Parece que as vozes de pessoas
ligadas ao restauro dos órgãos, e um organista fizeram chegar à imprensa a
legítima preocupação com as janelas e portas do Convento de Mafra.
O estado das caixilharias do
vetusto edifício está em muito mau estado, com a tinta a cair e com a madeira
exposta aos elementos, mostrando à evidência (pelo menos em algumas) que a
última intervenção não foi correctamente efectuada. A massa dos vidros já quase
não existe e há vidros em mau estado e, pelos vistos alguns já terão mesmo
caído.
Os pombos aproveitam,
naturalmente, os vidros partidos e as janelas abertas (também as há) para
invadirem algumas salas e a basílica. Na basílica são facilmente detectadas (e
foi o caso), mas noutros espaços não utilizados com regularidade, a situação
pode ser muito pior.
Os pombos e os seus dejectos são
uma ameaça conhecida, e são (pelo menos parcialmente) culpados pela
deterioração dos suportes dos sinos e pela sujidade das estátuas que se podem
ver no exterior da basílica. Os estragos que os pombos causam estendem-se também
às coberturas e cantarias, e não se conhecem meios utilizados para evitar a
presença destas no edifício.
Claro que não se quer ver os
órgãos estragados, agora que até estão recuperados, mas também não queremos que
os carrilhões possam sofrer com a presença dos pombos, pelo que há que combater
esta praga ao mesmo tempo que se procede ao arranjo do que está em más
condições.
Uma intervenção “a ser
oportunamente calendarizada” é uma resposta muito vaga e preocupante,
especialmente se nos recordarmos do tempo que demorou desde a promessa de
arranjo dos carrilhões, até ao início da sua recuperação, que ainda decorre.