quarta-feira, julho 27, 2005

RECURSOS HUMANOS

Fala-se muito em poupar, racionalizar e desperdício sempre sem especificar como é que se pode atingir estas metas. Em geral, desconhecendo a realidade no terreno, “as cabeças pensantes” limitam-se a apontar a redução de efectivos como solução milagrosa. Para outros o remédio é a privatização ou o “outsourcing”.
Anda-se a persistir nas receitas erradas e os resultados estão à vista.
Por regra não há efectivos a mais na área do Património, e se há um grande problema por resolver, este é o da falta de pessoal em sectores fundamentais para o funcionamento dos museus, palácios e monumentos. Os erros cometidos são muitos e passam por “medidas estúpidas” como não admitir novos funcionários, onde fazem falta, e a extinção de carreiras auxiliares, recorrendo-se à contratação de empresas, caso das limpezas e seguranças, com elevados custos que se procura esconder a todo o custo.
O reflexo do recurso a contratos, solução que tem sido praticada já há diversos anos, é o desperdício de dinheiros públicos em formação profissional ao pessoal a prazo, que meses depois é mandado embora voltando-se à estaca zero até à contratação da leva seguinte. Quanto ao desempenho destes contratados temos 3 fases: a integração que demora cerca de dois meses, a fase de plena integração com pleno desempenho e a fase final de desmotivação em que se faz a contagem decrescente para a data da saída.Não se poupa, não se racionaliza e certamente desperdiça-se muito com esta estratégia de contenção cega, que alguém apelidou de “estúpida”.

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