No anterior governo da coligação,
a Cultura ficou reduzida a secretaria de Estado, não que isso fosse em si mesmo
um grande problema, mas porque Passos Coelho deu o sinal inequívoco de que
menorizava a área, que estando sob a sua tutela, não tinha recursos e foi
entregue a alguém que não dava qualquer garantia de ser exigente na defesa da
Cultura.
Neste novo governo, que nasce já
condenado a cair, aparece um ministério da Cultura, que integra também a
Igualdade e a Cidadania. Se podia parecer que a criação dum ministério da
Cultura seria o reconhecimento dum erro, na realidade nada pode ser mais
enganador, porque a Cultura seria comandada por um qualquer secretário de
Estado, tal como as outras duas valências do ministério, e a ministra Teresa
Morais apenas substituía Passos Coelho na tutela da autêntica salganhada que
foi anunciada. Para os cépticos do que digo fica um outro pormenor, que seria o
minúsculo orçamento que a Cultura teria que partilhar com a Igualdade e a
Cidadania.
O povo não é tolo, e esta jogada
condenada ao fracasso, não servirá sequer para nos distrair do facto de que a
coligação não dá qualquer valor à Cultura.
Que seja breve o circo
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