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quarta-feira, junho 06, 2018

DOIS MUSEUS DOS COCHES

Por razões que nos ultrapassam temos dois museus dos coches, o antigo a que agora chamam Picadeiro Real (mas que continua sinalizado como Museu dos Coches), e o Museu dos Coches oficial, que está situado no novo edifício, por acaso quase em frente ao antigo, o que para o turista é uma imensa confusão.

Sei que o antigo edifício tem muito mais charme, e que os coches se enquadravam melhor naquelas instalações, apesar da sua exiguidade tendo em conta a soberba colecção de viaturas que temos, mas depois dos milhões gastos na construção do novo edifício, será que faz sentido manter as duas instalações com coches em exposição?

Já constou por diversas vezes que o antigo edifício ia ser recuperado e que se lhe daria nova utilidade, contudo “quase” tudo ficou na mesma.

Sublinhei o “quase” porque parece que o Picadeiro Real passou a ter uma nova utilidade ( e daí não vem nenhum mal ao mundo), pois está transformado numa sala de recepções da Presidência da República, entre outras utilizações de eventos.


O que mais me intriga é a razão de não se ter ainda recuperado o edifício, que é magnífico, e não se lhe tenha dado um destino definido, adequado à sua importância patrimonial. 


domingo, novembro 12, 2017

TRAPALHADAS NA CULTURA



Tudo o que envolve a política e os políticos que temos, e não é só na Cultura, acaba sempre num atira culpas para lá e para cá, em que todos se dizem isentos de culpa, ou todos reclamam a paternidade dos sucessos.

O jantar no Panteão Nacional que tanto brado causou é apenas um dos exemplos, talvez o mais recente. O anterior governo fez um regulamento e autorizou outros jantares no mesmo local, e este também viu os responsáveis por si nomeados, autorizarem este jantar, que afinal era uma actividade “indigna” daquele espaço, segundo António Costa, e Marcelo Rebelo de Sousa.

Eu considero que autorizar este ( e outros) jantares naquele espaço foi um disparate imenso, como acho um disparate fazerem-se jantares à luz de velas em espaços monumentais, até com tectos pintados, autorizar raves num museu nacional, ou permitir aparelhagens sonoras em altos berros para se fazer um aquecimento de atletas ao som da zumba, mesmo à porta duma Basílica, ou sessões de fogo de artifício num monumento nacional.

A minha opinião talvez não seja muito importante, mas a de um director de um museu que se vê desautorizado pelo 1º ministro, e não quer apresentar a demissão, parecendo mostrar um grande apego ao lugar, muito para além do razoável, incomoda e é notícia.