terça-feira, outubro 11, 2022
MARCELO COMENTADOR CATÓLICO
sábado, fevereiro 27, 2010
OS CANDIDATOS
Neste momento temos pelo menos três candidatos mais que prováveis à próxima eleição para a Presidência da República. Há duas candidaturas assumidas e uma que é anunciada por gente próxima mas ainda não assumida por razões óbvias que se prendem com a função que ocupa presentemente.
Penso que ainda é possível que surja mais alguma candidatura, que pode baralhar ainda mais os eleitores, que mesmo só com estes três já têm muito em que pensar.
Cavaco tem a vantagem da tradição, que nos diz que um presidente que se recandidata tem quase garantida a reeleição, mas no seu caso tem como factores negativos o facto de a direita estar em minoria nesta ocasião, e de neste mandato a situação política e económica se ter deteriorado em demasia, sem que ele tenha tomado uma posição inequívoca e firme para inverter a situação.
Alegre estava até há pouco tempo numa situação muito favorável, que lhe garantia os votos de grande parte da esquerda e dos descontentes, contudo não soube ou não quis demarcar-se dos partidos políticos, nomeadamente do PS, ao não tomar uma posição clara sobre o pantanal de suspeições que atingem José Sócrates.
Nobre por seu lado teria a vantagem de não ser um candidato subordinado ao apoio partidário, mas poderá ter contra si o facto de não ter divulgado as suas ideias para o país de um modo claro e inequívoco.
Eu continuo à espera dos desenvolvimentos desta disputa, guardando para mais tarde uma eventual escolha, que naturalmente pode vir a ser também, o voto em branco.
Nota Importante: Neste post só analisei as candidaturas do regime, porque fora dele já existe uma candidatura de peso protagonizada por Sua Majestade D. Pata Negra sobre a qual me debruçarei numa próxima ocasião.

quinta-feira, novembro 06, 2008
O MUNDO A SEUS PÉS
Eu sei que este título é demasiado forte, não só porque a política dos EUA terá sempre quem a conteste, mas sobretudo pelo muito que se espera do futuro presidente americano.
As expectativas são grandes, os problemas são muitos e não podemos estar à espera de milagres. Esta eleição de Obama teve já o mérito de incutir a esperança no que diz respeito a mudanças em diversos campos, baseadas em promessas feitas pelo então candidato.
Já ouvi dizer que as promessas não passam disso mesmo, mas os eleitores lá estarão para ajuizar. É difícil fazer pior do que Bush, disso estou plenamente convencido.
O discurso das mudanças económicas, onde Obama ganhou com larga vantagem, terá que ter alguma aplicação real porque as condições também o exigem, ainda que o caminho tenha que ser longo. No campo da política externa, onde teoricamente estaria em desvantagem relativamente ao outro candidato, também podemos constatar, pelas reacções já conhecidas de várias partes do globo, que os mais diferentes governos felicitaram o candidato e esperam que o novo presidente venha promover boas e estáveis relações diplomáticas e comerciais.
O essencial é que são muitos os que acreditaram que a mudança é possível, e que o mundo e os EUA podem ser mais bem governados. Vai ser uma tarefa imensa, muitas vezes difícil e lenta, mas se Obama conseguir caminhar na direcção do que prometeu, o mundo também ganhará com isso.