Os grandes empresários
portugueses usam sistematicamente os dados (aldrabados) da produtividade, que
são baixos, para justificar os salários de miséria praticados na maioria das
empresas nacionais. Fugas aos impostos, economia informal e o recurso aos
alçapões permitidos pela lei mascaram resultados que as grandes empresas têm,
mas que não são os tornados públicos.
Além do que ganham e não é
tributado cá dentro, ainda temos os incentivos ao emprego que conseguem através
das ajudas estatais, que à custa da exploração dos empregados e das isenções
fiscais ainda aumentam mais o seu pecúlio, já de si muito substancial.
O bem-estar dos trabalhadores é
uma miragem para a qual os grandes empresários se estão nas tintas. Na verdade,
quanto maior for a multidão de pessoas em risco de pobreza extrema, maiores são
as oportunidades destes vampiros conseguirem força de trabalho ao mais baixo
custo.
Há quem se admire da insatisfação
dos trabalhadores portugueses, quem se diga admirado com a cada vez maior
desigualdade existente neste país, ou com o aumento dos trabalhadores que vivem
em estado de pobreza, mas o que é que está a ser feito para obviar estas
realidades?
Que mais será preciso para obrigar os nossos
governantes a olhar para este problema com olhos de ver? Se as alternativas de
cidadania falharem, como tem acontecido, o que poderá acontecer?
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