Neste momento temos pelo menos três candidatos mais que prováveis à próxima eleição para a Presidência da República. Há duas candidaturas assumidas e uma que é anunciada por gente próxima mas ainda não assumida por razões óbvias que se prendem com a função que ocupa presentemente.
Penso que ainda é possível que surja mais alguma candidatura, que pode baralhar ainda mais os eleitores, que mesmo só com estes três já têm muito em que pensar.
Cavaco tem a vantagem da tradição, que nos diz que um presidente que se recandidata tem quase garantida a reeleição, mas no seu caso tem como factores negativos o facto de a direita estar em minoria nesta ocasião, e de neste mandato a situação política e económica se ter deteriorado em demasia, sem que ele tenha tomado uma posição inequívoca e firme para inverter a situação.
Alegre estava até há pouco tempo numa situação muito favorável, que lhe garantia os votos de grande parte da esquerda e dos descontentes, contudo não soube ou não quis demarcar-se dos partidos políticos, nomeadamente do PS, ao não tomar uma posição clara sobre o pantanal de suspeições que atingem José Sócrates.
Nobre por seu lado teria a vantagem de não ser um candidato subordinado ao apoio partidário, mas poderá ter contra si o facto de não ter divulgado as suas ideias para o país de um modo claro e inequívoco.
Eu continuo à espera dos desenvolvimentos desta disputa, guardando para mais tarde uma eventual escolha, que naturalmente pode vir a ser também, o voto em branco.
Nota Importante: Neste post só analisei as candidaturas do regime, porque fora dele já existe uma candidatura de peso protagonizada por Sua Majestade D. Pata Negra sobre a qual me debruçarei numa próxima ocasião.