Todos lemos há pouco tempo notícias sobre as condições de trabalho miseráveis em que se encontravam portugueses em alguns países estrangeiros. Quase logo a seguir vieram outros dizer que não era bem assim e que tudo corria bem. Claro que não foram os mesmos a dizê-lo e claro que as segundas fontes foram oficiais.
A emigração nunca foi uma situação fácil, nomeadamente para aqueles que a ela recorrem em situações já de si más, devido ao desemprego e com baixas qualificações. Para dificultar as coisas temos os intermediários e as empresas de trabalho temporário que não aparecem do nada, mas sim para lucrarem com tudo isto. Alguns trabalhadores passam um pouco ao largo destes problemas por partirem com contratos válidos e por terem sido bem encaminhados por amigos ou familiares, mas não é esta a situação da maioria dos que recorrem à emigração.
Quando as coisas correm mal, só há três caminhos a seguir: ou se faz queixa a quem de direito e se procura apoio nas representações consulares, ou se aguenta aguardando por melhores dias, ou então regressa-se a Portugal. A primeira opção concorre para o despedimento imediato e a ajuda consular nem sequer chega a acontecer, a segunda muitas vezes nem chega a ser opção porque as condições são absolutamente miseráveis e, a terceira é a admissão da derrota.
Cidadãos de outros países já passaram por isto mesmo, cá dentro e lá fora, mas cada vez são mais defendidos pelas suas representações diplomáticas antes da partida e depois nos países de acolhimento. Por parte das autoridades portuguesas, não há apoio e informação suficiente nem antes da partida, nem depois quando a situação exige uma resposta adequada.
Talvez seja altura para meditar sobre o fecho de consulados e outras representações e sobre um modo expedito de proteger os cidadãos nacionais de situações de exploração e condições degradantes de vida.
A emigração nunca foi uma situação fácil, nomeadamente para aqueles que a ela recorrem em situações já de si más, devido ao desemprego e com baixas qualificações. Para dificultar as coisas temos os intermediários e as empresas de trabalho temporário que não aparecem do nada, mas sim para lucrarem com tudo isto. Alguns trabalhadores passam um pouco ao largo destes problemas por partirem com contratos válidos e por terem sido bem encaminhados por amigos ou familiares, mas não é esta a situação da maioria dos que recorrem à emigração.
Quando as coisas correm mal, só há três caminhos a seguir: ou se faz queixa a quem de direito e se procura apoio nas representações consulares, ou se aguenta aguardando por melhores dias, ou então regressa-se a Portugal. A primeira opção concorre para o despedimento imediato e a ajuda consular nem sequer chega a acontecer, a segunda muitas vezes nem chega a ser opção porque as condições são absolutamente miseráveis e, a terceira é a admissão da derrota.
Cidadãos de outros países já passaram por isto mesmo, cá dentro e lá fora, mas cada vez são mais defendidos pelas suas representações diplomáticas antes da partida e depois nos países de acolhimento. Por parte das autoridades portuguesas, não há apoio e informação suficiente nem antes da partida, nem depois quando a situação exige uma resposta adequada.
Talvez seja altura para meditar sobre o fecho de consulados e outras representações e sobre um modo expedito de proteger os cidadãos nacionais de situações de exploração e condições degradantes de vida.
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Fotografia
É realmente uma situação muito triste, diria mesmo obsoleta para o século XXI em que vivemos.Hoje quando regressava do trabalho, vinha a ouvir no rádio do carro, na Antena 1, relatos de trabalhadores que por lá passaram e que contavam situações de exploração, maus tratos e abusos de confiança, alguns até por parte da empresa que procedeu à angariação e selecção do pessoal, a "Select", inacreditáveis nos tempos de hoje e numa União Europeia que se diz democrática e respeitadora dos direitos dos seus cidadãos.
ResponderEliminarSão abusos que têm obrigatóriamente de ser punidos e situações que têm a todo o custo que ser evitadas com a intervenção das entidades competentes de fiscalização e policiais.
Abraço.
Caro amigo
ResponderEliminarHoje tiraste-me o assunto que tinha em mente, mas gostei da tua abordagem. Eu passei por ele de raspão e dei outras voltas.
Fico à espera para ver se o Palaciano finalmente te dá matérias sobre o Património, que o tipo anda perguiçoso.
Abraço
Este tema é muito complicado, conheci de perto alguns consulados de Portugal e funcionavam muito mal. Não por culpa de quem trabalha lá, até porque os funcionarios eram o melhor que essas instituições tinham, mas devido às Orientações do MNE e às magras financiações do. Sei de um numa zona de Espanha que vai fechar e serve uma comunidade portuguesa de 15 mil emigrantes. Nem um contestou ou se indignou. Como aconteceu no Canada, nos EUA e Em França e em outros paises.O tema é muito complicado e parece-me que fechar consulados apenas por contenções económicas é uma simplicidade ou irresponsabilidade atroz
ResponderEliminarUm abraço
Antonio
Caro António D.
ResponderEliminarO que está em causa é a defesa e a informação dos nossos emigrantes. Pouco tem sido feito e basta ler as declarações dos responsáveis que falaram para os jornais, para se ver que, por exemplo nos casos denunciados na Holanda, respondem que a Holanda tem as suas leis e que os emigrantes deviam saber melhor as condições de trabalho, como se nada mais pesse ser feito. Até se fala de um advogado avençado, que ninguém sabia que existia. Contenções que levam à ineficácia e falta de meios para agir com presteza junto das autoridades locais e para auxiliar efectivamente os cidadãos nacionais.
Abraço