Festeja-se hoje o 1º de Maio, Dia
do Trabalhador, e há que constatar que muitos que gozam este dia de feriado, a
que obviamente têm direito, não reconhecem o mesmo direito a outros
trabalhadores que são coagidos a trabalhar, muitas vezes sob a ameaça de despedimento,
que é facilitado pela precariedade do vínculo que os liga à empresa.
Em Portugal temos duas justiças,
a dos grandes e a dos pequenos, e isso ficou patente na abertura dum supermercado em Armação de Pera, que apesar do estipulado pela autarquia,
decidiu abrir as portas contrariando o estipulado. A chamada da GNR apenas
levou ao registo da ocorrência, mas o desrespeito pelas normas continuou.
Talvez dê para perceber aos mais
distraídos a grande quantidade de trabalhadores precários, especialmente em
situações de conflito laboral, que são facilmente manipuláveis, sob pena de
perderem o posto de trabalho se tiverem o atrevimento de se confrontar com a
entidade patronal, mesmo que apoiados pela lei e pela razão.
O que me deixa mais triste ainda
é o egoísmo de muitos de nós, que aproveitam para gozar dos seus direitos, mas
colaboram alegremente com quem os quer diminuir, sem sequer pensarem que estão
a prejudicar outros a quem os direitos estão a ser negados.
Eu seria incapaz de ir a um supermercado ou a qualquer outra loja neste dia. Mas não deixo de compreender que para pessoas com salários mínimos e dificuldades máximas as promoções que eles fazem sempre neste dia são uma grande atração, Na mensagem que me enviaram, o desconto era do dobro do IVA, acumulável aos descontos já existentes.
ResponderEliminarAbraço