A solução encontrada para a
segurança no Museu Nacional de Arte Antiga, com a contratação externa de cinco
elementos para a vigilância das suas salas e colecções, foi uma medida in
extremis, que nunca deveria ter acontecido, e que não se deverá repetir em
instituições desta natureza.
Um vigilante de museu não pode
ser equiparado a um provérbio como “atar e pôr ao fumeiro, como o chouriço da
preta”, a menos que se esteja a brincar aos museus.
Existem exigências para a função,
é certo, mas a formação será sempre um requisito essencial que não se pode
descurar. O conhecimento do edifício e de procedimentos em caso de emergência,
o conhecimento das colecções e a sua localização, as noções de técnicas de
atendimento ao público, conhecimentos sobre outras instituições do mesmo tipo
existentes nas redondezas (ou na mesma cidade) e seus horários, etc, são apenas
algumas das ferramentas que é necessário dar a estes profissionais para poderem
desempenhar as suas funções com a devida eficiência.
Um vigilante de museus não é uma
estátua, ou um segurança que se limita a proibir procedimentos incorrectos do
público, mas sim alguém que possa ajudar os visitantes a fruir devidamente tudo o que
estas instituições têm para oferecer a quem as procura, assim exista a vontade
de os formar como deve ser.
Os senhores diretores e os técnicos superiores não têm tempo para dar formação, muito menos de forma gratuita. Devias saber bem que "saber é poder" é uma máxima das más chefias.
ResponderEliminarBjo da Sílvia
Ponham os senhores directores e técnicos superiores um dia de pé à entrada da Torre de Belém, do Mosteiro da Batalha ou do Convento de Mafra, no Verão e outro no Inverno, e depois falamos.
ResponderEliminarJoca