money” escapuliu-se.É cada vez mais claro que há dinheiro, talvez por isso mesmo aterrem mais alguns “colaboradores” para “ajudarem”, quiçá na vigilância (sector deficitário) ou então noutras tarefas mais dinâmicas (leia-se de gabinete).
domingo, julho 03, 2005
SOLUÇÕES ?
As medidas anunciadas na comunicação social, a propósito do acordo com o Ministério da Educação, servirá ao que tudo indica, apenas para colmatar algumas vagas (não sei se as há) nos serviços educativos de alguns serviços. A dita parceria inédita entre os dois ministérios tem pois um alcance muito reduzido em termos de funcionamento, a menos que se pense transformar o M.C. num estágio anterior ao quadro de excedentes.
Pode parecer que haja alguma má vontade para com os professores, o que nem vem ao caso, mas conhecendo nós o carácter sazonal das visitas de estudo programadas pelas nossas escolas, duvidamos que sejam necessários muitos reforços para os serviços. Outras áreas, dentro do âmbito da formação de alguns professores, talvez fossem de dinamizar, por exemplo na investigação e na formação de pessoal.
O Ministério da Cultura tinha muito a ganhar debatendo com “todos “ os profissionais do sector para identificar melhor as necessidades dos serviços, não restringindo o diálogo apenas às chefias, que apesar de tudo já deram o seu contributo recentemente.
quinta-feira, junho 30, 2005
O ATAQUE
Começamos a duvidar que existam empresas privadas, as tais que criam riqueza e postos de trabalho, pois a crise reside, e só, no funcionalismo público.
A crise da segurança social, decorrente claro está da existência dessa “classe maldita”, que aldraba o fisco quanto aos rendimentos do trabalho, ao contrário dos trabalhadores do privado que tudo declaram (eles e os patrões), está explicada.
Eles ganham demais e por consequência a esforçada classe política é tão mal paga que é vulgar encontrar ex-políticos indigentes esmolando nas arcadas do Terreiro do Paço.
Os tempos são de mudança e talvez a fogueira possa vir a ser uma opção a considerar para a erradicação deste tipo de parasitas.
Espero que não acreditem no que escrevi, hoje estou de mau humor.
quinta-feira, junho 23, 2005
DÚVIDAS ?
Perante muitas insistências dos funcionários, quer aos serviços centrais dos institutos quer aos serviços administrativos dos locais de trabalho, lá foram surgindo algumas respostas. Comparando as respostas recebidas ficámos todos confusos, porque fomos informados que não podiam ser abertos concursos sem estar resolvido o problema das avaliações e, quanto a estas está prevista uma solução lá para o final de 2006 na melhor das hipóteses.
Afinal não há dúvidas nenhumas, no caso dos serviços tutelados pelo Ministério da Cultura (pelo menos nestes) poupa-se dinheiro (?) ignorando o mérito dos funcionários e as suas aptidões para exercerem outros cargos. Também não ficam dúvidas que o ministro da finanças mentiu, ou omitiu, dados sobre o “aumento salarial previsto” para 2006 que apontava para um ganho suplementar de 1% ( que farturinha) para os trabalhadores que tivessem mérito.
A dúvida que resta é sobre o significado de MÉRITO . Alguém sabe o que é que esta palavra quer dizer para os nossos governantes ?