O funcionamento e a gestão do Ministério da Cultura têm sido alvos de muitas críticas, não só pela paralisia resultante da falta de verbas, mas sobretudo pela ausência de visão e de uma verdadeira política cultural. A escolha desta ministra não foi um mero “erro de casting” como alguns sugerem, mas sim uma desgraça para a Cultura em Portugal.
Nenhuma instituição, pública ou privada, pode funcionar devidamente sem directivas e objectivos definidos, e esta é a situação no Ministério da Cultura. Planos de actividades não se podem delinear sem se saber os meios de que se pode dispor a prazo pelo menos de dois ou três anos, o mesmo se passa com intervenções de manutenção e restauro de bens imóveis, e isto são apenas dois exemplos do que falha rotundamente.
Não é por acaso que se fala em autonomias para a gestão de museus e monumentos ou da extinção do ministério e a substituição por uma secretaria de Estado, como ouvi ontem.
Todos pretendem ter soluções para a Cultura, desde as autarquias até aos privados, que há muito cobiçam, especialmente os monumentos mais visitados e que geram por si mesmos receitas que garantem a sua sustentabilidade. Não concordo com este tipo de raciocínio, porque o problema reside sobretudo no planeamento e na definição dos objectivos a prazo, com a dotação de meios razoáveis e seguros por espaços de tempo definidos à partida. Falo de responsabilização que é algo que só é imposto aos funcionários e nunca aos dirigentes dos serviços, que são escolhidos, maioritariamente, por confiança política, ficando logo à partida manietados quanto sua capacidade de exigir o que quer que seja, sob pena de serem ostracizados. Também pela mesma razão, a escolha política, não são penalizados por não cumprirem objectivos, que são assim vagos q.b., quase secretos como convém, e sempre passíveis de serem desculpabilizados com o recurso ao alijar de responsabilidades, para cima dos subordinados através do recurso a avaliações menos boas.
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Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado por causa das suas opiniões e o de procurar, receber ou difundir, sem consideração de fronteiras, informações ou ideias por qualquer meio de expressão.
( Art. 19o. da Declaração Universal dos Direitos do Homem - Dezembro de 1948 )
(Enviada pelo amigo Ludovicus)
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Porque a memória é curta
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Escutas no processo Casa Piasicnoticias2003http://videos.sapo.pt/aWCBzS2SIhahWzoftzgZ(In Sulista)««« - »»»
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