quinta-feira, junho 17, 2021

POLÍTICOS AO SABOR DA COVID

Em Portugal impera a falta de organização e de previsão, por isso o que acontece com demasiada frequência é a passagem de 8 a 80, como se nada existisse entre um e o outro.
 
Na Covid-19 já fomos os piores, depois os melhores e agora caminhamos a passos largos para os piores lugares.
 
O povo é o mesmo nos melhores momentos e nos piores, o que vai sendo alterado são as regras impostas pelo Governo, sendo por isso simples apontar para onde está o problema.
 
Eu sei que alguns se deixam influenciar pelo que o Governo tenta impingir, que a responsabilidade é de todos, mas se os sinais dados por quem manda são erráticos e confusos, os resultados são sempre maus.
 
Um exemplo do que digo foi a afirmação infeliz de Marcelo Rebelo de Sousa quando disse que com ele não haveria recuo no desconfinamento, quando já estavam à vista sinais de que a situação pandémica estava a piorar. Pois é, um político experiente como ele devia saber que "nunca" é uma palavra muito perigosa em política, mas ela saiu. Já não é a 1ª vez que Marcelo diz algo de que se arrepende, e lembro-me daquela "nem que Cristo volte...".
 
Agora há um recuo em parte do país, Lisboa fica "sitiada" durante o fim de semana, por todos os lados, MENOS por cima, porque pasme-se, os estrangeiros podem vir a Lisboa e sair dela se tiverem marcações para outros concelhos fora da zona delimitada.
 
Alguém se esqueceu que não tínhamos a variante do Nepal por cá até à final dos ingleses, e que depois com as festas e festinhas, mais as molhadas dos bairros típicos e os copos na via pública, "o bicho" espalhou-se à vontade. Agora querem pôr trancas à porta, mas é tarde, e "o bicho" vai continuar por Lisboa e arredores, mas também vai grassar por todo o território, especialmente pelos centros urbanos . 
 


 

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