quarta-feira, julho 19, 2017

COMO DESVALORIZAR UMA FUNÇÃO



A solução encontrada para a segurança no Museu Nacional de Arte Antiga, com a contratação externa de cinco elementos para a vigilância das suas salas e colecções, foi uma medida in extremis, que nunca deveria ter acontecido, e que não se deverá repetir em instituições desta natureza.

Um vigilante de museu não pode ser equiparado a um provérbio como “atar e pôr ao fumeiro, como o chouriço da preta”, a menos que se esteja a brincar aos museus.

Existem exigências para a função, é certo, mas a formação será sempre um requisito essencial que não se pode descurar. O conhecimento do edifício e de procedimentos em caso de emergência, o conhecimento das colecções e a sua localização, as noções de técnicas de atendimento ao público, conhecimentos sobre outras instituições do mesmo tipo existentes nas redondezas (ou na mesma cidade) e seus horários, etc, são apenas algumas das ferramentas que é necessário dar a estes profissionais para poderem desempenhar as suas funções com a devida eficiência.

Um vigilante de museus não é uma estátua, ou um segurança que se limita a proibir procedimentos incorrectos do público, mas sim alguém que possa ajudar os visitantes a fruir devidamente tudo o que estas instituições têm para oferecer a quem as procura, assim exista a vontade de os formar como deve ser.



2 comentários:

  1. Os senhores diretores e os técnicos superiores não têm tempo para dar formação, muito menos de forma gratuita. Devias saber bem que "saber é poder" é uma máxima das más chefias.
    Bjo da Sílvia

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  2. Ponham os senhores directores e técnicos superiores um dia de pé à entrada da Torre de Belém, do Mosteiro da Batalha ou do Convento de Mafra, no Verão e outro no Inverno, e depois falamos.
    Joca

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