domingo, outubro 09, 2022

GOVERNO ENGANA OS PENSIONISTAS

O Governo prometeu em Junho deste ano cumprir a lei que regula o cálculo de aumento das pensões, que mais não é do que a justa reposição do poder de compra face à inflação verificada tendo também em conta o aumento da riqueza produzida. O próprio Presidente chegou a dizer publicamente que os aumentos seriam na ordem dos 10%.

Bastaram dois meses para António Costa vir a dar o dito por não dito, a lei não seria cumprida, e lá veio o truque de dizer que os aumentos eram no mesmo montante, sendo que metade da pensão seria recebida agora em Outubro como bónus, e que os aumentos para 2023 seriam da ordem dos 4% com variações segundo o valor das mesmas. O motivo que o 1º ministro veio a aduzir, depois de muitas declarações vazias e sem sentido, foi que era preciso ter em atenção a sustentabilidade do sistema. Foram pedidos os cálculos do Governo para esta justificação e eis que lá vem mais um número que não corresponde à verdade, o da real arrecadação de receitas do sistema, que como se sabe subiu em linha com o aumento da inflação.

Marcelo veio mais uma vez colocar a mão por baixo do executivo, e mesmo a questão mais pertinente sobre os aumentos das pensões relativas a 2024 (sobre que base iriam ser calculadas) ficou sem resposta por parte de António Costa, o que não augura nada de bom para o futuro das pensões.

O que é verdade e nem o Governo tenta desmentir, é que o excedente das receitas arrecadadas, curiosamente superior ao que o executivo diz ter poupado com esta “manobra”, é de 1.300 milhões de euros, que diz muito sobre a seriedade deste truque que certamente virá a prejudicar os pensionistas deste país para o futuro.



 

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