domingo, dezembro 30, 2012
sábado, dezembro 29, 2012
RESPONSABILIZAR EX-POLÍTICOS
Portugal é conhecido como um país
de brandos costumes, o que não sendo inteiramente verdade, não deixa de ter
alguma razão de ser.
Na realidade se nos debruçar-mos
sobre o aspecto da Justiça, os brandos costumes são uma realidade para alguns,
que invariavelmente são os mais poderosos.
Falando em brandos costumes,
veja-se o que se passa com a infeliz novela BPN, onde vemos variados nomes de
gente que já esteve ligada ao poder político do tempo do consulado de Cavaco
Silva, que terão beneficiado de empréstimos desse banco, e que agora deixaram
de cumprir as suas obrigações, deixando os calotes para serem pagos pelos
nossos impostos.
Políticos e ex-políticos que desbarataram
dinheiros públicos, fizeram negócios ruinosos que prejudicaram claramente o
Estado, e os que usaram os seus poderes em benefício deles próprios e de outrem
deviam poder ser responsabilizados criminalmente, o que não acontece.
Porque será que não se consegue
que se faça Justiça com essa gente? Será que há muitos telhados de vidro na
classe política?
quinta-feira, dezembro 27, 2012
CUIDADO COM AS APARÊNCIAS
Com a peripécia do consultor da ONU, que não o era, e com os doutoramentos que terá ostentado e que não devem ser verdadeiros, fica de novo posta em causa a validade de muitos títulos indevidamente referidos em vários currículos de muito boa gente.
Já tinham sido conhecidos títulos conseguidos indevidamente, e outros mais do que duvidosos, mas como eram de pessoas ligadas à política, ficou em algumas mentes a ideia de que se trataria de perseguição política, e de jogos de bastidores, mas na realidade há muito título por aí de origem mais do que duvidosa.
By Yuriy-Kosobukin
domingo, dezembro 23, 2012
sexta-feira, dezembro 21, 2012
quarta-feira, dezembro 19, 2012
segunda-feira, dezembro 17, 2012
CONVERSAS DA TRETA
Apesar do que dizem os nossos
governantes o país está de rastos, a fome é uma dolorosa realidade, o
desemprego é galopante, os hospitais já não conseguem responder às
necessidades, os salários dos que ainda têm trabalho já não garantem uma vida
decente, e as empresas fecham às dezenas a cada dia que passa.
Este Natal vai ser um Natal sem
presentes para muita gente, e os que ainda têm algum dinheiro gastam-no em
roupas, comida e outros bens essenciais, porque o ano que se segue promete ser
ainda pior.
Vamos no bom caminho diz Passos
Coelho, mas não é isso que sentem a maioria dos cidadãos deste país. Esperança,
a que se refere Cavaco Silva, não existe, pelo menos para os tempos mais
próximos e com estes governantes.
Caminho by Slawomir-Luckzynsk
sábado, dezembro 15, 2012
SOBERANIA
Foi com repulsa que li que o
governo se compromete a apresentar a proposta dos parceiros para o salário
mínimo do próximo ano. Na mesma notícia podia ler-se que o governo garantiu que
não há margem no memorando de entendimento para se aumentar o salário mínimo
nacional.
Portugal é um país soberano e,
que se saiba, o memorando de entendimento como todos os acordos aliás, é
passível de sofrer alterações, como aliás já se verificou anteriormente. Não é
admissível ver os dirigente máximos do país, ajoelhados perante uma troika que
apenas está interessada em fazer-nos pagar o dinheiro emprestado, no mais curto
espaço de tempo, sem se preocupar minimamente com o estado em que está o país.
Agora não se ouve Passos Coelho
invocar nenhum estudo que compare o nosso salário mínimo com a média europeia,
talvez porque a troika já lhe tenha dito que era inconveniente.
Não se pode servir dois senhores...
««« - »»»
Humor Miserável
quinta-feira, dezembro 13, 2012
ESPÍRITO DE NATAL
POEMA DE NATAL
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Vinícius de morais
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
terça-feira, dezembro 11, 2012
ÁLVARO O ESTRANGEIRADO
O Álvaro até já estava quase a
ficar sintonizado com o país e com o continente europeu, mas a mudança de ares
e as más companhias fizeram-no descarrilar.
A última do ministro de
importação é suportada pela ideia de «flexibilizar” as regras ambientais para
promover a «reindustrialização da Europa». Segundo o Álvaro, a Europa está a
ser naif, e para dar um passo inteligente terá que flexibilizar as regras
fundamentalistas no que diz respeito à política ambiental.
Claro que a ideia do Álvaro é um
retrocesso civilizacional, e um completo absurdo, mas ele não é capaz de o
descortinar. Então não pode a Europa taxar produtos oriundos de países que não
respeitam o ambiente? Será que só fazendo o que consideramos errado é que
podemos competir, ou será que devemos fazer com que os nossos concorrentes
cumpram as boas regras ambientais, se querem competir isentos de taxas
penalizadoras?
sábado, dezembro 08, 2012
quinta-feira, dezembro 06, 2012
SECRETAS AO SERVIÇO DE EMPRESAS PRIVADAS
Há algum tempo houve um escândalo
quando se soube que as secretas portuguesas andavam a dar informações a
entidades externas, usando contactos de antigos membros das tais secretas, e
abriram-se inquéritos dos quais ainda nem existem conclusões, pelo menos que
sejam públicas.
Os portugueses foram, na altura,
informados de que as secretas estavam ao serviço do Estado e não estavam
permeáveis a interesses privados. Ouviu dizer-se que até tinham sido afastadas
pessoas desses serviços por conduta imprópria.
Hoje li no Diário Económico que
as «secretas “podem e devem” informar empresas sobre mercados», segundo o
próprio Passos Coelho.
Creio que as empresas podem necessitar de informações sobre os mercados externos, mas também creio que essas informações têm custos, que no caso das secretas são arcados por todos os contribuintes e não pelas tais empresas, que ainda por cima não serão todas, como é mais do que evidente. Será que o Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), passará a ser subsidiado pelas ditas empresas, ou irá cobrar pelas informações prestadas às empresas?
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