quinta-feira, junho 24, 2021

POLÍTICOS À NORA

A situação sanitária está a piorar a cada dia que passa, as medidas que vão sendo anunciadas não passam de simples pensos colocados sobre as feridas, a coerência delas está a ser contestada pela população e pelos peritos em saúde, mas os políticos não param de dar sinais contraditórios, parecendo que nem sequer entre eles se entendem.

Lisboa confina tarde e pouco, continuamos a ter fronteiras sem controlo nenhum, as situações de abuso evidente são enfrentadas com medidas de sensibilização, e tudo por causa da economia assim obriga, porque as leis não são adequadas à situação e o Presidente, falando antes do tempo, veio dizer que com ele não haverá novo estado de emergência.

No meio desta trapalhada toda veio o Presidente da Assembleia da República apelar aos portugueses que se desloquem a Sevilha (cidade em alerta vermelho) para apoiar a selecção de futebol, a ministra Mariana Vieira da Silva assumiu que “Portugal se encontra claramente na zona vermelha da matriz de risco”, e Marcelo diz que não se deve “alarmar nem radicalizar” mas sim “chamar a atenção” e “procurar um equilíbrio”.

Hoje ficámos também a saber que podemos sai da Área Metropolitana de Lisboa com a vacinação completa ou com um teste negativo para pessoas com mais de 12 anos, medida altamente discriminatória para as famílias e para todos os que não podem pagar os testes que não são grátis na maioria dos concelhos abrangidos.

Onde tem o Governo a cabeça?

Frases como estas de Marcelo só mostram bem que não pensam antes de falar:

"Eu acho que aquilo foi a expressão de uma ideia que nós percebemos que é os que puderem ir que vão para termos um apelo significativo à selecção, mas está implícito que respeitem as regras e que só vão aqueles que possam ir, foi assim que eu li".

"Eu próprio que tinha dito ontem que gostava muito ir, pensei para comigo mesmo que eu só vou se o morador em Lisboa comum puder ir, se não puder ir, não vou".


 

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