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quinta-feira, janeiro 03, 2019

MORDER A LÍNGUA…


Há quem tenha estado em todas na representação do patronato português, se tenha eclipsado e depois tenha reaparecido numa organização manhosa com o nome de Fórum para a competitividade, que é o caso de Pedro Ferraz da Costa.

Não se pede a um ferrenho defensor e representante do patronato que seja imparcial, muito menos em questões de competitividade, pois é óbvio que estará sempre do lado dos empregadores, o que é natural.

Quando este senhor vem dizer que “a semana das 35 horas é uma raridade na União Europeia e no mundo, sendo claramente um luxo de país rico, com actividades muito concentradas nos serviços”, apetece perguntar se a competitividade só se alcança com horários com mais alargados, e já agora, com salários muito baixos, como os que se praticam em Portugal.

Talvez fosse de perguntar a este “especialista” o que diria a um gestor que ganha 160 vezes mais do que os seus trabalhadores, e a todos os gestores que durante os anos de crise se aumentaram, enquanto pediam sacrifícios aos seus subordinados.

Será que Marcelo Rebelo de Sousa ao falar de mais justiça social estava a pensar em Pedro Ferraz da Costa?  



terça-feira, dezembro 11, 2012

ÁLVARO O ESTRANGEIRADO



O Álvaro até já estava quase a ficar sintonizado com o país e com o continente europeu, mas a mudança de ares e as más companhias fizeram-no descarrilar.

A última do ministro de importação é suportada pela ideia de «flexibilizar” as regras ambientais para promover a «reindustrialização da Europa». Segundo o Álvaro, a Europa está a ser naif, e para dar um passo inteligente terá que flexibilizar as regras fundamentalistas no que diz respeito à política ambiental.

Claro que a ideia do Álvaro é um retrocesso civilizacional, e um completo absurdo, mas ele não é capaz de o descortinar. Então não pode a Europa taxar produtos oriundos de países que não respeitam o ambiente? Será que só fazendo o que consideramos errado é que podemos competir, ou será que devemos fazer com que os nossos concorrentes cumpram as boas regras ambientais, se querem competir isentos de taxas penalizadoras?



sexta-feira, abril 29, 2011

CONTRASTES

Ainda há poucos dias ouvi muita gente a atacar com todas as forças uma tolerância de ponto de meio-dia, da qual eu não desfrutei, alegando motivos económicos, de produtividade e a sempre útil crise.

Os ecos ainda andam no ar, e hoje foi ver as rádios e televisões que tinham feito debates sobre o assunto, a encherem a programação com o casamento dos príncipes de Inglaterra. Por acaso a notícia de que hoje houve um feriado extraordinário não foi motivo de debates, nem cá nem lá, nem se atirou com a produtividade à cara dos ingleses, nem tão pouco a crise entrou nos discursos demagógicos que por cá se ouviram.

Já sei que a crise inglesa não é maior do que a nossa, mas eles também têm os seus problemas económicos, e nem por isso se utilizou a demagogia como arma de arremesso, como disfarce da inveja e pequenez de muitos. 

Sabe-se quanto custou o casamento, e foram muitos milhões de libras, mas não foi contabilizado o “prejuízo” causado pelo feriado.

Os ingleses estão conscientes do que se facturou e vai facturar por causa desta boda, e por cá, nem o patronato que beneficiou com o tal fim-de-semana alargado no comércio, nem o turismo e a restauração, souberam fazer umas continhas simples evitando a demagogia e o oportunismo que os caracterizam.

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Humor e Realeza


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Foto - Ermida de Alfredo Keil
Ermida da Villa Guida (P.das Maçãs) by Palaciano