segunda-feira, julho 31, 2017

ELES É QUE SABEM...

Quantas vezes já todos nós ouvimos a frase, "eles é que sabem, eles é que têm os livros"? Pois é, durante alguns séculos era nos conventos e em algumas universidades que existiam bibliotecas, e era de lá que partia o conhecimento e o saber...

Biblioteca do Convento de Mafra 

Biblioteca da Abadia de Admont

sábado, julho 29, 2017

O PRESIDENTE DA CGD SOSSEGOU OS CLIENTES



O senhor Paulo Macedo, que ocupa a presidência do banco público, veio sossegar os portugueses que confiam o seu dinheiro à CGD dizendo que as comissões deste banco são das mais baixas do mercado, e que os reformados até são poupados às ditas comissões.

O presidente da CGD até falou dos custos extra da CGD, com o Fundo de Garantia de Depósitos e com o Fundo de Resolução, que têm de ser pagos por todas as instituições que estão no mercado nacional.

Parece-me que o senhor Paulo Macedo se esqueceu de falar dos créditos mal parados da CGD, e do que tem sido feito para reaver esse dinheiro, que os cidadãos nacionais têm sido chamados a pagar, e que os depositantes suportam com o aumento das comissões bancárias que ele aumentou, apesar das tretas com que agora nos vem brindar.

Cobrar a quem está em falta, é justo, mas cobrar a quem tudo paga e sempre cumpriu as suas obrigações para com o banco público, é muito questionável, quando os devedores se passeiam por aí, demonstrando evidentes sinais de riqueza.



quinta-feira, julho 27, 2017

ARTE

As obras de arte dividem-se em duas categorias: as de que gosto e as de que não gosto. Não conheço outro critério. 

Anton Tchekhov


terça-feira, julho 25, 2017

OS CÃES E OS SEUS DONOS



Em geral não me irrito facilmente por causa de petições, ou abaixo-assinados mas hoje uma senhora tirou-me do sério, ao tentar convencer-me a apoiar a entrada de cães nos cafés, restaurantes, lojas, e praias.

Os cães podem ser adoráveis, bem comportados, inofensivos, eu sei, e até gosto imenso de cães, mas não consigo apoiar esta petição, muito por causa dos seus donos.

A senhora em causa não hesitou em comparar as brincadeiras dos cães e os seus latidos , com as das crianças e os seus choros, e foi por aí adiante com os disparates, mostrando um fanatismo cego que me incomodou.

Gosto imenso de cães e não os tenho por não ter condições para lhes dar o conforto e espaço necessário para os ter. A senhora em causa tem o seu cão (com um porte considerável) num andar, e passeia-o longe da sua parte e nunca a vi apanhar “os presentes” do animal, apesar das chamadas de atenção por parte dos vizinhos, que são presenteados com a merdola do animal da senhora, que passeia sem trela.

Como dizia uma amigo meu, os donos de cães e gatos deviam ter formação antes de os adquirirem, pois eles não merecem ter animais de estimação. 



domingo, julho 23, 2017

ALEXANDRE E TALÉSTRIS (TAPEÇARIA)



Existe uma lenda sobre Alexandre, o Grande, inventada por Onesícrito, que escreveu sobre uma contenda entre Alexandre e Taléstris, a rainha das míticas amazonas, que viria a ter diversas versões, mais ou menos fantasiosas.

Sobre este tema existe pelo menos uma tapeçaria em Portugal, onde estaria representado o próprio Alexandre a receber a tal rainha das amazonas.



Como é habitual estive a admirar a magnífica tapeçaria, flamenga como seria de esperar, e deparei com um pormenor delicioso que registei na segunda fotografia que aqui vos deixo...

 

sexta-feira, julho 21, 2017

AINDA O GALPGATE



Hoje li pela manhã um artigo de opinião, no DN, assinado por Vítor Bento, que me indignou por tentar confundir as coisas usando comparações perfeitamente desajustadas da realidade, para sugerir que a solução mais justa para os secretários de Estado que aceitaram viajar à conta da GALP, era o arquivamento do processo.

Afirma VB que, há 10 anos, o surpreendera a generalizada indiferença perante a extrema facilidade com que, entre nós (portugueses), governantes e funcionários do Estado aceitavam prendas e convites de fornecedores ou beneficiários de decisões do Estado.

O autor do artigo finge desconhecer a legislação produzida nos últimos anos abrangendo precisamente essas práticas, e cometeu a injustiça de generalizar, o que não é ético pois pretendeu com isso desculpabilizar comportamentos que cabe ao Ministério Público julgar e punir, de acordo com a lei.

Vítor Bento devia saber que, foi feita pelos políticos legislação que pune os funcionários públicos que recebam vantagens indevidas pelo exercício das suas funções, e que se esqueceram na altura de que os governantes deviam ser os primeiros a dar o exemplo, e tiveram depois de emendar a mão, mas mesmo assim acabaram por ficar com um estatuto diferente, vá lá saber-se porquê. Mesmo assim os senhores secretários de Estado lá meteram a pata na poça.

Outro esquecimento do senhor VB, foi o de mencionar quais seriam os funcionários públicos a quem eram oferecidas viagens e estadias no estrangeiro, ou “outras formas de considerável valor económico”, porque não creio que o senhor Eustácio, calceteiro, a dona Maria J., administrativa num ministério, o Hugo, electricista, ou o Adalberto , das Finanças, alguma vez tenham sido aliciados com vantagens desse tipo. Bem sei que eu não circulo nos mesmos meios que o senhor Vítor Bento, e por isso gostava que ele fosse mais específico, porque seria interessante… 



quarta-feira, julho 19, 2017

COMO DESVALORIZAR UMA FUNÇÃO



A solução encontrada para a segurança no Museu Nacional de Arte Antiga, com a contratação externa de cinco elementos para a vigilância das suas salas e colecções, foi uma medida in extremis, que nunca deveria ter acontecido, e que não se deverá repetir em instituições desta natureza.

Um vigilante de museu não pode ser equiparado a um provérbio como “atar e pôr ao fumeiro, como o chouriço da preta”, a menos que se esteja a brincar aos museus.

Existem exigências para a função, é certo, mas a formação será sempre um requisito essencial que não se pode descurar. O conhecimento do edifício e de procedimentos em caso de emergência, o conhecimento das colecções e a sua localização, as noções de técnicas de atendimento ao público, conhecimentos sobre outras instituições do mesmo tipo existentes nas redondezas (ou na mesma cidade) e seus horários, etc, são apenas algumas das ferramentas que é necessário dar a estes profissionais para poderem desempenhar as suas funções com a devida eficiência.

Um vigilante de museus não é uma estátua, ou um segurança que se limita a proibir procedimentos incorrectos do público, mas sim alguém que possa ajudar os visitantes a fruir devidamente tudo o que estas instituições têm para oferecer a quem as procura, assim exista a vontade de os formar como deve ser.